Em primeiro lugar, não se incomode com os pensamentos invasivos que surgem durante a prática, seja indiferente, de modo algum reaja contra e nem a favor. Não se identifique e nem corra atrás dos pensamentos para silenciá-los, seja neutro e volte-se para o lakshya. Os pensamentos invasivos e desviantes são meras tentativas de atraí-lo. Lembre-se das tentações que Mara enviou ao Buddha Gautama para desviá-lo. Como o Buddha reagiu a elas? Ele não se deixou afetar, simplesmente continuou meditando embaixo da árvore.
Em segundo lugar, se um pensamento for muito insistente, aplique a dualidade: coloque um pensamento que lhe seja oposto e que o anule. Exemplo: se o pensamento for sobre algum mal que lhe fizeram, pense nos prejuízos físicos, psicológicos e espirituais que o ressentimento irá lhe causar, encontre algo que o anule.
Em terceiro lugar, interrompa por um instante sua concentração e analise o conteúdo do pensamento invasor, com a intenção compreendê-lo. Procure compreender, principalmente, qual é a (in)utilidade daquele pensamento para aquele momento, o que se consegue perguntando-se "para serve este pensamento?" e buscando sinceramente a resposta.
Em quarto lugar, aplique a Morte em Marcha no ego teimoso que está emitindo o pensamento intruso.
Em quinto lugar, realize a Dança dos Derviches.
Se nada disso funcionar, deixe sua prática por um instante e a retome dali há pouco.
Aprenda com o Santo e Venerável Mestre Milarepa:
"A prática de segurar a mente é enganadora e leva a caminhos errados; então descanso no reino da Realidade." (Milarepa, A Canção dos Doze Enganos)
Aprenda com o Santo e Venerável Mestre Milarepa:
"A prática de segurar a mente é enganadora e leva a caminhos errados; então descanso no reino da Realidade." (Milarepa, A Canção dos Doze Enganos)