Translate

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O eixo central da luxúria

Há um eixo central na luxúria: o gozo da sensação do esperma em contato com os canais nervosos do aparelho sexual. Sobre a prazer originado de tal sensação se baseia todo e qualquer ato da fornicação.
Um fornicário é alguém que goza sentindo o sêmen fluir pelos canais nervosos de seu aparelho sexual até a ejaculação. Um luxurioso é alguém que está apegado a este prazer. O apego a tal sensação constitui o eixo central da luxúria, sendo secundárias todas as formas restantes de apego ao feminino. Se o removêssemos, a luxúria perderia todo o seu sentido. Os prazeres sensoriais proporcionados pelas formas femininas, pela delicadeza, pelo perfume, pela voz doce e pelas feições delicadas, embora sejam muito fortes, são secundários em relação ao prazer do ato ejaculatório em si.
Tornar-se casto é dissolver o eixo central da luxúria, sua manifestação ou raiz principal, e também suas manifestações secundárias. Dissolvemos o eixo central cortando os sutis canais de nutrição que lhe levam energia e o fortificam. As armas são auto-observação detalhista e oração contínua. Tanto o eixo central quanto as manifestações secundárias necessitam ser enfraquecidos até a morte.
Ao percorrer o caminho para fora do corpo, o sêmen contata canais nervosos no aparelho sexual. Este contato satura os nervos com a refinadíssima energia seminal. É esta energia que proporciona o prazer orgásmico, o qual é totalmente animal. É ela também que proporciona o prazer espiritual sentido na coluna daqueles que transmutam sua energia. Há, portanto, dois tipos de prazer: o espiritual e o animal. Um é experimentado quando a energia sobe e entra no corpo. O outro é sentido quando a energia desce e sai. O primeiro revigora e regenera o homem, o segundo o enfraquece e o degenera.
Os viciados na sexualidade animal (a maioria de nós, seres humanos) se condicionam desesperadamente à sensação da energia percorrendo o caminho animal: para baixo e para fora. Se quisermos inverter nosso funcionamento, teremos que compreender e dissolver o apego a tais sensações, incluindo todas as lembranças, imaginações etc.
Quando a energia percorre o caminho animal, proporciona prazer intenso e rápido, sentido em uma parte localizada e específica da anatomia: o órgão sexual. Este prazer se deve ao caráter divino da energia, que neste caso está sendo desperdiçada para passar por um processo involucionante que se concluirá quando a mesma for ejaculada. Ao ser ejaculada, a energia sexual sofre uma involução.
A energia sexual deve ser transmutada dentro do organismo humano e não fora dele, mas isso não será possível enquanto o homem se manter apegado aos prazeres do trajeto involucionante do sêmen. O apego ao prazer da intensa, porém breve, sensação do sêmen em contato com os nervos durante sua saída do corpo físico deve ser sacrificado sem piedade.

3 comentários:

  1. Muito Bom o texto. Já adicionei o blog aos favoritos, e estou acompanhando.

    ResponderExcluir
  2. O blog tem algum twitter ou newsletter para acompanhar atualizações?

    ResponderExcluir
  3. Olá Ninja

    Este blog não tem twitter e nem newsletter por enquanto.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.