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Nos dias atuais, a ansiedade se tornou uma doença emocional muito comum.
Nos dias atuais, a ansiedade se tornou uma doença emocional muito comum.
A ansiedade é algo que pode atrapalhar muito o praticante de meditação e até nos estancar na Morte do Ego. Por isso, vamos agora estudá-la um pouco. A questão será tratada do ponto de vista espiritual e não do ponto de vista médico. As informações que seguem não se destinam a substituir as receitas e nem os tratamentos da medicina convencional, são somente uma outra abordagem do problema.
Crises de ansiedade são, basicamente, o resultado emocional de vários problemas que a pessoa atravessou na vida. Todas as experiências vulnerabilizantes se somam em torno de um medo terrível, normalmente o medo de morrer. A pessoa se sente vulnerável e na iminência de falecer. Isso é a ansiedade: um monstro que nasce da somatória dos problemas emocionais que tenhamos. O religiosos não estão totalmente errados quando dizem que se trata de um demônio que entra no corpo da pessoa.
Coisas ruins que fizemos aos outros (e nos deixaram apreensivos a respeito de represálias e consequências) e coisas ruins que nos fizeram, ao longo de toda a vida, ficam gravadas subconscientemente e provocam efeitos somáticos. Os efeitos somáticos são manifestações desses egos no centro instintivo.
Medos reprimidos ao longo da vida, que não se expressaram na forma de choro, gritos ou outros caminhos de expressão, extravasam por uma via somática.
Os fármacos inibem os efeitos somáticos mas, como não trabalham as causas (que são internas e psíquicas), os represam. São úteis e importantes em situações de emergência, mas não atingem a “causa causorum”. Os processos orgânicos, químicos, não são a causa última da ansiedade e sim sua causa “horizontal”. A causalidade última pode ser encontrada na linha vertical: em outras dimensões, são brutais egos invasores. Em outras palavras, a ansiedade vem de cima para baixo, desde a quinta dimensão até o mundo físico. O segredo da cura está em dissolver os egos que a ocasionam. Afastá-los já promove uma boa melhora.
Consciência limitada
A maior parte do conteúdo provocador das crises de ansiedade é inconsciente, o que significa que a pessoa não sabe, não enxerga, o que está lhe causando o estresse emocional. A pessoa enxerga somente seus efeitos somáticos, enquanto os egos causadores permanecem obscuros.
Em busca das causas da ansiedade, podemos regredir até a infância, pois foi lá que se iniciou a formação da personalidade, que é o veículo de manifestação dos egos. Em meditação, podemos regredir até a vida intra-uterina e além, chegando às passadas existências.
A ansiedade nunca é causada por um só ego ou por uma única experiência traumática, mas por um conjunto e, devido à Lei de Recorrência, tem sua última e mais distante origem em existências anteriores.
São muitos os fatores inconscientes que podem provocar o mal da ansiedade. Em alguns casos, a amígdala pode permanecer ligada sem que a pessoa perceba a menor emoção negativa desagradável e se queixe somente dos efeitos somáticos. Em tais casos, as emoções negativas estão muito subterrâneas, inconscientes. A pessoa olha para si mesma e não percebe o medo, a apreensão e o seu sobressalto, mas eles estão ali atuando, de forma completamente inconsciente.
São muitos os fatores inconscientes que podem provocar o mal da ansiedade. Em alguns casos, a amígdala pode permanecer ligada sem que a pessoa perceba a menor emoção negativa desagradável e se queixe somente dos efeitos somáticos. Em tais casos, as emoções negativas estão muito subterrâneas, inconscientes. A pessoa olha para si mesma e não percebe o medo, a apreensão e o seu sobressalto, mas eles estão ali atuando, de forma completamente inconsciente.
Erros
São erros que o doente comete: tentar reprimir ou controlar as emoções negativas da ansiedade ao invés de compreendê-las para abandoná-las, tentar reverter os sintomas da ansiedade pelo mero esforço de vontade, checar constantemente como está o seu estado, evitando esquecer a ansiedade, prestar atenção nos sintomas, fazendo com que eles aumentem.
É também um erro manter-se dentro de situações ameaçadoras e vulnerabilizantes quando se pode abandoná-las, bem como debater-se contra o medo, ocupando-se com ele ao invés de abandoná-lo.
Todos esses erros são formas de alimentar a ansiedade.
Ansiedade e morte do ego
Como qualquer ego, a ansiedade está viva porque a alimentamos por meio da identificação. O primeiro passo para livrar-se é não alimentá-la, enfraquecendo-a "de fome".
Alimentamos a ansiedade (os egos que temem a morte, doenças e outros afins) por meio de pensamentos, falas, recordações, lembranças, constantes checagens de nosso estado etc. Temos que retirar a ansiedade de nosso pensamento. Além disso, temos que descobrir e retirar de nossa vida as situações que a nutrem.
Situações que a nutrem
A ansiedade atrai a consciência e a prende a si, por meio da força hipnótica e fascinatória. A atenção do ansioso está fixa no problema, permanece a maior parte do tempo focada no mal. Os sintomas emocionais, mentais e somáticos se tornam alvo do interesse quase ininterrupto. A pessoa se debate, tentando se livrar, mas não consegue. As mínimas alterações no corpo disparam o medo e o medo de sentir mais medo se transforma em um circulo vicioso que se auto-alimenta.
Todas as situações que nos façam sentir medo, principalmente o medo de morrer e de adoecer, estão alimentando a ansiedade. Devemos descobri-las, extirpá-las de nossas vidas e, depois disso, nem sequer tomar consciência de que existam, abandoná-las.
Todas as situações que nos façam sentir medo, principalmente o medo de morrer e de adoecer, estão alimentando a ansiedade. Devemos descobri-las, extirpá-las de nossas vidas e, depois disso, nem sequer tomar consciência de que existam, abandoná-las.
Não devemos pensar no mal, na morte, nas desgraças e nas doenças, nem mesmo quando eles estão passando por nós. Eles devem passar "ao largo", como uma passeata que passa pela rua e vai embora.
O hábito de pensar constantemente na ansiedade a nutre. O simples fato de recordar sua existência pode desencadear uma crise.
Por meio da auto-observação e auto-reflexão, devemos descobrir quando e por onde estamos alimentando a ansiedade. O medo de morrer de uma forma específica, núcleo do problema, se alimenta a todo momento sem que o doente se dê conta. O próprio doente nutre o problema que o afeta. Crenças envolvidas e pensamentos compulsivos devem ser descobertos.
É importante compreender que o medo, em si, não tem a utilidade que alguns psicólogos atribuem. Se o medo for dissolvido conscientemente, a pessoa não deixará de ter consciência das consequências dos atos desastrosos. A crença de que o medo é útil e importante o reforça. Temos que chegar à compreensão de que o medo é inútil e prejudicial. Quando meditamos bastante e nos desligamos de tudo, inclusive do corpo físico, esta compreensão "nos cai".
Quem sofre de neurose cardíaca (a atual síndrome do pânico) alimenta seu problema ao prestar atenção nos ritmos cardíacos. A menor alteração é motivo para a pessoa acreditar que irá morrer em seguida. No entanto, a ansiedade pode se manifestar também sob outras formas, nas quais a mente e a percepção podem se fixar teimosamente sobre outros sintomas corporais. Qualquer que seja o caso, temos que alcançar o vairagya sobre o corpo físico, isto é, o desinteresse e o esquecimento, enquanto estivermos meditando.
Lutar e debater-se contra o medo ou a apreensão em si não adianta nada. Melhor é substituí-los, reforçando pensamentos e percepções distintos. Quanto mais alimento dermos ao monstro do medo, mais o reforçaremos. É bom que cada detalhe ou faceta do agregado psíquico seja descoberto e eliminado, mediante a Morte em Marcha.
O hábito de pensar constantemente na ansiedade a nutre. O simples fato de recordar sua existência pode desencadear uma crise.
Por meio da auto-observação e auto-reflexão, devemos descobrir quando e por onde estamos alimentando a ansiedade. O medo de morrer de uma forma específica, núcleo do problema, se alimenta a todo momento sem que o doente se dê conta. O próprio doente nutre o problema que o afeta. Crenças envolvidas e pensamentos compulsivos devem ser descobertos.
É importante compreender que o medo, em si, não tem a utilidade que alguns psicólogos atribuem. Se o medo for dissolvido conscientemente, a pessoa não deixará de ter consciência das consequências dos atos desastrosos. A crença de que o medo é útil e importante o reforça. Temos que chegar à compreensão de que o medo é inútil e prejudicial. Quando meditamos bastante e nos desligamos de tudo, inclusive do corpo físico, esta compreensão "nos cai".
Quem sofre de neurose cardíaca (a atual síndrome do pânico) alimenta seu problema ao prestar atenção nos ritmos cardíacos. A menor alteração é motivo para a pessoa acreditar que irá morrer em seguida. No entanto, a ansiedade pode se manifestar também sob outras formas, nas quais a mente e a percepção podem se fixar teimosamente sobre outros sintomas corporais. Qualquer que seja o caso, temos que alcançar o vairagya sobre o corpo físico, isto é, o desinteresse e o esquecimento, enquanto estivermos meditando.
Lutar e debater-se contra o medo ou a apreensão em si não adianta nada. Melhor é substituí-los, reforçando pensamentos e percepções distintos. Quanto mais alimento dermos ao monstro do medo, mais o reforçaremos. É bom que cada detalhe ou faceta do agregado psíquico seja descoberto e eliminado, mediante a Morte em Marcha.
Não devemos nos ocupar mentalmente com o mal, nem mesmo quando ele está nos acometendo. Cada vez que nos ocupamos com o mal, o alimentamos mentalmente. Há pessoas que morrem felizes, porque em vida desenvolveram a capacidade de não se ocupar mentalmente com a morte e nem com as doenças. Isso é o que buscamos.
A ansiedade costuma ter vários objetos externos desencadeadores, problemas da vida que nos afetam de modo especial. Alguns são muito afetados emocionalmente por doenças, outros por preocupações financeiras, outros por questões jurídicas. Seja qual for a causa externa do mal, devemos nos ocupar o menos possível com elas. O verdadeiro desenvolvimento espiritual requer renúncia e sem a transformação da vida a ansiedade não pode ser deixada para trás.
A ansiedade costuma ter vários objetos externos desencadeadores, problemas da vida que nos afetam de modo especial. Alguns são muito afetados emocionalmente por doenças, outros por preocupações financeiras, outros por questões jurídicas. Seja qual for a causa externa do mal, devemos nos ocupar o menos possível com elas. O verdadeiro desenvolvimento espiritual requer renúncia e sem a transformação da vida a ansiedade não pode ser deixada para trás.
Alívio pela meditação
Para obter alívio das crises por meio da meditação, podemos fazer o seguinte:
1) deitar-nos ou sentar-nos para meditar;
2) abrir mão do controle dos sintomas;
3) desviar a atenção dos sintomas somáticos, focando a atenção no lakshya (objeto da concentração), que NÃO DEVE SER UM ÓRGÃO, SINTOMA CORPORAL O QUALQUER COISA QUE SEJA MOTIVO DE PREOCUPAÇÃO;
4) praticar a respiração abdominal por alguns instantes, sem esquecer de relaxar a barriga;
5) concentrar completamente a mente e a atenção em algo que nos afaste da ansiedade, em algo distinto ou até oposto àquilo que nos deixa apreensivos. Podemos nos concentrar no chiado anahata (som intracraniano) e aumentá-lo ou então concentrar-nos em algum outro lakshya que arrebate nossa atenção e percepção do problema. É importante que o lakshya seja algo que nos acalme e retire completamente a atenção daquilo que nos afeta.
É claro que você NÃO deve se concentrar em algo que te deixe tenso, nervoso, excitado, agitado ou sobressaltado, pois, se fizer isso, o tiro sairá pela culatra.
Se os sintomas se intensificarem ao deitarmos, devemos praticar a meditação sentados. Se, mesmo sentados, os sintomas se intensificam, devemos nos levantar, fazer qualquer outra coisa que nos acalme, e retornar dali há pouco. Se você estiver dependente de remédios, não deve retirá-los subitamente. Vá praticando enquanto o médico avalia o seu estado e decide se deve ou não diminuir as doses.
É claro que você NÃO deve se concentrar em algo que te deixe tenso, nervoso, excitado, agitado ou sobressaltado, pois, se fizer isso, o tiro sairá pela culatra.
Se os sintomas se intensificarem ao deitarmos, devemos praticar a meditação sentados. Se, mesmo sentados, os sintomas se intensificam, devemos nos levantar, fazer qualquer outra coisa que nos acalme, e retornar dali há pouco. Se você estiver dependente de remédios, não deve retirá-los subitamente. Vá praticando enquanto o médico avalia o seu estado e decide se deve ou não diminuir as doses.
O que importa é desviar a mente e a percepção do objeto que causa desespero, focando-os em algo mais elevado e que proporcione tranquilidade. Quanto mais desviados estivermos, menos atingidos seremos pelas crises. Dissociar-se dos pensamentos e emoções negativos, ao invés de tentar reprimi-los ou controlá-los, é o mais recomendável: abandoná-los, substituí-los.
Na ansiedade, a mente e a atenção são violentamente atraídos e sequestrados para o problema que a pessoa teme, seja uma doença ou qualquer outro (isso varia conforme os casos). No caso da neurose cardíaca, por exemplo, o doente fixa sua atenção involuntariamente no coração e não consegue deixar de prestar atenção ali, por mais que se esforce. Ao prestar atenção no funcionamento do coração, seu medo se acentua e os batimentos se aceleram. O ritmo acelerado invade o seu campo de consciência e ali permanece sem ter sido chamado, pois a atenção foi sequestrada para o problema.
Quando sua atenção for sequestrada por algo maligno, não tente arrancá-la à força. Ao invés disso, empenhe-se em prestar cada vez mais atenção em algo superior e positivo que lhe faça bem. O mesmo vale para os pensamentos intrusivos e teimosos. A situação pode ser melhorada se a pessoa deixar de brigar com a mente doente, ao mesmo tempo em que confere mais atenção e importância ao lakshya que escolheu voluntariamente. Dissocie sua consciência dos elementos atrativos que a sequestram (os problemas) conferindo mais valor e importância ao lakshya. O lakshya serve para desviar a atenção e os pensamentos daquilo que prejudica, desde que você lhe dê mais importância do que aquilo que te distrai e te arrasta. A capacidade de prestar atenção em algo se desenvolverá com a prática. Não pense que você irá se libertar completamente logo no início das práticas, o que você experimentará são melhoras gradativas de intensidade variável. A concentração, que é a capacidade de prestar atenção e pensar em algo que escolhemos, esquecendo e nos desligando de tudo o mais, irá deter o processo da ansiedade e do pânico pois, se você não pensa e não percebe algo, aquilo não existe para você.
Uma pessoa que aceite completamente a morte (desencarnação) mediante a meditação, como o fazem alguns iogues e monges no Oriente, terá um grau de ansiedade zero e será completamente imune ao medo. Poucos alcançam tal grau de desprendimento. Quem compreende o caráter ilusório da vida e da morte não tem mais o que temer, pois as ameaças foram dissolvidas dentro de sua mente. Meditar é, entre outras coisas, modificar o funcionamento mental.
Na ansiedade, a mente e a atenção são violentamente atraídos e sequestrados para o problema que a pessoa teme, seja uma doença ou qualquer outro (isso varia conforme os casos). No caso da neurose cardíaca, por exemplo, o doente fixa sua atenção involuntariamente no coração e não consegue deixar de prestar atenção ali, por mais que se esforce. Ao prestar atenção no funcionamento do coração, seu medo se acentua e os batimentos se aceleram. O ritmo acelerado invade o seu campo de consciência e ali permanece sem ter sido chamado, pois a atenção foi sequestrada para o problema.
Quando sua atenção for sequestrada por algo maligno, não tente arrancá-la à força. Ao invés disso, empenhe-se em prestar cada vez mais atenção em algo superior e positivo que lhe faça bem. O mesmo vale para os pensamentos intrusivos e teimosos. A situação pode ser melhorada se a pessoa deixar de brigar com a mente doente, ao mesmo tempo em que confere mais atenção e importância ao lakshya que escolheu voluntariamente. Dissocie sua consciência dos elementos atrativos que a sequestram (os problemas) conferindo mais valor e importância ao lakshya. O lakshya serve para desviar a atenção e os pensamentos daquilo que prejudica, desde que você lhe dê mais importância do que aquilo que te distrai e te arrasta. A capacidade de prestar atenção em algo se desenvolverá com a prática. Não pense que você irá se libertar completamente logo no início das práticas, o que você experimentará são melhoras gradativas de intensidade variável. A concentração, que é a capacidade de prestar atenção e pensar em algo que escolhemos, esquecendo e nos desligando de tudo o mais, irá deter o processo da ansiedade e do pânico pois, se você não pensa e não percebe algo, aquilo não existe para você.
Uma pessoa que aceite completamente a morte (desencarnação) mediante a meditação, como o fazem alguns iogues e monges no Oriente, terá um grau de ansiedade zero e será completamente imune ao medo. Poucos alcançam tal grau de desprendimento. Quem compreende o caráter ilusório da vida e da morte não tem mais o que temer, pois as ameaças foram dissolvidas dentro de sua mente. Meditar é, entre outras coisas, modificar o funcionamento mental.
Quanto mais nos ocupamos com a ansiedade, tentando reprimi-la, mais a alimentamos e fortificamos. Em relação às emoções e pensamentos negativos, o ideal é sermos neutros: nem a favor e nem contra. Se formos a favor, caimos no hedonismo e nos identificamos. Se formos contra, os reprimimos e represamos, não suportando os seus ataques. Buscamos a terceira via: a não-identificação, a dissociação e eliminação.
Quem tem a concentração bem desenvolvida, pode rapidamente sair das crises pela simples focalização da mente e da atenção sobre algum lakhsya calmante, bom e interessante. O desvio da atenção rompe a corrente de identificação que alimenta a ansiedade e proporciona alívio. Quanto mais nos esquecermos dos sintomas, menos iremos nutri-los. A concentração é um poderoso antídoto não só para a ansiedade, mas também para compulsões e outros problemas psicológicos. Quando você estiver desesperado com o desejo de cometer algo que não deve, experimente concentrar-se em outra coisa e sentirá um alívio.
Entrando na ansiedade
Se você estiver bem desenvolvido na meditação, tendo grande capacidade de desviar sua mente, suas percepções e sua atenção dos sintomas de pânico e ansiedade, pode tentar meditar em sua doença para compreender suas causas, mas não deve fazer isso caso ainda se sinta vulnerável. Uma pessoa, ao tentar meditar na ansiedade em busca das causas, pode ter sua atenção sequestrada pelos sintomas e ficar presa a eles.
Não é muito fácil penetrar no núcleo da ansiedade. Há uma certa resistência do psiquismo. Tal resistência indica que os egos envolvidos perderão força se forem compreendidos.
O doente inicialmente não consegue penetrar na raiz da ansiedade para compreendê-la. Seu entendimento fica confuso e desnorteado. Os egos da ansiedade não se permitem ser vistos e resistem ao processo de conscientização, confundindo o entendimento do doente a respeito do que se passa.
Não é muito fácil penetrar no núcleo da ansiedade. Há uma certa resistência do psiquismo. Tal resistência indica que os egos envolvidos perderão força se forem compreendidos.
O doente inicialmente não consegue penetrar na raiz da ansiedade para compreendê-la. Seu entendimento fica confuso e desnorteado. Os egos da ansiedade não se permitem ser vistos e resistem ao processo de conscientização, confundindo o entendimento do doente a respeito do que se passa.
Para penetrar e explorar o processo da ansiedade, necessitamos transformá-la em objeto de uma reflexão profunda e sincera, buscando suas causas (os agentes causadores do medo), que são muitas. O ideal é transformá-la em objeto da concentração e meditação (sem, no entanto, nos concentrarmos nos sintomas somáticos, pois isso os faria aumentar).
As causas do medo podem ser muitas e variam de uma pessoa para outra. Alguns temem sofrer dor física, outros temem a condenação do inferno, outros temem as privações dos prazeres da vida ou a ausência dos entes queridos. Há uma raiz comum a todos os medos: a sensação de que se vai perder a posição confortável à qual se está acostumado.
As causas do medo podem ser muitas e variam de uma pessoa para outra. Alguns temem sofrer dor física, outros temem a condenação do inferno, outros temem as privações dos prazeres da vida ou a ausência dos entes queridos. Há uma raiz comum a todos os medos: a sensação de que se vai perder a posição confortável à qual se está acostumado.
O doente deve buscar as causas particulares do seu medo, passeando, por meio da reflexão, pelos motivos que o fazem temer (sem, no entanto, ocupar-se com o objeto do medo). Não é possível vencer a ansiedade sem vencer o medo da morte que, em última instância, é a essência de todos os medos. E não se vence os medos pelo mero esforço no sentido de sufocá-los ou fazê-los retroceder. A palavra "vencer", aqui, não tem o significado de opor-se a algo até forçá-lo a retroceder. Também não possui o significado de envolver-se com alguma coisa e lutar com aquilo.
Se o medo não existisse, não existiria a ansiedade. A ansiedade é ocasionada por uma soma de agregados psíquicos que obsessionam o doente.
Existe o risco de, ao tentarmos compreender nossa própria ansiedade, provocarmos ou intensificarmos uma crise. Caso isso ocorra, o melhor é não insistir e mudar de lakshya. Se a tentativa de penetrar a ansiedade com a reflexão piora o nosso estado, isso significa que temos que buscar outro caminho, pelo menos no atual estágio de nosso desenvolvimento espiritual. O recomendável, é adotarmos como lakshya um tema oposto, ou seja, um tema que faça com que nos sintamos emocionalmente bem e profundamente desligados do mal. A concentração e a meditação podem nos desligar completamente da ansiedade, cortando sua alimentação pelo tempo em que estivermos meditando.
Se o medo não existisse, não existiria a ansiedade. A ansiedade é ocasionada por uma soma de agregados psíquicos que obsessionam o doente.
Existe o risco de, ao tentarmos compreender nossa própria ansiedade, provocarmos ou intensificarmos uma crise. Caso isso ocorra, o melhor é não insistir e mudar de lakshya. Se a tentativa de penetrar a ansiedade com a reflexão piora o nosso estado, isso significa que temos que buscar outro caminho, pelo menos no atual estágio de nosso desenvolvimento espiritual. O recomendável, é adotarmos como lakshya um tema oposto, ou seja, um tema que faça com que nos sintamos emocionalmente bem e profundamente desligados do mal. A concentração e a meditação podem nos desligar completamente da ansiedade, cortando sua alimentação pelo tempo em que estivermos meditando.
Conclusão
O segredo imediato está em ser capaz de desligar-se daquilo que provoca preocupação, medo e pânico. O objeto causador do desespero deve deixar de existir para nós, o que conseguimos quando reforçamos e alimentamos a atenção e o pensamento em temas "bons". A erradicação absoluta (pois todo ser humano tem uma ansiedade relativa) viria com a aceitação da morte do corpo físico, mas essa aceitação não vem assim porque sim, de graça e de repente. Para alcançá-la, há dois caminhos que devem ser combinados: morte dos egos que se ocupam com o problema da desencarnação e meditação visando desligar-se do problema da desencarnação. Não se pode avançar em nenhum dos dois caminhos sem a prática do brahmacharya (castidade e transmutação sexual) e de vairagya (esquecimento pelo desligamento e desinteresse).
O desvio da atenção mediante a concentração é altamente efetivo, mas permite somente uma libertação temporária da ansiedade. A cura definitiva e absoluta será possível somente se os egos causadores forem compreendidos e dissolvidos, o que é um trabalho lento e prolongado, por serem os mesmos profundos e inconscientes. Uma coisa é escapar temporariamente do ataque violento desses egos pesados, outra coisa é libertar-se deles pela Morte Mística para sempre. É de certa valia anotar em um caderno os elementos estressores que nos assolam emocionalmente, tanto os passados como os presentes, assim teremos uma melhor visualização para o auto-conhecimento, porém não devemos ficar pensando neles.
Apesar de ser um procedimento de efeito temporário, a concentração é de grande importância e não pode ser dispensada. A concentração permite que o foco da consciência seja retirado daquilo que provoca os sentimentos de terror, pânico e desespero que caracterizam a ansiedade.
Para maior aprofundamento, recomendo fortemente que você leia dois livros de Sri Swami Sivananda: "Concentração e Meditação" e "A Conquista do Medo". São imprescindíveis. Recomendo também o estudo das canções do santo iogue Milarepa.
Ampliação em 22/09/2013
A ansiedade pode ser comparada a um animal que busca se alimentar a todo momento. Esse animal se alimenta com pensamentos, recordações, imaginações, palavras, conversas e tudo o mais que esteja ao seu alcance. Observe e descubra como você está alimentando o seu monstro da ansiedade. Como e quando você lhe dá comida? Praticamente qualquer coisa pode ser transformada em ameaça pelo monstro da ansiedade, a quantidade de perigos que ele vê é imensa. Esse animal ou monstro psicológico possui autonomia, é um ego vivo. O ego da ansiedade junta peças, combina partes de um quebra-cabeças para formar e robustecer a doença. Descubra em que o ego da ansiedade fica prestando atenção o tempo todo, o que ele procura constantemente, quais são os seus temores etc.
Ampliação em 15/10/2013
Você está ligado aos problemas pelos pensamentos. Ao desligar-se de todos os pensamentos, você está também abandonando os problemas do mundo, inclusive aqueles que te deixam ansioso.
Ao atingir o pensamento único e desligar-se de todos os demais pensamentos existentes, você estará atravessando o tempestuoso oceano da vida e deixando para trás todas as preocupações, sofrimentos e ocupações. Ao concentrar-se, você se desliga, esquece e abandona o mal, tanto dentro como fora de si mesmo.
Ampliação em 20/10/2013
A ansiedade é análoga ao fenômeno acústico da microfonia (estude a respeito). Na microfonia, o som que sai dos amplificadores entra novamente pelo microfone e sofre nova ampliação, criando um ciclo de ruídos que se auto-alimenta e se repete. Similarmente, os primeiros sintomas somáticos da ansiedade são percebidos pelo doente e intensificam sua preocupação. A preocupação intensificada agrava os sintomas, que são novamente percebidos e intensificam novamente a preocupação, criando um ciclo de estados negativos físicos e emocionais que se auto-alimentam.
Quem tem uma concentração desenvolvida, consegue cortar o círculo ao deixar de prestar atenção e de pensar nos sintomas, concentrando a mente e a atenção em um objeto distinto.
Ampliação em 24/11/2013
As emoções inferiores da ansiedade podem ser aliviadas pelo desenvolvimento das emoções superiores. O ansioso está tomado por emoções ruins e negativas, contra a sua vontade, e necessita desenvolver o centro emocional superior. Para desenvolvê-lo, é necessário sentir emoções sublimes, sáttwicas, com intensidade crescente.
Quando você meditar, procure sentir todas as emoções correspondentes ao tema em que medita. Assim você desenvolve o centro emocional superior. Procure meditar em temas sáttwicos até ficar completamente saturado por emoções superiores.
As dicas que seguem são para o dia a dia e não para os momentos em que estiverem ocorrendo as sessões de meditação. No dia a dia, ao invés de ficar observando os sintomas somáticos, procure observar as causas das crises. Por "causas das crises" refiro-me aqui aos fatos externos que as desencadeiam.
Os fatos da vida podem apresentam impactos fortes ou tênues no psiquismo, tudo depende da personalidade de cada um. Uma simples barata pode causar extrema apreensão em algumas pessoas e pouca ou nenhuma reação em outras. Aquele que quer enfraquecer o monstro do temor necessita observar e descobrir não as causas de intenso impacto emocional amedrontador (pois essas já estão visíveis e não necessitam ser observadas ou descobertas) mas as causas cujo impacto é sutil e fugidio, que costumam escapar à observação. Elas existem aos milhares e começam a ser vistas quando desviamos a atenção dos sintomas para as causas dos sintomas.
As causas do temor correspondem a todos os acontecimentos externos que provocam apreensão, receio, são os fatos amedrontadores. Não se identifique e nem se prenda as causas do temor, apenas tome ciência, aplique a Morte em Marcha e as descarte, esqueça. Se elas reaparecerem, repita o processo.
Procure ir descobrindo e se desvencilhando de tudo aquilo que provoca apreensão. Não queira "enfrentar os perigos para ver se o medo passa." O temor não desaparece com o simples enfrentamento e sim com a atrofia dos sanskaras do medo. Mantenha-se em auto-observação e, quando perceber-se apreensivo, procure descobrir em relação a que você está apreensivo. Torne-se consciente do que provoca a apreensão e o descarte em seguida. Para esquecermos algo ao qual estamos inconscientemente presos, é preciso primeiramente tomar consciência de sua existência.
Ampliação em 27/11/2014
A ansiedade pode também ser entendida como uma invasão por pensamentos negativos e prejudiciais, os quais, por sua vez, provocam uma invasão por emoções igualmente destrutivas, tais como a tristeza, a angústia ou o medo.
Normalmente, a pessoa invadida luta desesperadamente contra as emoções e pensamentos obsessores sem sucesso. O mais indicado, em tais situações, é operar pela substituição: reforçar emoções superiores, deixando-se preencher pelas mesmas.
As emoções superiores nos preenchem quando abrimos as portas e alimentamos os pensamentos e percepções que lhes correspondem. Há uma estreita relação entre as emoções e os pensamentos. Sentimos de acordo com o que pensamos.
Assim, direcionando o pensamento e a imaginação, durante as práticas de concentração e meditação, podemos provocar estados interiores elevados, O trabalho consiste em pensar naquilo que nos faz bem e nos deixa em paz, procurando sentir profundamente as emoções que tais pensamentos evocam em nosso interior. Se você se deixar preencher por emoções e imaginações superiores, não haverá espaço para sentimentos ruins em seu coração.
Há várias práticas imaginativas e mantrams ensinados pelos Veneráveis Mestres que produzem estados interiores elevados, favoráveis e benéficos. Uma delas é a prática com a Deusa Kakini, ensinada pelo V.M. Samael:
O devoto deve concentrar-se em seu coração, imaginando existirem ali raios e trovões, nuvens que voam perdendo-se no acaso, impulsionadas por fortes furacões. O gnóstico deve imaginar inúmeras águias voando pelo espaço infinito, que está dentro, bem no âmago, de seu coração.
Imagine também os bosques profundos da natureza, cheios de sol e vida, o canto dos pássaros e o silvo doce e aprazível dos grilos do bosque.
Adormeça o discípulo imaginando tudo isso. Imagine ainda existir no bosque um trono de ouro onde assenta-se a Deusa KAKINI, uma mulher muito divina. Durma o gnóstico meditando em tudo isso.
Pratique uma hora diária. Se praticar duas ou mais horas diárias tanto melhor. A prática pode ser feita sobre uma cômoda poltrona, deitado no chão ou na cama, com os braços e as pernas abertas em forma de estrela de cinco pontas. Deve se combinar o sono com a meditação. Deve- se ter muita paciência. Só com paciência infinita conseguem-se essas maravilhosas faculdades do Cárdias. Os impacientes, aqueles que querem tudo rapidamente, que não sabem perseverar por toda vida, melhor seria que desistissem porque não servem. Os poderes não se conseguem brincando. Tudo custa a ganhar e nada se consegue de graça."