tag:blogger.com,1999:blog-23374462919158761522024-02-06T22:38:46.932-08:00GnosisBlog destinado a temas de interesse de gnósticos e simpatizantes.
Se você sofre por não ter sucesso na Morte do Ego e se preocupa porque o tempo está passando, ou se é simplesmente alguém que quer se livrar de problemas emocionais e desejos prejudiciais que te afligem, você veio ao lugar certo.
As idéias aqui contidas expressam apenas a opinião pessoal do autor e não substituem de modo algum a orientação de um mestre de consciência desperta.Unknownnoreply@blogger.comBlogger216125tag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-54436777934495363632015-06-20T01:01:00.000-07:002015-06-20T01:07:16.675-07:00Morte: A Necessidade de Mudança de Contexto<div class="MsoNormal">
Estamos cansados de ouvir que temos que nos tornar pessoas
melhores. Todos dizem isso em todos os lugares. No entanto, ninguém
efetivamente nos ensina a fazê-lo. São muitas as pessoas que gostariam
realmente de se aperfeiçoarem espiritualmente e erradicar seus erros de conduta,
mas, infelizmente, ninguém nos dá um meio efetivo para tal realização. Os V.M.s
nos explicaram muito bem a respeito do caminho e, no entanto, ainda assim é
como se suas explicações não nos alcançassem, não nos chegassem. Espero que as
linhas que seguem possam ajudar pelo menos um pouco.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um dos erros que comumente cometemos na Morte do Ego é permitirmos
que um problema cresça para depois corrermos atrás dos seus prejuízos. Isso faz
com que corramos em círculos, caindo e nos levantando infinitamente. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pelo comum, os aspirantes se debatem contra os desejos que
os atormentam e não atentam para os contextos que os favorecem e reforçam, os
quais deveriam ser removidos de suas vidas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tentar libertar-se de um vício sem abandonar o contexto que
o favorece é o mesmo que entrar em uma sauna e não querer aquecer-se. Quem quer
mudar de vida, deve obrigatoriamente abandonar os contextos que ocasionam a
vida infeliz.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Um viciado em drogas não se libertará do vício enquanto não
mudar de cidade e não romper com as antigas amizades, pois esse contexto
favorável à reincidência constantemente o arrastará de volta ao mesmo ato
compulsivo. O boêmio viciado em prostitutas não será capaz de se libertar
enquanto não deixar de entrar nos prostíbulos e seguir outros caminhos. O
bêbado não se libertará do álcool enquanto continuar a frequentar bares,
banquetes e festins. Antecipar-se ao defeito e desviar os nossos passos do
caminho errôneo é um pré-requisito para libertarmos a alma.<br />
<br />
A remoção dos contextos que conduzem ao erro vem ANTES e não depois da Morte do Ego. É um pré-requisito, uma condição que a ANTECEDE e não algo que a sucede, como muita gente erroneamente acredita. Muitas pessoas sinceras esperam equivocadamente que os contextos sejam removidos depois ou durante o processo da Morte e este é, segundo o meu ponto de vista, um equívoco entre os tantos nos quais podemos cair nesse trabalho.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-51034307333979835722015-06-13T02:03:00.001-07:002015-06-13T02:03:55.747-07:00Concentração: sobre direcionar os pensamentos e controlar os pensamentosExistem dois tipos de concentração: a interior e a exterior.<br />
<br />
Na prática da concentração interior, temos que fazer uma diferença exata entre controlar os pensamentos e direcionar os pensamentos.<br />
<br />
Controlar os pensamentos é pensar exatamente aquilo que se deseja previamente, definindo de antemão aquilo que se quer pensar. Direcionar os pensamentos é permitir que fluam espontaneamente em torno de um objeto ou lakshya escolhido.<br />
<br />
Não há sentido em esperar que se possa aprender algo novo sobre um objeto no qual pensamos quando os pensamentos são controlados de forma absoluta pois, neste caso, os conteúdos que chegam à mente são somente os conteúdos previamente conhecidos. A verdadeira concentração está além do mero repassar dos mesmos pensamentos de sempre.<br />
<br />
Na concentração, queremos descobrir coisas novas sobre o objeto, o que seria impossível sem o recurso do fluir espontâneo. Quando se fala em "submeter a mente" temos que compreender que se isso se refere a direcionar o seu fluxo.<br />
<br />
O essencial, na concentração, é a contemplação contínua, prolongada, "natural e espontânea" (V.M.S). Quando somos capazes de direcionar o fluxo mental, temos a chance de contemplar conscientemente o surgimento de imagens mentais não planejadas previamente e que trazem consigo informações novas relacionadas com o alvo de nossa concentração.<br />
<br />
Inicialmente, contemplamos o objeto subjetivamente, através do pensamento (imaginação) e, com o desenvolver das faculdades internas, passamos a contemplá-lo em si mesmo, transcendendo o pensamento.<br />
<br />
Contemplar um objeto através do pensamento ou imaginação é contemplar a própria imaginação e, por extensão, o objeto que é seu conteúdo.<br />
<br />
Portanto, na concentração interior, não deixamos de observar e de contemplar para somente imaginar e pensar, mas observamos aquilo que imaginamos, o que exige imparcialidade, calma e consciência no presente. O agora, neste caso, é o momento da prática.<br />
<br />
O pensamento concentrado é o pensamento que flui espontaneamente em uma direção definida, revelando o novo por meio do desenrolar da imaginação.<br />
<br />
A concentração exterior, por outro lado, não exige controle dos pensamentos, mas apenas descarte, porque nosso alvo, neste caso, não é um pensamento mas um objeto exterior. O motorista que está dirigindo um ônibus não necessita e não deve direcionar sua atenção para os pensamentos, sob o risco de provocar um acidente, e sim para a realidade presente com a qual está se ocupando: pedestres, trânsito, pista etc. <br />
<br />
Portanto, saibamos diferenciar as coisas com clareza para não cairmos em erros que possam nos estancar espiritualmente.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-86640292552751300162014-11-27T13:25:00.000-08:002014-11-27T13:25:03.416-08:00Morte do Ego: o controle dos sentidos e da imaginação<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">(Perdoem pelo texto mal escrito, mas ainda não tive tempo de revisá-lo e elaborá-lo. Pretendo fazer isso assim que for possível)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitos estudantes tentam deter os processos de alimentação dos desejos e emoções inferiores mas fracassam por não manejarem corretamente a consciência. Em uma conferência intitulada "A Necessidade de Mudar a Nossa Forma de Pensar", o V.M.S. explicou sobre esse pormenor:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Acaso vocês refletiram sobre o que é a consciência? Com que poderíamos compará-la? A um raio de luz que se pode dirigir a uma parte ou outra, isso é óbvio. Devemos aprender a colocar a consciência onde deve ser colocada. Onde estiver a consciência, ali estaremos nós."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, está claro, aqui, que a consciência é algo análogo ao feixe de luz de um holofote ou ao foco luminoso de uma lanterna. Esta é a mesma concepção defendida pelo filósofo Baars.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Focar a consciência é direcionar a atenção. A atenção, por sua vez, depende da percepção consciente, a qual está subordinada aos sentidos. Se quero direcionar minha consciência, tenho que controlar minhas percepções e, por extensão, meus sentidos. Onde estiverem meus sentidos, ali estarão minhas percepções e minha consciência (lembrando que, além dos cinco sentidos externos, temos as percepções e os sentidos internos). Direcionar a consciência é o mesmo que direcionar a atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a consciência é direcionada a algo, ela passa a agir sob a influência daquilo. Os egos submetem a consciência e a focalizam nos objetos dos seus desejos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"A consciência é algo que devemos aprender a colocar inteligentemente onde deve ser colocado. Se colocarmos nossa consciência em um bar, ela agirá em virtude do bar. Se a colocarmos em uma casa de prostituição, ali estará e, se a colocarmos em um mercado, teremos um bom ou mau negociante. A consciência está, desgraçadamente, aprisionada. Um eu de luxúria poderá levá-la a uma casa de prostituição. Um eu de bebedeira poderá carregá-la para um bar. Um eu cobiçoso levar-nos-á a um mercado. Um eu assassino nos levará à casa de algum inimigo etc."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em outras palavras, se focarmos a consciência em coisas mundanas, estaremos nos identificando com aquilo. O simples fato de contemplarmos uma cena pornográfica, de terror ou conflito já é mais que suficiente para que defeitos correspondentes comecem a se nutrir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O manejo da consciência é importante para despertá-la: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"A vocês parece, acaso, correto não saber manejar a consciência? Tenho entendido que é absurdo levá-la a lugares onde não deve estar, isso é óbvio. Desgraçadamente, nossa consciência está engarrafada, aprisionada entre distintos elementos não humanos que carregamos em nosso interior."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Assim, precisamos nos tornar donos de nossa própria consciência, colocá-la onde deve ser colocada, situá-la onde deve situar-se, aprender a pô-la em um lugar e aprender a retirá-la. É um dom maravilhoso, porém é um dom que não é usado sabiamente. (...) O único digno, o único real o que vale a pena em nós, é a consciência, porém está adormecida, não a sabemos manejar. Os agregados psíquicos levam-na para onde querem. Realmente não sabemos usá-la e isso é lamentável. Se queremos uma transformação, uma mudança de base, devemos também ir aprendendo o que é isso que se chama consciência."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem quer despertar a consciência tem que aprender a não identificar-se com os eventos dos quais alemja libertar-se. Mas não será possível romper com a identificação se permitirmos que nossa consciência se prenda a esses fatos e isso acontece quando perdemos o tempo prestando atenção ao que não devemos. Se prendo minha atenção a cenas pornográficas, obrigatoriamente estarei fortificando a luxúria, ainda que acredite no contrário. A crença de que é possível "olhar sem se identificar" é absurda pois o simples fato de direcionarmos a atenção já assinala a manifestação de um desejo, o qual colhe energia com o ato e nos escraviza ainda mais. Se prendo minha atenção a cenas de terror ou amendrotadoras, obrigatoriamente fortificarei o medo. Se me entretenho percebendo cenas de brigas, estarei me identificando com as mesmas e fortificando a ira. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que se passa é que, para nós, adormecidos, não é possível contemplar sem identificação aquilo que nos afeta. Se algo nos afeta, positiva ou negativamente, obrigatoriamente iremos nos identificar com aquilo ao contemplá-lo. Portanto, o primeiro passo é romper com a identificação, o que se consegue quando aprendemos a controlar os indryas (sentidos) e deixamos de direcionar a percepção para aquilo que nos altera, perturba ou afeta. Com isso, rompemos a identificação e começamos a deixar de alimentar os defeitos correspondentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se nos deparamos com uma briga e sentimos uma certa vontade de contemplá-la, tal vontade já é o princípio da identificação e da alimentação de alguns defeitos envolvidos. Caso cedamos ao impulso, estaremos nos identificando e fornecendo energia a tais defeitos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além de controlar os cinco sentidos externos para não percebermos aquilo que nos afeta ou perturba, temos que aprender a controlar também o sentido interno de percepção psicológica que nos leva a contemplar mentalmente imagens relacionadas a cenas perturbadoras. Contemplar algo com a imaginação tem um efeito análogo a contemplá-lo fisicamente. Se fico imaginando cenas perturbadores, contemplando-as na tela de minha mente, estarei me identificando e fortificando os defeitos do mesmo modo que o faria se os estivesse contemplando fisicamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os motivos pelos quais gostamos de contemplar com a imaginação cenas que nos afetam, perturbam ou alteram podem ser vários. No caso da luxúria, o fazemos porque sentimos um prazer morboso. No caso do medo, o fazemos porque cremos ser útil ou importante. No caso da ira, porque consideramos necessário e até satisfatório. E em todos esses casos as crenças são falsas e enganosas, já que a contemplação mental ou imaginativa dos fatos dos quais almejamos nos libertar nos torna ainda mais escravos. Quem quer se libertar de algo não pode aprisionar ali sua atenção, tem que abandoná-lo, deixá-lo para trás.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contemplarmos algo, seja com as percepções físicas ou com a percepção interna, nos sujeitamos às suas influências. Contemplar com as percepções físicas é ver, ouvir, tocar, cheirar, degustar. Contemplar com a percepção interna é imaginar ou pensar (o pensamento é uma das funções da imaginação). O ideal é mantermos na consciência aquilo que nos eleva, dignifica e nos torna sáttwicos. Devemos nos colocar sob influências que nos melhorem e não sob influências que nos rebaixem e piorem. Ao invés de conflitarmos com os acontecimentos maus e com os pensamentos maus, os quais são teimosos, melhor é efetuarmos uma substituição. Preenchamos a mente e a consciência com aquilo que nos faz bem e não haverá espaço para o mal em nossas vidas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você recebe uma carta de alguém te ofendendo, não leia, nem sequer abra (ou leia somente a primeira linha para se certificar do que se trata). Não perca tempo correndo atrás dos mexericos e fofocas que dizem sobre você. Abandone-os, deixe-os para trás. Evite, ao máximo, relacionar-se com o lado mau das pessoas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se queremos desenvolver a essência, temos que aprender a isolá-la pois, sob a influência da vida tal como sempre a tivemos, ela não se desenvolve e pode até mesmo se perder com o tempo. </div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-40184529025380445392014-11-27T13:24:00.002-08:002014-11-27T13:24:35.293-08:00Concentração - aspectos a serem aprendidos ou dominados<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 13px;">Segue abaixo uma lista de qualidades do poder da concentração para orientar o praticante que queira exercitá-lo:</span></span></div>
<ol>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Deixar-se
preencher pelas emoções superiores proporcionadas pelo objeto ou lakshya (aviso
importante: evitar objetos que rebaixem nossas emoções);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
o objeto com gentileza e naturalidade, sem fazer esforços para
mantê-lo no pensamento e no campo da imaginação;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
silenciosamente, sem utilizar o recurso da fala mental;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Manter
a consciência no instante presente da prática;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Ver
o objeto por meio da imaginação, com os olhos fechados;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
os detalhes da forma física do objeto ou <i>"como está feito"</i> (V.M.R);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
as matérias e substâncias que compõem do objeto ou <i>"de que está
feito"</i> (V.M.R.);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
as formas de utilização do objeto ou <i>"para que está feito"</i> (V.M.R.);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
o funcionamento do objeto ou <i>"como funciona"</i> (V.M.R.);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
o objeto desde várias perspectivas (tentar vê-lo de cima, de baixo, dos lados);</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Imaginar
com lentidão e sem pressa, demorando-se em cada aspecto do objeto;</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; text-indent: -36pt;">Escutar
interiormente os sons que o objeto emite;</span></li>
</ol>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Os aspectos acima
devem ser exercitados aos poucos, de forma organizada e didática, e o maior número de vezes possível. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-40788508561559747082014-03-10T13:37:00.001-07:002014-03-10T13:37:38.030-07:00Sobre não ocupar-se com aquilo que causa perturbação<div style="text-align: justify;">
Em sua conferência “A Necessidade de Mudar a Nossa Forma de Pensar”, o V.M. Samael compara a consciência a um foco de luz que pode ser direcionado para onde quisermos (essa é a mesmíssima do filósofo Baars ao elaborar seu conceito de “bright spotlight of atention”). Diz, ainda, o Venerável Mestre que devemos aprender a manejar a consciência adequadamente, focalizando-a onde deve ser focalizada e retirando-a de onde não deve ser posta, pois os agregados psíquicos a condicionam e a arrastam para onde querem. Os egos direcionam e prendem a consciência em eventos perturbadores que provocam emoções negativas, inferiores e destrutivas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do acima exposto se depreende que não é recomendável prestar atenção em algo quando queremos nos tornar emocionalmente independentes daquilo. É impossível prestar atenção em algo que nos provoca temor, ódio ou desejo e ao mesmo tempo enfraquecer as influências nefastas daquilo sobre o nosso psiquismo. Não poderei me libertar do ódio se me ocupar com aquilo que me causa ódio. Quanto mais eu ver, pensar ou falar naquilo que me causa ódio, mais alimentarei o ódio através da identificação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tentar eliminar a gula enquanto se fica prestando atenção nos mais variados tipos de alimentos saborosos é um contra-senso. São os egos de gula que arrastam a consciência para os alimentos desejados e a prende nos mesmos. Isso vale para todos os defeitos. O medo, por exemplo, não pode ser eliminado se nos ocuparmos com aquilo que causa o temor. Se pensarmos, lembrarmos, falarmos ou mantermos a atenção posta sobre aquilo que nos atemoriza, o medo irá se fortificar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em relação aos eventos da vida, temos que aprender a nos isolar psicologicamente, mesmo estando fisicamente cercados por fatos perturbadores. Os acontecimentos da vida devem passar por nós, sem nos arrastarem, e tomar seus cursos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Controlar os indryas é manejar corretamente a consciência, não direcionando a atenção àquilo que irá causar prejuízos psicológicos. É desta maneira que vamos deixando de alimentar os defeitos e nos tornando cada vez mais independentes, sem necessidade de reprimi-los.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descobrir detalhes do Ego é descobrir formas insuspeitadas, inconscientes, de alimentá-lo por meio do direcionamento da mente e da atenção/percepção. Cada detalhe é uma ocupação da mente e da atenção com algo perturbador. Nos ocupamos com aquilo que causa dano e nem sequer nos damos conta disso. Cada defeito que temos corresponde a uma ocupação da mente e da percepção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se queremos nos desenvolver espiritualmente, temos que nos ocupar com aquilo que dignifica e eleva, não com aquilo que rebaixa e degrada. Aquilo que provoca emoções inferiores, negativas, nos rebaixa e degrada. Aquilo que provoca emoções elevadas, superiores, nos eleva e dignifica. Temos, portanto, que aprender a selecionar os objetos com os quais iremos nos ocupar. Acima de tudo, não devemos cair no absurdo de tentarmos nos elevar sem nos desvencilharmos daquilo que nos rebaixa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas pessoas acreditam que podem “resistir” às tentações enquanto se ocupam com as mesmas. Entendo que isso é algo ilógico e sem sentido. O máximo que se consegue com isso é uma cisão interna. Quando nos ocupamos com algo tentador, estamos fortificando o desejo correspondente por meio da identificação (fascinação). A libertação da alma advém quando a afastamos, a apartamos, dos objetos tentadores, ainda que os mesmos continuem a nos rodear e a nos perseguir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que estou tentando explicar é algo análogo à sintonização de estações de rádio. Sintonize-se o rádio com tal ou qual frequência, e teremos os programas da estação correspondente. Temos que aprender a sintonizar a alma com o espiritual, com a felicidade e com o Ser, deixando para trás as sintonias com o maligno (a dor, o medo, o sofrimento, as tentações etc.). Quem se afina com o que é ruim, afunda cada vez mais na degeneração e na tristeza. Vencer o sofrimento significa deixar de sintonizar-se com ele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Ego está sintonizado com o mal, com os desejos materiais e carnais, os quais somente provocam sofrimento, com as dores, com os perigos e temores, com tudo o que nos seja destrutivo. O Ego enfraquece gradualmente conforme vamos nos sintonizando com o espiritual e abandonando as preocupações deste mundo material, tão adorado pelos hedonistas que idolatram o prazer carnal. </div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-9667027603297250772014-02-14T22:18:00.003-08:002014-05-20T22:02:31.895-07:00A história do mestre Meng Shan(Extraído de: Samael Aun Weor, A Magia das Runas, cap. 23)<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Contam as velhas tradições, que se perdem na noite dos séculos, que o Mestre chinês Meng Shan conheceu a ciência da meditação antes dos vinte e cinco anos de idade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dizem os místicos amarelos que desde essa idade até os 32 anos ele estudou com 18 anciães.</div>
<div style="text-align: justify;">
Resulta certamente interessante, sugestivo e atraente, saber que este grande Iluminado estudou com infinita humildade aos pés do venerável ancião Wan Shan, quem lhe ensinou a utilizar inteligentemente o poderoso mantra WU, que se pronuncia com um duplo U, imitando sabiamente o uivo do furacão na garganta das montanhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Este irmão nunca esqueceu o estado de alerta percepção, de alerta novidade, tão indispensável e tão urgente para o despertar da consciência.</div>
<div style="text-align: justify;">
O venerável guru Wan Shan disse−lhe que durante as doze horas do dia é preciso estar alerta como um gato que espreita um rato ou como uma galinha que choca um ovo, sem abandonar a tarefa por um segundo sequer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nestes estudos, os esforços não contam e sim os superesforços. Enquanto não estejamos iluminados, temos de trabalhar sem descanso, como um rato que rói um ataúde. Se praticamos dessa forma, nos libertaremos da mente e experimentaremos diretamente esse elemento que a tudo transforma radicalmente, ISSO que é a Verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia, Meng Shan, depois de 18 dias e noites contínuas de meditação interior profunda, sentou−se para tomar chá e… ó maravilha!… compreendeu o sentido íntimo do gesto de Buda ao mostrar a flor e o profundo significado de Mahakasyapa com seu exótico e inesquecível sorriso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Interrogou a três ou quatro anciões sobre a experiência mística, mas eles guardaram silêncio. Outros disseram−lhe para que identificasse a vivência esotérica com o Samádhi do Selo do Oceano. Este</div>
<div style="text-align: justify;">
sábio conselho, naturalmente, inspirou−lhe grande confiança em si mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meng Shan avançava triunfante em seus estudos, mas nem tudo na vida são rosas, também há espinhos. No mês de Julho, durante o quinto ano de Chindin (1264), infelizmente contraiu desinteria em Chunking, província de Szechaun.</div>
<div style="text-align: justify;">
Com a morte nos lábios, decidiu fazer testamento e distribuir seus bens terrenos. Feito isto, incorporou−se lentamente, queimou incenso, e sentou−se num sítio elevado. Ali orou em silêncio aos três Bem−aventurados e aos Deuses Santos, arrependendo−se diante deles de todas más ações que cometera em sua vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Considerando certo o fim de sua vida, fez aos inefáveis um último pedido: Desejo que mediante o poder de Prajna e de um estado mental controlado, possa eu me reencarnar em um lugar favorável, onde possa fazer−me monge (swami) em tenra idade. Se por casualidade, me recobrar de sta enfermidade, renunciarei ao mundo e tomarei os hábitos para levar a luz a outros jovens budistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de formular estes votos, submergiu em profunda meditação, cantando mentalmente o mantra WU. A enfermidade o atormentava, os intestinos torturavam−no espantosamente, porém ele resolveu não lhes dar atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meng Shan esqueceu por completo de seu corpo e suas pálpebras fecharam−se firmemente, ficando como se estivesse morto.</div>
<div style="text-align: justify;">
Contam as tradições chinesas, que quando Meng Shan entrou em meditação, só o verbo, isto é, o mantra WU (U… U…), ressoava em sua mente, depois não soube mais de si mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E a enfermidade…? Que houve com ela…? Que aconteceu…? Resulta claro, lúcido, compreender que toda afecção, doença, dor, tem por embasamento determinadas formas mentais. Se conseguimos o esquecimento radical, absoluto, de qualquer padecimento, o cimento intelectual se dissolve e a indisposição orgânica desaparece.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando Meng Shan se levantou do sítio no começo da noite, sentiu com infinita alegria que já estava quase curado. Sentou−se de novo e continuou submerso em profunda meditação até a meia−noite, quando sua cura se completou.</div>
<div style="text-align: justify;">
No mês de agosto, Meng Shan foi a Chiang Ning e cheio de fé ingressou no sacerdócio. Permaneceu um ano naquele mosteiro e depois iniciou uma viagem durante a qual ele mesmo cozinhava seus alimentos, lavava as suas roupas, etc. Então, compreendeu na íntegra que a tarefa da meditação deve ser tenaz, resistente, forte, firme e constante, sem se cansar nunca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais tarde, caminhando por terras chinesas, chegou ao mosteiro do Dragão Amarelo. Aí, compreendeu a fundo a necessidade de despertar a consciência. A seguir continuou sua viagem em direção a Che Chiang.</div>
<div style="text-align: justify;">
Chegando lá, arrojou−se aos pés do Mestre Ku Chan de Chin Tien e jurou não sair do mosteiro enquanto não atingisse a Iluminação. Depois de um mês de meditação intensiva, recobrou o trabalho perdido na viagem, porém seu corpo encheu−se de horríveis bolhas, as quais foram intencionalmente ignoradas por ele, tendo continuado com a disciplina esotérica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia qualquer, não importa qual, convidaram−no para uma deliciosa comida. No caminho tomou sua Hua Tou e trabalhou com ela. Submerso em meditação, passou diante da porta de seu anfitrião sem se dar conta, foi quando compreendeu que poderia manter o trabalho esotérico mesmo em plena atividade.</div>
<div style="text-align: justify;">
No dia 6 de março, quando estava meditando com a ajuda do mantra WU, o monge principal do mosteiro entrou no Lumisial de Meditação com o evidente propósito de queimar incenso. Porém, aconteceu que ao golpear a caixa de perfumações, produziu um ruido específico. Então, Meng Shan reconheceu a si mesmo e pôde ver e ouvir o Chao Chou, notável Mestre Chinês</div>
<div style="text-align: justify;">
"Desesperado, cheguei ao ponto morto do caminho. Bati na onda (porém) não era mais que água. Ó,</div>
<div style="text-align: justify;">
esse notável velho Chao Chou, cuja cara é tão feia!"</div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os biógrafos chineses estão de acordo ao afirmarem que, no outono, Meng Shan entrevistou−se com Hsueh Yen em Ling An e com Tui Keng, Hsu Chou, Shih Keng e outros notáveis anciões. Sempre entendi que o Koan ou frase enigmática decisiva para Meng Shan foi, sem sombra de dúvida, aquela com a qual Wan Shan o interrogou:</div>
<div style="text-align: justify;">
"Não é a frase 'a luz brilha serenamente sobre a areia da praia' uma observação prosaica desse tom de</div>
<div style="text-align: justify;">
Chang?"</div>
<div style="text-align: justify;">
A meditação nessa frase foi suficiente para Meng Shan. Quando Wan Shan o interrogou mais tarde com a mesma frase, isto é, repetiu−lhe a mesma pergunta, o místico amarelo respondeu atirando ao chão o colchão da cama, como que dizendo: JÁ ESTOU DESPERTO.</div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-32323937421103550542014-02-14T22:15:00.003-08:002014-02-14T22:31:31.046-08:00A Meditação<div>
<div style="text-align: justify;">
(Extraído de: Samael Aun Weor, A Magia das Runas, cap. 17)</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Informação intelectual não é vivência. Erudição não é experiência. O ensaio, a prova e a demonstração exclusivamente tridimensional não são Unitotais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tem de haver alguma faculdade superior à mente e independente do intelecto que seja capaz de nos dar um conhecimento e uma experimentação direta sobre qualquer fenômeno. Opiniões, conceitos, teorias, hipóteses, não significam verificação, experiência, consciência plena sobre tal ou qual fenômeno.</div>
<div style="text-align: justify;">
Somente libertando−nos da mente podemos viver de verdade ISSO que há de real. AQUILO que se encontra em estado potencial atrás de qualquer fenômeno. Mente há em toda parte. Os sete cosmos, o mundo, as luas, os sóis, nada mais são do que substância mental cristalizada ou condensada.</div>
<div style="text-align: justify;">
A mente também é matéria, ainda que bem mais rarificada. Substância mental existe nos reinos mineral, vegetal, animal e humano. A única diferença que existe entre o animal intelectual e a besta irracional é isso que se chama intelecto. O bípede humano deu à mente forma intelectual. O mundo nada mais é do que uma forma mental ilusória que se dissolverá inevitavelmente no fim deste grande dia cósmico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Minha pessoa, teu corpo, meus amigos, as coisas, minha família… são no fundo isso que os hindus chamam de maya ou ilusão. Vãs formas mentais que cedo ou tarde deverão ser reduzidas a poeira cósmica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meus afetos, os seres queridos que me cercam, etc., são formas simples da mente cósmica, não tendo uma existência real.</div>
<div style="text-align: justify;">
O dualismo intelectual, tal como o prazer e a dor, os elogios e as ofensas, o triunfo e a derrota, a riqueza e a miséria, constitui o doloroso mecanismo da mente. Não pode haver verdadeira felicidade dentro de nós enquanto sejamos escravos da mente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Urge que montemos no burro (a mente), para entrarmos na Jerusalém Celestial em um Domingo de Ramos. Infelizmente, hoje em dia, o asno monta em nós, miseráveis mortais do lodo da terra.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém pode conhecer a verdade enquanto seja escravo da mente. O Real não é questão de suposições, mas de experiência direta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus, o grande Kabir, disse: Conhecei a verdade e ela vos fará livres. Porém eu vos digo: A verdade não é questão de afirmações, negações, crenças ou dúvidas. A verdade tem de ser experimentada diretamente na ausência do Eu, além da mente. Quem se liberta do intelecto, pode experimentar, viver, sentir, um elemento que transforma radicalmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando nos libertamos da mente, ela se converte em um veículo dúctil, elástico, útil, mediante o qual nos expressamos neste mundo de maneira consciente. A lógica superior convida−nos a pensar que se libertar, se safar de toda mecanicidade, se emancipar da mente, equivale a despertar a consciência e a terminar com o automatismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquilo que está além da mente é Brahma, o eterno espaço incriado, ISSO que não tem nome, o Real.</div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, vamos ao grão: Quem ou o que deve se safar, se libertar, da mortificante mente?</div>
<div style="text-align: justify;">
Respondemos esta interrogação com as seguintes palavras: O que deve e que pode se libertar é o que temos de Alma em nós, a consciência, o princípio budista interior.</div>
<div style="text-align: justify;">
41/128A mente só serve para nos amargar a existência. Felicidade autêntica, legítima, real, só é possível quando nos emancipamos do intelecto. Porém, devemos reconhecer que há um inconveniente, um obstáculo maiúsculo, um óbice para essa aspirada libertação da Essência. Quero me referir ao tremendo batalhar das antíteses.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Essência, a consciência, ainda que de natureza búdica, infelizmente vive engarrafada no aparatoso dualismo dos opostos: sim e não, bom e mau, alto e baixo, meu e teu, gosto e desgosto, prazer e dor, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
A todas as luzes resulta brilhante compreender que quando cessa a tempestade no oceano da mente e termina a luta entre os opostos, a Essência escapa e submerge no Real.</div>
<div style="text-align: justify;">
O dificultoso, trabalhoso, árduo e penoso, é conseguir o silêncio mental absoluto em todos e em cada um dos 49 departamentos subconscientes da mente. Alcançar ou obter quietude e silêncio no nível meramente intelectual ou em uns quantos departamentos subconscientes, não é o suficiente porque a Essência continua ainda enfrascada no dualismo submerso, infraconsciente e inconsciente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mente em branco é algo demasiado superficial, oco e intelectual. Necessitamos de reflexão serena, se de verdade queremos conseguir a quietude e o silêncio absoluto da mente.</div>
<div style="text-align: justify;">
A palavra MO significa silencioso ou sereno. CHAO significa refletir ou observar. Logo, MO CHAO pode ser traduzido como reflexão serena ou observação serena. Porém, no gnosticismo puro, os termos serenidade e reflexão têm um sentido muito mais profundo e devem ser compreendidos em suas conotações especiais.</div>
<div style="text-align: justify;">
O sentido de sereno transcende ao que normalmente se entende por calma ou tranqüilidade. Implica em um estado superlativo que está além dos raciocínios, dos desejos, das contradições e das palavras.</div>
<div style="text-align: justify;">
Designa a uma situação que se encontra fora do bulício mundano.</div>
<div style="text-align: justify;">
O sentido de reflexão está bem além disso que sempre se entendeu por contemplação de um problema ou de uma idéia. Aqui, não implica em pensamento contemplativo ou em atividade mental e sim numa espécie de consciência objetiva, clara e refletora, sempre iluminada pela sua própria experiência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, sereno aqui é a serenidade do NÃO−PENSAMENTO e reflexão significa consciência intensa e clara.</div>
<div style="text-align: justify;">
Reflexão serena é a consciência clara na calma e na tranqüilidade do NÃO−PENSAMENTO.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando reina a serenidade perfeita, consegue−se a verdadeira e profunda Iluminação.</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-16248503399743355472013-12-12T08:02:00.000-08:002013-12-11T23:30:23.338-08:00Concentração: quando faltam pensamentos sobre o lakshya<span style="text-align: justify;">(Ampliação ao final)</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Quando tentamos direcionar o fluxo do pensamento em torno de um único tema, nos deparamos com o problema da inibição. O fluxo mental fica inibido quando tentamos direcioná-lo, os pensamentos não fluem. Este é um dos obstáculos no desenvolvimento da concentração.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se queremos realmente "viajar" conscientemente dentro do tema que nos interessa, necessitamos soltar as amarras do pensamento, do contrário, não haverá desligamento completo de tudo o mais. No entanto, quando nos concentramos, pensamentos sobre o lakshya nos faltam, ao mesmo tempo em que pensamentos sobre o que não nos interessa aparecem aos montes. A mente se recusa a pensar naquilo que escolhemos, sabotando nossa prática como um asno teimoso que de repente empaca e deixa de caminhar. A mente quer pensar em seus temas, suas bobagens, e se recusa a pensar no que escolhemos. O asno teimoso quer andar por seus próprios caminhos, dispersos e sem metas, recusando-se a seguir pelo caminho que necessitamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No devaneio, ao contrário, a mente não experimenta empecilhos em seu fluxo, mas também não vai por onde queremos. O asno não se fixa em nenhuma direção, troca constantemente de tema, mariposeia e não se aprofunda em nada. O pensamento disperso é superficial, toca em cada tema somente de leve, sem aprofundar-se em nenhum, pois não se dá à continuidade e nem ao prologamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fazer a mente fluir dentro do lakshya é uma dificuldade. A mente flui somente enquanto lhe damos alguns empurrões, mas em seguida empaca, deixa de pensar no objeto e tenta desviar-se para outras coisas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo, há um impulso volitivo por trás da teimosia da mente: gostamos de pensar naquilo que é desejável. Se nos pusermos a tentar concentrá-la em imagens pornográficas ou em desgraças que nos afetaram ao longo da vida, a mente prontamente aceitará (embora isso não seja recomendável e tenha efeitos destrutivos sobre nós), mas se tratarmos de concentrá-la no que é superior, ela resistirá. "Para baixo todo santo ajuda", diz o ditado. É muito fácil usar a concentração para o que não presta, mas é difícil direcioná-la para o alto. O asno quer teimosamente seguir os velhos sanskaras aos quais está acostumado, sente-se bem neles.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A mente se concentra e flui facilmente naquilo que não presta porque os pensamentos correspondentes são prazeirosos. É prazeiroso pensar em coisas mundanas: em vingança, em comidas, em pornografia etc. Em contrapartida, o asno empaca e não quer caminhar quando o lakshya é algo sublime e espiritual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma forma de superar essa teimosia mental é escolhermos como alvo de nossa concentração a solução de algum problema no qual valha a pena pensar. Relaxamos, nos concentramos buscando a solução até que ela "nos caia", sob a forma de um insight ou uma revelação. Perguntas relacionadas ao tema ("como resolver isso?) podem ser usadas sob a forma de um koan. Tudo o mais deve ser esquecido e abandonado. É importante focar naquilo que queremos (a solução) e não naquilo que nos incomoda (o problema) pois, uma vez que uma idéia prevaleça na mente de forma completa, o corpo físico reagirá em consonância com a mesma. Se o problema tomar conta da mente, o corpo reagirá com estresse, mas se a solução tomar conta, o corpo reagirá com alívio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existem infinitas coisas para se pensar sobre o lakshya, mas a mente não quer saber delas. Ela prefere saborear seus próprios objetos e temas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando concentramos a atenção em um lakshya exterior animado (ex. o comportamento de um esquilo), não experimentamos tal teimosia, porque o lakshya é externo a nós e continua a se movimentar e a agir de forma independente de nossa observação. Mas quando fechamos os olhos e tentamos concentrar o pensamento em um lakshya interno, experimentamos a resistência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até o momento, não vejo outra solução além de dar pequenos empurrões no asno para que ele continue a pensar no que queremos. Sivananda aconselha que tentemos inicialmente concentrar o pensamento em algo que nos interessa muito, pois isso desobstruirá o fluxo mental (haverá uma junção entre nossa meta e um sanskara específico da mente). No entanto, há que se ter cuidado pois, se escolhermos como lakshya algo que pode nos prejudicar espiritualmente, não conseguiremos nos livrar dos nefastos resultados. Se eu me entreter pensando detidamente em alguma fantasia sexual, serei escravizado por tal fantasia e não serei capaz de preservar meu virya. De todas as maneiras, quando mais interesse o objeto despertar em nós, mais facilmente conseguiremos pensar nele.<br />
<br />
Sivananda aconselha que, inicialmente, nos concentremos em um tema bem amplo, como o céu, o oceano ou uma cordilheira. Assim, fica mais difícil que faltem os pensamentos sobre o lakshya. Sempre há muito o que pensar sobre um tema amplo. Duas coisas ainda podem ajudar nos casos em que faltam pensamentos sobre o lakshya: manter a mente focada mesmo assim, à espera de insights a respeito, e fazer perguntas a si mesmo sobre o tema. Como as perguntas que podem ser feitas sobre algo são infinitas, ajudam a dar "empurrões" no asno da mente. Questionar-se a respeito do objeto é uma forma de continuarmos pensando nele quando nenhum pensamento a respeito nos ocorre. São infinitos os questionamentos que podemos realizar sobre um dado tema. Escolher um tema amplo, manter-se focado mesmo sem que nada nos ocorra e perguntar-se infinitamente sobre aquilo são, portanto, meios de transcender a interrupção do fluxo mental desejado.<br />
<br />
Suponhamos que você (ou eu ou qualquer outra pessoa) esteja procurando se concentrar em um coco. Não se limite a explorar somente o interior do coco, sua constituição e estrutura, inclua também as infinitas cenas da vida em que um coco pode estar presente e pelas quais pode passar. Você pode imaginar, por exemplo, o coco caindo na areia da praia, enchendo-se de areia, estragando-se, abrindo, ficando cheio da água da chuva e de insetos, moleques brincando de jogar o coco para longe, as ondas o arrastando e o devolvendo, um cachorro o mordendo para estimular os dentes e outras infinitas situações. Assim, você abrirá um veio em que as possibilidades imaginativas não se esgotam. Se você não consegue imaginar as cenas organizadas coerentemente de forma temporal (desde o nascimento da fruta até a sua destruição total), não importa: contente-se em explorar tudo o que for possível, com a máxima profundidade e até onde alcançar. Imagine tudo o que você consiga sobre o coco. Com o desenvolver das práticas, você organizará os processos antes imaginados de forma desorganizada. O que interessa é criar uma espécie de "devaneio consciente e prolongado" em que o coco esteja continuamente presente, de um modo ou de outro. Cenas não intencionais, espontâneas, mas que não se desviem do tema, assim como sonhos, lúcidos ou não, a respeito do assunto, são produto da prática e indicam que os resultados estão começando a aparecer.<br />
<br />
Não raciocine analisando se as cenas estão ou não se desviando do propósito, aprenda a simplesmente acompanhar a cena sem receio de que haja desvios, deixe que as cenas fluam. Não se recorde, não se ocupe e nem se preocupe com o desvios, esqueça-os, não os procure. O que interessa não são os desvios e sim o lakshya, não são os erros e sim o acerto. Quando você se perceber desviado, simplesmente volte ao tema e continue.<br />
<br />
Pela Lei das Associações, a mente tentará trazer outras cenas relacionadas ao objeto, das quais ele próprio estará ausente. Vejamos um exemplo: você está imaginando uma cena em que um coco está sendo vendido e, repentinamente, passa a imaginar coisas sobre o vendedor ao invés de acompanhar o que aconteceu com a fruta ao ser adquirida pelo cliente. Nesse caso, a imaginação foi transferida de um objeto (o coco) para outro objeto relacionado (o vendedor), tal como ocorre no pensamento comum desconcentrado ou imaginação mecânica. É a Lei das Associações que provoca os desvios da imaginação e nos faz cair na atividade mental comum. A Lei das Associações faz com que a imaginação passe de um tema a outro tema relacionado, formando uma corrente de temas que se prolonga infinitamente, fascinando e adormecendo a consciência. O pensar em muitos temas provoca excesso de atividade mental e nos afasta do nosso objetivo, que é reduzir os pensamentos para, no final, escaparmos da mente. Aconteça o que acontecer, observe e acompanhe o seu objeto e não outras coisas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A domesticação do asno da mente é algo progressivo, não adianta ter pressa. A cada dia amansamos mais o asno, até o momento em que se torne obediente.<br />
<br />
Não force sua mente a pensar sobre o lakshya, simplesmente focalize-a no objeto e deixe que o pensamento surja e flua. Se forçar, terá dores de cabeça. Ao invés de forçar, prefira conferir bastante importância ao objeto e nenhuma importância a outras coisas. Não brigue com os pensamentos indesejáveis, vire-lhes as costas. Confira importância e valor ao que interessa. Pratique a concentração repetidamente em um mesmo tema durante vários dias, até que não seja mais preciso "procurar" idéias sobre ele. Quando somos principiantes na prática da concentração, a mente não flui continuamente, constantemente falha e se desvia.<br />
<br />
Conscientemente, estamos em contato muito limitado com a realidade, porém, inconscientemente, estamos em contato com o Todo. Isso significa que estamos em contato com a intimidade dos objetos sem o saber. Temos conhecimento armazenado no inconsciente mas não sabemos disso. É nesse sentido que Sócrates afirmava que "conhecer é recordar".<br />
<br />
Nós, seres humanos, não somos somente aquilo que percebemos de nós mesmos, somos muito mais do que achamos que somos.<br />
<br />
Mediante a concentração e a meditação, o conhecimento oculto em nós mesmos se manifesta à consciência. Então nos damos conta de que sabíamos mais sobre o objeto do que acreditávamos inicialmente.<br />
<br />
<b>Ampliação em 12/12/2013</b><br />
<br />
Quando você estiver tentando pensar em um tema e os pensamentos esgotarem, não fique se pressionando para ir além e nem forçando a mente para encontrar mais o que pensar a respeito. Simplesmente conclua sua prática, troque de tema ou volte mais tarde. Forçar a mente não adianta e somente dá dores de cabeça. A prática constante, ao longo do tempo, irá gradativamente "abrir o tema" e revelar coisas novas a respeito. Se um tema se tornou "batido" ou "enjoativo", não insista, adote outro tema e prossiga sua prática. É importante ter regularidade nos lakshyas, não ficar trocando à toa, mas também é importante não forçar violentamente o entendimento.<br />
<br />
O fluir do pensamento concentrado deve ser algo leve e agradável.</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-90166490877591314482013-10-25T06:44:00.002-07:002013-10-25T06:44:41.338-07:00O sono na meditação"Em certa ocasião, escutamos dos lábios de um swami hindu uma exótica afirmação.<br />
<br />
Aquele mestre explicou diante do auditório a necessidade da Hatha−Yoga como indispensável para alcançar as alturas do Samadhi. O yogue disse que muitas pessoas não haviam conseguido nada na Meditação interna, apesar de seus longos esforços e treinamentos diários. O swami conceituava que essa classe de fracassos se deve à exclusão da Hatha−Yoga.<br />
<br />
Nós francamente discordamos desta afirmação do venerável swami. Aqueles que depois de 10 ou 20 anos não conseguiram a iluminação com a prática da meditação interna, devem buscar a causa na falta de sono.<br />
<br />
É imprescindível combinar a meditação com o sono."<br />
<br />
Samael Aun Weor em Kundalini Yoga ou O Livro Amarelo, cap. XI.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-53776953956749977512013-10-20T01:31:00.000-07:002015-11-15T16:51:25.404-08:00Primeiras Experiências Clarividentes e Clariaudientes<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(Extraído de Kundalini Yoga ou O Livro Amarelo, Cap. XII − V. M.
Samael Aun Weor)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se o yogue persevera na meditação
interna, se é constante, tenaz, infinitamente paciente, depois de certo tempo
aparecem as primeiras percepções clarividentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No princípio, apenas pontos
luminosos, depois aparecem rostos, quadros da natureza, objetos como em sonhos,
naqueles instantes de transição que há entre a vigília e o sono. As primeiras
percepções clarividentes despertam o entusiasmo do discípulo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essas percepções demonstram−lhe
que seus poderes internos estão entrando em atividade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É necessário que o estudante não
se canse. Necessita−se muitíssima paciência. O desenvolvimento dos poderes
internos é algo muito difícil. Realmente, são muitos os estudantes que começam,
mas são poucos os que têm a paciência do santo Jó. Os impacientes não conseguem
dar um só passo no caminho da Realização. Esta classe de práticas esotéricas é
para pessoas muito tenazes e pacientes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na Índia sagrada dos Vedas, os
yogues praticam a meditação interna quatro vezes por dia. Em nosso mundo
ocidental, devido à preocupação pelo viver diário e ao duro batalhar pela
existência, só se pode praticar a meditação uma vez por dia. Só isso é o suficiente.
O importante é praticar diariamente, sem faltar um só dia. A repetição incessante,
contínua, tenaz, põe, afinal, os chacras a girar, e, depois de algum tempo, iniciam−se
as primeiras percepções clarividentes e clariaudientes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As manchas luminosas, os quadros
de luz, as figuras vivas, o soar de sinos, as vozes de pessoas ou de animais,
etc., indicam com segurança que o estudante está progredindo no desenvolvimento
dos seus poderes internos. Todas essas percepções aparecem nos instantes em
que, submerso em profunda meditação, encontra−se adormecido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitíssimas espécies de luz começam
a surgir com a prática da meditação interna. No princípio, o devoto percebe
luzes brancas e muito brilhantes. Essas luzes correspondem ao Olho da
Sabedoria, o qual se acha situado entre as sobrancelhas. As luzes brancas,
amarelas, vermelhas, azuis, verdes, assim como os relâmpagos, o sol, a lua, as
estrelas, as chispas, as chamas, etc., são partículas formadas de elementos supra−sensíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando aparecem pequenas bolinhas
luminosas, resplandecendo com as cores branca e vermelha, é sinal absolutamente
seguro de que estamos progredindo na prática da concentração do pensamento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chegará o momento em que o devoto
conseguirá ver os Anjos, os Arcanjos, Tronos, Potestades, Virtudes, etc., etc.
O estudante costuma ver, entre sonhos e também durante a meditação, grandiosos
templos, rios, vales, montanhas, belos jardins encantados, etc.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Costumam apresentar−se, durante
as práticas de meditação, certas estranhas sensações que às vezes enchem de
medo o devoto. Uma dessas sensações é uma corrente elétrica no chacra do
cóccix.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Também no Lótus das Mil Pétalas,
situado na parte superior do cérebro, costumam sentir−se certas sensações elétricas.
O devoto deve vencer o medo, se quiser progredir no desenvolvimento dos seus
poderes internos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Algumas pessoas têm estas visões
em poucos dias de práticas. Outras pessoas começam a ter as primeiras visões
depois de seis meses de exercícios diários. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No primeiro período de
treinamento diário, apenas nos relacionamos com os seres do plano astral.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No segundo período de
exercitamento esotérico, relacionamo−nos com seres do plano mental. No terceiro
período, relacionamo−nos com seres do mundo puramente espiritual. Então,
começamos realmente a converter−nos em competentes investigadores dos Mundos
Superiores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O devoto que começou a ter as
primeiras percepções dos Mundos Superiores, deve ser, no princípio, como um
jardim selado com sete selos. Aqueles, que andam contando aos outros tudo o que
vêem e ouvem, fracassam nesses estudos pois as portas dos Mundos Superiores se
fecham para eles.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos perigos mais graves que
assalta o devoto é a vaidade. Muitos estudantes se enchem de vaidade e orgulho
quando começam a perceber a realidade dos mundos supra−sensíveis e então se
qualificam de MESTRES. E, sem terem alcançado o pleno desenvolvimento dos seus
poderes internos, começam a julgar os outros erroneamente, fundamentados nas
suas percepções clarividentes incompletas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O resultado desse proceder equivocado
é que o devoto lança então muito Karma em suas costas, porque se converte em
caluniador do próximo e enche o mundo de lágrimas e de dor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O estudante que teve as primeiras
percepções clarividentes, deve ser como um jardim selado com sete selos, até que
seu MESTRE interno o inicie nos GRANDES MISTÉRIOS e lhe dê ordem para falar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro dos graves erros que
assaltam a todos aqueles que se submetem à disciplina esotérica é depreciar a
IMAGINAÇÃO. Nós aprendemos que a imaginação é o translúcido, o espelho da alma,
a divina clarividência. Para o devoto, imaginar é ver.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando o chacra frontal começa a
girar, as imagens que vêm ao translúcido tornam−se brilhantes, resplandecentes,
luminosas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O devoto deve distinguir entre a
IMAGINAÇÃO e a FANTASIA. A imaginação é positiva. A fantasia é negativa,
prejudicial, daninha para a mente, pois pode conduzir−nos às alucinações e à
loucura.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<u>Todos aqueles que quiserem
despertar a clarividência, desprezando a IMAGINAÇÃO, cairão no mesmo absurdo
daqueles que quiserem praticar a meditação com absoluta ausência de sono.
Essas pessoas fracassam no desenvolvimento dos seus poderes internos. Essas
pessoas violam as leis naturais, e o resultado inevitável é o insucesso</u> (grifo meu) [Ou seja, tentar meditar sem dormir e sem o recurso da imaginação é um equívoco].</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IMAGINAÇÃO, INSPIRAÇÃO e INTUIÇÃO
são os três caminhos obrigatórios da Iniciação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Primeiro, aparecem as imagens
internas, depois, conhecemos o significado dessas imagens e, por último,
penetramos num mundo puramente espiritual.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todo clarividente necessita de
Iniciação. A clarividência sem a Iniciação Esotérica conduz o estudante ao
mundo do delito. É necessário receber a Iniciação Cósmica.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se um clarividente penetrar no
subconsciente da natureza, poderá ler, ali, todo o passado da Terra e das suas
raças. Ali encontrará também os seus seres mais queridos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Poderá ver, por exemplo, a sua
esposa amada, casada com outros homens ou talvez até adulterando. Se o
clarividente não tem Iniciação, confundirá o passado com o presente e caluniará
sua esposa; então, dirá: "ela é infiel, é adúltera, pois sou clarividente
e a estou vendo nos mundos internos em pleno adultério". No subconsciente
da natureza existem as lembranças das nossas reencarnações passadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se um clarividente penetra no
infraconsciente da Natureza, encontrará ali todas as maldades da espécie
humana. No infraconsciente da Natureza vive o Satã de todo ser humano. Se o
clarividente não recebeu a Iniciação, pode cair então na calúnia, porque nos
infernos infraconscientes da natureza vive o Satã dos Santos (O Eu
Psicológico). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O clarividente sem Iniciação verá
ali o Satã dos santos revivendo incessantemente todos os crimes e maldades que
eles cometeram em remotíssimas reencarnações, antes de serem Santos. Porém, o
clarividente inexperiente, sem Iniciação, não saberia distinguir realmente
entre o passado e o presente. Entre o Satã de um homem e o Ser Verdadeiro de um
homem. O resultado seria a calúnia. O clarividente inexperto diria: "Esse
homem, que se crê santo, é um assassino, ou um ladrão, ou um terrível mago negro,
porque eu, com a minha clarividência, assim o estou vendo". Isso é precisamente
o que se chama calúnia. Muitos clarividentes degeneram horrivelmente em
caluniadores. Um dos mais graves perigos da calúnia é o homicídio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O homem ciumento, desconfiado,
etc. encontrará, no infraconsciente da natureza, todas as suas dúvidas e
suspeitas convertidas em realidade. Então, caluniará sua esposa, seus amigos,
seus vizinhos, os Mestres, dizendo: "Como vêm, eu tinha razão nas minhas
dúvidas. Meu amigo é um ladrão, ou um mago negro, ou um assassino; minha esposa
está adulterando com fulano de tal, assim como eu suspeitava; minha clarividência
não falha, eu não me engano, etc.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pobre homem, devido à falta de
Iniciação, não teria capacidade de análise suficiente para se dar conta de que penetrou no
infraconsciente da Natureza, onde vivem as próprias criações mentais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Considerando todos esses perigos,
é importante que os estudantes esoteristas não lancem juízos sobre as pessoas.
"Não julgueis para que não sejais julgados".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O devoto deve ser como um jardim
selado, e com sete selos. Aquele que já tem as primeiras percepções
clarividentes e clariaudientes é ainda um clarividente inexperto e, se não
souber calar, converter−se−á em um caluniador das pessoas. Só os grandes Iniciados
clarividentes não se equivocam. Rama, Krishna, Buda, Jesus Cristo, Hermes, etc.,
foram verdadeiros clarividentes infalíveis, oniscientes.</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-42541862728678277542013-10-19T23:57:00.000-07:002013-10-20T00:11:24.637-07:00Canção de Milarepa para Lady Paldarboom<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Tópicos: clareza, mente natureza, estabilidade.</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Fonte: http://www.unfetteredmind.org/milarepas-song-to-lady-paldarboom</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Tradução livre</span><br />
<br />
“Então ela disse: ‘Caro professor, não tenho feito nada para me preparar para a próxima vida. Agora eu vou fazê-lo. Por favor, partindo de sua grande compaixão, cuide de mim e me dê instrução à meditação.’<br />
<br />
Milarepa estava encantado e respondeu: ‘Se você praticar o Dharma, sinceramente, na minha tradição, você não precisa mudar seu nome. A pessoa desperta com uma cabeça cheia de cabelos. Você não tem que cortar o cabelo ou fazer outras alterações.’<br />
<br />
Ele cantou esta música com quatro exemplos e cinco pontos sobre a meditação e a prática da mente:<br />
<br />
‘Ah , Lady Paldarboom<br />
Afortunada e dedicada estudante,<br />
<br />
Tome o céu como um exemplo,<br />
Pratique sem qualquer senso de limite ou posição [meu entendimento: esqueça onde e em que posição você está].<br />
<br />
Tome o sol e a lua como exemplos ,<br />
Pratique sem qualquer senso de clareza ou distorção [não se preocupe se está confusa ou entendendo].<br />
<br />
Tome esta montanha como um exemplo,<br />
Pratique sem qualquer sentido de movimento ou mudança [não se preocupe em ficar imóvel ou se mexer].<br />
<br />
Tome o grande oceano como exemplo,<br />
Pratique sem qualquer senso de profundidade ou superfície [não se preocupe se sua prática se aprofundou ou ainda está superficial].<br />
<br />
Para revelar a mente,<br />
Pratique sem qualquer dúvida ou hesitação [não se amarre em preocupações sobre a prática e nem fique vacilando].’<br />
<br />
Mostrando-lhe como se sentar e dirigir sua mente, ele a colocou em prática.<br />
Ela teve boas experiências em sua meditação e apresentou esta canção<br />
para afastar dúvidas e impedimentos:<br />
<br />
‘Ah , precioso Senhor,<br />
Expressão perfeita da forma desperta,<br />
<br />
Fui feliz praticando com o céu,<br />
Mas um pouco inquieta a respeito de trazer nuvens para a prática.<br />
Por favor, me dê instruções sobre a prática com nuvens.<br />
<br />
Fui feliz praticando com o sol e a lua,<br />
Mas um pouco desconfortável em trazer estrelas e planetas na prática.<br />
Por favor, me dê instruções sobre a prática com estrelas e planetas.<br />
<br />
Fui feliz com ao praticar com a montanha,<br />
Mas um pouco inquieta ao trazer grama e árvores.<br />
Por favor, me dê instruções sobre a prática com grama e árvores.<br />
<br />
Fui feliz praticando com o oceano,<br />
Mas um pouco incomodada ao trazer ondas para a prática.<br />
Por favor, me dê instruções sobre a prática com ondas.<br />
<br />
Fui feliz em praticar com a mente,<br />
Mas um pouco desconfortável em trazer pensamentos à prática.<br />
Por favor, me dê instruções sobre a prática com os pensamentos.”<br />
<br />
Milarepa achou que sua prática foi produtiva e ficou encantado.<br />
Em resposta ao seu pedido, ele cantou essa canção sobre a remoção<br />
impedimentos e melhoramento da prática:<br />
<br />
‘Ah, Lady Paldarboom,<br />
Ouça , afortunada e devotada estudante.<br />
<br />
Se você está feliz praticando com o céu,<br />
As nuvens são criações mágicas do céu.<br />
Seja o próprio céu .<br />
<br />
Se você está feliz praticando com o sol e a lua,<br />
Planetas e estrelas são as criações mágicas deles.<br />
Seja o sol e a lua.<br />
<br />
Se você está feliz praticando com a montanha,<br />
Grama e árvores são criações mágicas da montanha.<br />
Seja a própria montanha.<br />
<br />
Se você está feliz praticando com o oceano,<br />
As ondas são criações mágicas do oceano.<br />
Seja o próprio oceano.<br />
<br />
Se você está feliz praticando com a mente,<br />
Os pensamentos são criações mágicas da mente.<br />
Seja a própria mente.’<br />
<br />
Quando ela praticou com essas instruções, ela chegou a uma<br />
clara compreensão da natureza do ser puro. Mais tarde, ela<br />
foi para o reino das dakinis em seu próprio corpo, acompanhada pelos<br />
sons dos címbalos.”<br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">(Extraído do capítulo de As Cem Mil Canções de Milarepa que</span><br />
<span style="font-family: inherit;">descreve seu encontro com a Lady Paldarboom.)</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Eis o meu entendimento pessoal: Milarepa, na primeira parte do poema, instrui a garota a praticar sem preocupações com o êxito da própria prática que realiza, isto é, sem preocupar-se com certos detalhes, pois tal preocupação, e não os detalhes em si, se transformam em obstáculos. Ele a instrui a perder o senso de lugar, posição, profundidade, entendimento, clareza, movimentação, ou seja, a se libertar desses pares de opostos: aqui e ali, mover-se e ficar imóvel, superficialidade e profundidade, clareza e confusão. Por mais bem intencionadas que seja, essas preocupações nos prendem e travam o avanço da prática.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao praticar, a aluna se confundiu e hesitou em trazer para a prática certos elementos que lhe pareceram estranhos ao lakshya, mas na verdade não eram. A orientação de Milarepa foi: seja o próprio objeto em que medita. Segundo minha interpretação, a garota supôs que havia se desviado da prática, mas na verdade estava praticando corretamente e não havia se desviado, pois as nuvens são parte do céu, assim como gramas e árvores são partes da montanha. Ela não havia se desviado dos lakshyas!]</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-86388932945156125012013-09-22T08:22:00.000-07:002014-11-27T16:22:03.650-08:00A meditação nas crises de ansiedade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que este texto alcance você que está dele necessitando.<br />
<br />
Nos dias atuais, a ansiedade se tornou uma doença emocional muito comum.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;">A ansiedade é algo que pode atrapalhar muito o praticante de meditação e até nos estancar na Morte do Ego. Por isso, vamos agora estudá-la um pouco. A questão será tratada do ponto de vista espiritual e não do ponto de vista médico. As informações que seguem não se destinam a substituir as receitas e nem os tratamentos da medicina convencional, são somente uma outra abordagem do problema.</span><span style="font-size: 100%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Crises de ansiedade são, basicamente, o resultado emocional de vários problemas que a pessoa atravessou na vida. Todas as experiências vulnerabilizantes se somam em torno de um medo terrível, normalmente o medo de morrer. A pessoa se sente vulnerável e na iminência de falecer. Isso é a ansiedade: um monstro que nasce da somatória dos problemas emocionais que tenhamos. O religiosos não estão totalmente errados quando dizem que se trata de um demônio que entra no corpo da pessoa. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Coisas ruins que fizemos aos outros (e nos deixaram apreensivos a respeito de represálias e consequências) e coisas ruins que nos fizeram, ao longo de toda a vida, ficam gravadas subconscientemente e provocam efeitos somáticos. Os efeitos somáticos são manifestações desses egos no centro instintivo.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Medos reprimidos ao longo da vida, que não se expressaram na forma de choro, gritos ou outros caminhos de expressão, extravasam por uma via somática. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Os fármacos inibem os efeitos somáticos mas, como não trabalham as causas (que são internas e psíquicas), os represam. São úteis e importantes em situações de emergência, mas não atingem a “causa causorum”. Os processos orgânicos, químicos, não são a causa última da ansiedade e sim sua causa “horizontal”. A causalidade última pode ser encontrada na linha vertical: em outras dimensões, são brutais egos invasores. Em outras palavras, a ansiedade vem de cima para baixo, desde a quinta dimensão até o mundo físico. O segredo da cura está em dissolver os egos que a ocasionam. Afastá-los já promove uma boa melhora.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Consciência limitada</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
A maior parte do conteúdo provocador das crises de ansiedade é inconsciente, o que significa que a pessoa não sabe, não enxerga, o que está lhe causando o estresse emocional. A pessoa enxerga somente seus efeitos somáticos, enquanto os egos causadores permanecem obscuros.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Em busca das causas da ansiedade, podemos regredir até a infância, pois foi lá que se iniciou a formação da personalidade, que é o veículo de manifestação dos egos. Em meditação, podemos regredir até a vida intra-uterina e além, chegando às passadas existências.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
A ansiedade nunca é causada por um só ego ou por uma única experiência traumática, mas por um conjunto e, devido à Lei de Recorrência, tem sua última e mais distante origem em existências anteriores.<br />
<br />
São muitos os fatores inconscientes que podem provocar o mal da ansiedade. Em alguns casos, a amígdala pode permanecer ligada sem que a pessoa perceba a menor emoção negativa desagradável e se queixe somente dos efeitos somáticos. Em tais casos, as emoções negativas estão muito subterrâneas, inconscientes. A pessoa olha para si mesma e não percebe o medo, a apreensão e o seu sobressalto, mas eles estão ali atuando, de forma completamente inconsciente. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Erros</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
São erros que o doente comete: tentar reprimir ou controlar as emoções negativas da ansiedade ao invés de compreendê-las para abandoná-las, tentar reverter os sintomas da ansiedade pelo mero esforço de vontade, checar constantemente como está o seu estado, evitando esquecer a ansiedade, prestar atenção nos sintomas, fazendo com que eles aumentem. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
É também um erro manter-se dentro de situações ameaçadoras e vulnerabilizantes quando se pode abandoná-las, bem como debater-se contra o medo, ocupando-se com ele ao invés de abandoná-lo.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Todos esses erros são formas de alimentar a ansiedade.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ansiedade e morte do ego</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Como qualquer ego, a ansiedade está viva porque a alimentamos por meio da identificação. O primeiro passo para livrar-se é não alimentá-la, enfraquecendo-a "de fome".</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Alimentamos a ansiedade (os egos que temem a morte, doenças e outros afins) por meio de pensamentos, falas, recordações, lembranças, constantes checagens de nosso estado etc. Temos que retirar a ansiedade de nosso pensamento. Além disso, temos que descobrir e retirar de nossa vida as situações que a nutrem. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Situações que a nutrem</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
A ansiedade atrai a consciência e a prende a si, por meio da força hipnótica e fascinatória. A atenção do ansioso está fixa no problema, permanece a maior parte do tempo focada no mal. Os sintomas emocionais, mentais e somáticos se tornam alvo do interesse quase ininterrupto. A pessoa se debate, tentando se livrar, mas não consegue. As mínimas alterações no corpo disparam o medo e o medo de sentir mais medo se transforma em um circulo vicioso que se auto-alimenta.<br />
<br />
Todas as situações que nos façam sentir medo, principalmente o medo de morrer e de adoecer, estão alimentando a ansiedade. Devemos descobri-las, extirpá-las de nossas vidas e, depois disso, nem sequer tomar consciência de que existam, abandoná-las. </div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Não devemos pensar no mal, na morte, nas desgraças e nas doenças, nem mesmo quando eles estão passando por nós. Eles devem passar "ao largo", como uma passeata que passa pela rua e vai embora.<br />
<br />
O hábito de pensar constantemente na ansiedade a nutre. O simples fato de recordar sua existência pode desencadear uma crise.<br />
<br />
Por meio da auto-observação e auto-reflexão, devemos descobrir quando e por onde estamos alimentando a ansiedade. O medo de morrer de uma forma específica, núcleo do problema, se alimenta a todo momento sem que o doente se dê conta. O próprio doente nutre o problema que o afeta. Crenças envolvidas e pensamentos compulsivos devem ser descobertos.<br />
<br />
É importante compreender que o medo, em si, não tem a utilidade que alguns psicólogos atribuem. Se o medo for dissolvido conscientemente, a pessoa não deixará de ter consciência das consequências dos atos desastrosos. A crença de que o medo é útil e importante o reforça. Temos que chegar à compreensão de que o medo é inútil e prejudicial. Quando meditamos bastante e nos desligamos de tudo, inclusive do corpo físico, esta compreensão "nos cai".<br />
<br />
Quem sofre de neurose cardíaca (a atual síndrome do pânico) alimenta seu problema ao prestar atenção nos ritmos cardíacos. A menor alteração é motivo para a pessoa acreditar que irá morrer em seguida. No entanto, a ansiedade pode se manifestar também sob outras formas, nas quais a mente e a percepção podem se fixar teimosamente sobre outros sintomas corporais. Qualquer que seja o caso, temos que alcançar o vairagya sobre o corpo físico, isto é, o desinteresse e o esquecimento, enquanto estivermos meditando.<br />
<br />
Lutar e debater-se contra o medo ou a apreensão em si não adianta nada. Melhor é substituí-los, reforçando pensamentos e percepções distintos. Quanto mais alimento dermos ao monstro do medo, mais o reforçaremos. É bom que cada detalhe ou faceta do agregado psíquico seja descoberto e eliminado, mediante a Morte em Marcha.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Não devemos nos ocupar mentalmente com o mal, nem mesmo quando ele está nos acometendo. Cada vez que nos ocupamos com o mal, o alimentamos mentalmente. Há pessoas que morrem felizes, porque em vida desenvolveram a capacidade de não se ocupar mentalmente com a morte e nem com as doenças. Isso é o que buscamos.<br />
<br />
A ansiedade costuma ter vários objetos externos desencadeadores, problemas da vida que nos afetam de modo especial. Alguns são muito afetados emocionalmente por doenças, outros por preocupações financeiras, outros por questões jurídicas. Seja qual for a causa externa do mal, devemos nos ocupar o menos possível com elas. O verdadeiro desenvolvimento espiritual requer renúncia e sem a transformação da vida a ansiedade não pode ser deixada para trás.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alívio pela meditação</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
Para obter alívio das crises por meio da meditação, podemos fazer o seguinte:</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;">1)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="text-indent: -36pt;">deitar-nos ou sentar-nos para meditar;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;">2)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="text-indent: -36pt;">abrir mão do controle dos sintomas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;">3)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="text-indent: -36pt;">desviar a atenção dos sintomas somáticos, focando a atenção no lakshya (objeto da concentração), que NÃO DEVE SER UM ÓRGÃO, SINTOMA CORPORAL O QUALQUER COISA QUE SEJA MOTIVO DE PREOCUPAÇÃO;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;">4)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="text-indent: -36pt;">praticar a respiração abdominal por alguns instantes, sem esquecer de relaxar a barriga;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;">5)<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="text-indent: -36pt;">concentrar </span><span style="text-indent: -48px;">completamente </span><span style="text-indent: -36pt;">a mente e a atenção em algo que nos afaste da ansiedade, em algo distinto ou até oposto àquilo que nos deixa apreensivos. Podemos nos concentrar no chiado anahata (som intracraniano) e aumentá-lo ou então concentrar-nos em algum outro lakshya que arrebate nossa atenção e percepção do problema. É importante que o lakshya seja algo que nos acalme e retire completamente a atenção daquilo que nos afeta.</span><br />
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span>
<span style="text-indent: -36pt;">É claro que você NÃO deve se concentrar em algo que te deixe tenso, nervoso, excitado, agitado ou sobressaltado, pois, se fizer isso, o tiro sairá pela culatra.</span><br />
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span>
<span style="text-indent: -36pt;">Se os sintomas se intensificarem ao deitarmos, devemos praticar a meditação sentados. Se, mesmo sentados, os sintomas se intensificam, devemos nos levantar, fazer qualquer outra coisa que nos acalme, e retornar dali há pouco. Se você estiver dependente de remédios, não deve retirá-los subitamente. Vá praticando enquanto o médico avalia o seu estado e decide se deve ou não diminuir as doses.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<span style="text-indent: -36pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que importa é desviar a mente e a percepção do objeto que causa desespero, focando-os em algo mais elevado e que proporcione tranquilidade. Quanto mais desviados estivermos, menos atingidos seremos pelas crises. Dissociar-se dos pensamentos e emoções negativos, ao invés de tentar reprimi-los ou controlá-los, é o mais recomendável: abandoná-los, substituí-los.<br />
<br />
Na ansiedade, a mente e a atenção são violentamente atraídos e sequestrados para o problema que a pessoa teme, seja uma doença ou qualquer outro (isso varia conforme os casos). No caso da neurose cardíaca, por exemplo, o doente fixa sua atenção involuntariamente no coração e não consegue deixar de prestar atenção ali, por mais que se esforce. Ao prestar atenção no funcionamento do coração, seu medo se acentua e os batimentos se aceleram. O ritmo acelerado invade o seu campo de consciência e ali permanece sem ter sido chamado, pois a atenção foi sequestrada para o problema.<br />
<br />
Quando sua atenção for sequestrada por algo maligno, não tente arrancá-la à força. Ao invés disso, empenhe-se em prestar cada vez mais atenção em algo superior e positivo que lhe faça bem. O mesmo vale para os pensamentos intrusivos e teimosos. A situação pode ser melhorada se a pessoa deixar de brigar com a mente doente, ao mesmo tempo em que confere mais atenção e importância ao lakshya que escolheu voluntariamente. Dissocie sua consciência dos elementos atrativos que a sequestram (os problemas) conferindo mais valor e importância ao lakshya. O lakshya serve para desviar a atenção e os pensamentos daquilo que prejudica, desde que você lhe dê mais importância do que aquilo que te distrai e te arrasta. A capacidade de prestar atenção em algo se desenvolverá com a prática. Não pense que você irá se libertar completamente logo no início das práticas, o que você experimentará são melhoras gradativas de intensidade variável. A concentração, que é a capacidade de prestar atenção e pensar em algo que escolhemos, esquecendo e nos desligando de tudo o mais, irá deter o processo da ansiedade e do pânico pois, se você não pensa e não percebe algo, aquilo não existe para você.<br />
<br />
Uma pessoa que aceite completamente a morte (desencarnação) mediante a meditação, como o fazem alguns iogues e monges no Oriente, terá um grau de ansiedade zero e será completamente imune ao medo. Poucos alcançam tal grau de desprendimento. Quem compreende o caráter ilusório da vida e da morte não tem mais o que temer, pois as ameaças foram dissolvidas dentro de sua mente. Meditar é, entre outras coisas, modificar o funcionamento mental.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quanto mais nos ocupamos com a ansiedade, tentando reprimi-la, mais a alimentamos e fortificamos. Em relação às emoções e pensamentos negativos, o ideal é sermos neutros: nem a favor e nem contra. Se formos a favor, caimos no hedonismo e nos identificamos. Se formos contra, os reprimimos e represamos, não suportando os seus ataques. Buscamos a terceira via: a não-identificação, a dissociação e eliminação. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem tem a concentração bem desenvolvida, pode rapidamente sair das crises pela simples focalização da mente e da atenção sobre algum lakhsya calmante, bom e interessante. O desvio da atenção rompe a corrente de identificação que alimenta a ansiedade e proporciona alívio. Quanto mais nos esquecermos dos sintomas, menos iremos nutri-los. A concentração é um poderoso antídoto não só para a ansiedade, mas também para compulsões e outros problemas psicológicos. Quando você estiver desesperado com o desejo de cometer algo que não deve, experimente concentrar-se em outra coisa e sentirá um alívio.<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Entrando na ansiedade</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
Se você estiver bem desenvolvido na meditação, tendo grande capacidade de desviar sua mente, suas percepções e sua atenção dos sintomas de pânico e ansiedade, pode tentar meditar em sua doença para compreender suas causas, mas não deve fazer isso caso ainda se sinta vulnerável. Uma pessoa, ao tentar meditar na ansiedade em busca das causas, pode ter sua atenção sequestrada pelos sintomas e ficar presa a eles.<br />
<br />
Não é muito fácil penetrar no núcleo da ansiedade. Há uma certa resistência do psiquismo. Tal resistência indica que os egos envolvidos perderão força se forem compreendidos.<br />
<br />
O doente inicialmente não consegue penetrar na raiz da ansiedade para compreendê-la. Seu entendimento fica confuso e desnorteado. Os egos da ansiedade não se permitem ser vistos e resistem ao processo de conscientização, confundindo o entendimento do doente a respeito do que se passa. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Para penetrar e explorar o processo da ansiedade, necessitamos transformá-la em objeto de uma reflexão profunda e sincera, buscando suas causas (os agentes causadores do medo), que são muitas. O ideal é transformá-la em objeto da concentração e meditação (sem, no entanto, nos concentrarmos nos sintomas somáticos, pois isso os faria aumentar).<br />
<br />
As causas do medo podem ser muitas e variam de uma pessoa para outra. Alguns temem sofrer dor física, outros temem a condenação do inferno, outros temem as privações dos prazeres da vida ou a ausência dos entes queridos. Há uma raiz comum a todos os medos: a sensação de que se vai perder a posição confortável à qual se está acostumado. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O doente deve buscar as causas particulares do seu medo, passeando, por meio da reflexão, pelos motivos que o fazem temer (sem, no entanto, ocupar-se com o objeto do medo). Não é possível vencer a ansiedade sem vencer o medo da morte que, em última instância, é a essência de todos os medos. E não se vence os medos pelo mero esforço no sentido de sufocá-los ou fazê-los retroceder. A palavra "vencer", aqui, não tem o significado de opor-se a algo até forçá-lo a retroceder. Também não possui o significado de envolver-se com alguma coisa e lutar com aquilo.<br />
<br />
Se o medo não existisse, não existiria a ansiedade. A ansiedade é ocasionada por uma soma de agregados psíquicos que obsessionam o doente.<br />
<br />
Existe o risco de, ao tentarmos compreender nossa própria ansiedade, provocarmos ou intensificarmos uma crise. Caso isso ocorra, o melhor é não insistir e mudar de lakshya. Se a tentativa de penetrar a ansiedade com a reflexão piora o nosso estado, isso significa que temos que buscar outro caminho, pelo menos no atual estágio de nosso desenvolvimento espiritual. O recomendável, é adotarmos como lakshya um tema oposto, ou seja, um tema que faça com que nos sintamos emocionalmente bem e profundamente desligados do mal. A concentração e a meditação podem nos desligar completamente da ansiedade, cortando sua alimentação pelo tempo em que estivermos meditando.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="font-size: 100%;">Conclusão</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="font-size: 100%;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
O segredo imediato está em ser capaz de desligar-se daquilo que provoca preocupação, medo e pânico. O objeto causador do desespero deve deixar de existir para nós, o que conseguimos quando reforçamos e alimentamos a atenção e o pensamento em temas "bons". A erradicação absoluta (pois todo ser humano tem uma ansiedade relativa) viria com a aceitação da morte do corpo físico, mas essa aceitação não vem assim porque sim, de graça e de repente. Para alcançá-la, há dois caminhos que devem ser combinados: morte dos egos que se ocupam com o problema da desencarnação e meditação visando desligar-se do problema da desencarnação. Não se pode avançar em nenhum dos dois caminhos sem a prática do brahmacharya (castidade e transmutação sexual) e de vairagya (esquecimento pelo desligamento e desinteresse).</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="font-weight: normal;">
O desvio da atenção mediante a concentração é altamente efetivo, mas permite somente uma libertação temporária da ansiedade. A cura definitiva e absoluta será possível somente se os egos causadores forem compreendidos e dissolvidos, o que é um trabalho lento e prolongado, por serem os mesmos profundos e inconscientes. Uma coisa é escapar temporariamente do ataque violento desses egos pesados, outra coisa é libertar-se deles pela Morte Mística para sempre. É de certa valia anotar em um caderno os elementos estressores que nos assolam emocionalmente, tanto os passados como os presentes, assim teremos uma melhor visualização para o auto-conhecimento, porém não devemos ficar pensando neles.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Apesar de ser um procedimento de efeito temporário, a concentração é de grande importância e não pode ser dispensada. A concentração permite que o foco da consciência seja retirado daquilo que provoca os sentimentos de terror, pânico e desespero que caracterizam a ansiedade.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Para maior aprofundamento, recomendo fortemente que você leia dois livros de Sri Swami Sivananda: "Concentração e Meditação" e "A Conquista do Medo". São imprescindíveis. Recomendo também o estudo das canções do santo iogue Milarepa.</div>
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<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b>Ampliação em 22/09/2013</b></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b><br /></b>A ansiedade pode ser comparada a um animal que busca se alimentar a todo momento. Esse animal se alimenta com pensamentos, recordações, imaginações, palavras, conversas e tudo o mais que esteja ao seu alcance. Observe e descubra como você está alimentando o seu monstro da ansiedade. Como e quando você lhe dá comida? Praticamente qualquer coisa pode ser transformada em ameaça pelo monstro da ansiedade, a quantidade de perigos que ele vê é imensa. Esse animal ou monstro psicológico possui autonomia, é um ego vivo. O ego da ansiedade junta peças, combina partes de um quebra-cabeças para formar e robustecer a doença. Descubra em que o ego da ansiedade fica prestando atenção o tempo todo, o que ele procura constantemente, quais são os seus temores etc.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b>Ampliação em 15/10/2013</b></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b><br /></b>Você está ligado aos problemas pelos pensamentos. Ao desligar-se de todos os pensamentos, você está também abandonando os problemas do mundo, inclusive aqueles que te deixam ansioso.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Ao atingir o pensamento único e desligar-se de todos os demais pensamentos existentes, você estará atravessando o tempestuoso oceano da vida e deixando para trás todas as preocupações, sofrimentos e ocupações. Ao concentrar-se, você se desliga, esquece e abandona o mal, tanto dentro como fora de si mesmo.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<b><br /></b>
<b>Ampliação em 20/10/2013</b></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b><br /></b>A ansiedade é análoga ao fenômeno acústico da microfonia (estude a respeito). Na microfonia, o som que sai dos amplificadores entra novamente pelo microfone e sofre nova ampliação, criando um ciclo de ruídos que se auto-alimenta e se repete. Similarmente, os primeiros sintomas somáticos da ansiedade são percebidos pelo doente e intensificam sua preocupação. A preocupação intensificada agrava os sintomas, que são novamente percebidos e intensificam novamente a preocupação, criando um ciclo de estados negativos físicos e emocionais que se auto-alimentam.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Quem tem uma concentração desenvolvida, consegue cortar o círculo ao deixar de prestar atenção e de pensar nos sintomas, concentrando a mente e a atenção em um objeto distinto.</div>
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<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b>Ampliação em 24/11/2013</b></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b><br /></b>
As emoções inferiores da ansiedade podem ser aliviadas pelo desenvolvimento das emoções superiores. O ansioso está tomado por emoções ruins e negativas, contra a sua vontade, e necessita desenvolver o centro emocional superior. Para desenvolvê-lo, é necessário sentir emoções sublimes, sáttwicas, com intensidade crescente.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Quando você meditar, procure sentir todas as emoções correspondentes ao tema em que medita. Assim você desenvolve o centro emocional superior. Procure meditar em temas sáttwicos até ficar completamente saturado por emoções superiores.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<b>Ampliação em 26/11/2013</b><br />
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
As dicas que seguem são para o dia a dia e não para os momentos em que estiverem ocorrendo as sessões de meditação. No dia a dia, ao invés de ficar observando os sintomas somáticos, procure observar as causas das crises. Por "causas das crises" refiro-me aqui aos fatos externos que as desencadeiam. </div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Os fatos da vida podem apresentam impactos fortes ou tênues no psiquismo, tudo depende da personalidade de cada um. Uma simples barata pode causar extrema apreensão em algumas pessoas e pouca ou nenhuma reação em outras. Aquele que quer enfraquecer o monstro do temor necessita observar e descobrir não as causas de intenso impacto emocional amedrontador (pois essas já estão visíveis e não necessitam ser observadas ou descobertas) mas as causas cujo impacto é sutil e fugidio, que costumam escapar à observação. Elas existem aos milhares e começam a ser vistas quando desviamos a atenção dos sintomas para as causas dos sintomas. </div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
As causas do temor correspondem a todos os acontecimentos externos que provocam apreensão, receio, são os fatos amedrontadores. Não se identifique e nem se prenda as causas do temor, apenas tome ciência, aplique a Morte em Marcha e as descarte, esqueça. Se elas reaparecerem, repita o processo.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div>
<div style="font-weight: normal;">
Procure ir descobrindo e se desvencilhando de tudo aquilo que provoca apreensão. Não queira "enfrentar os perigos para ver se o medo passa." O temor não desaparece com o simples enfrentamento e sim com a atrofia dos sanskaras do medo. Mantenha-se em auto-observação e, quando perceber-se apreensivo, procure descobrir em relação a que você está apreensivo. Torne-se consciente do que provoca a apreensão e o descarte em seguida. Para esquecermos algo ao qual estamos inconscientemente presos, é preciso primeiramente tomar consciência de sua existência.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
<b>Ampliação em 27/11/2014</b></div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
A ansiedade pode também ser entendida como uma invasão por pensamentos negativos e prejudiciais, os quais, por sua vez, provocam uma invasão por emoções igualmente destrutivas, tais como a tristeza, a angústia ou o medo.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Normalmente, a pessoa invadida luta desesperadamente contra as emoções e pensamentos obsessores sem sucesso. O mais indicado, em tais situações, é operar pela substituição: reforçar emoções superiores, deixando-se preencher pelas mesmas. </div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
As emoções superiores nos preenchem quando abrimos as portas e alimentamos os pensamentos e percepções que lhes correspondem. Há uma estreita relação entre as emoções e os pensamentos. Sentimos de acordo com o que pensamos.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Assim, direcionando o pensamento e a imaginação, durante as práticas de concentração e meditação, podemos provocar estados interiores elevados, O trabalho consiste em pensar naquilo que nos faz bem e nos deixa em paz, procurando sentir profundamente as emoções que tais pensamentos evocam em nosso interior. Se você se deixar preencher por emoções e imaginações superiores, não haverá espaço para sentimentos ruins em seu coração.</div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal;">
Há várias práticas imaginativas e mantrams ensinados pelos Veneráveis Mestres que produzem estados interiores elevados, favoráveis e benéficos. Uma delas é a prática com a Deusa Kakini, ensinada pelo V.M. Samael:</div>
<div>
<div style="font-weight: normal;">
<br /></div>
"PRÁTICA PARA DESENVOLVER OS PODERES DO CÁRDIAS<br />
O devoto deve concentrar-se em seu coração, imaginando existirem ali raios e trovões, nuvens que voam perdendo-se no acaso, impulsionadas por fortes furacões. O gnóstico deve imaginar inúmeras águias voando pelo espaço infinito, que está dentro, bem no âmago, de seu coração.<br />
Imagine também os bosques profundos da natureza, cheios de sol e vida, o canto dos pássaros e o silvo doce e aprazível dos grilos do bosque.<br />
Adormeça o discípulo imaginando tudo isso. Imagine ainda existir no bosque um trono de ouro onde assenta-se a Deusa KAKINI, uma mulher muito divina. Durma o gnóstico meditando em tudo isso. <br />
Pratique uma hora diária. Se praticar duas ou mais horas diárias tanto melhor. A prática pode ser feita sobre uma cômoda poltrona, deitado no chão ou na cama, com os braços e as pernas abertas em forma de estrela de cinco pontas. Deve se combinar o sono com a meditação. Deve- se ter muita paciência. Só com paciência infinita conseguem-se essas maravilhosas faculdades do Cárdias. Os impacientes, aqueles que querem tudo rapidamente, que não sabem perseverar por toda vida, melhor seria que desistissem porque não servem. Os poderes não se conseguem brincando. Tudo custa a ganhar e nada se consegue de graça."</div>
<pre style="text-align: start; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div style="text-align: justify;">
</div>
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</div>
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</div>
</pre>
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</div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-weight: normal; text-align: justify;">
<o:p> </o:p></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-29620948930158341582013-08-15T13:04:00.000-07:002013-08-15T09:16:01.085-07:00Sobre os múltiplos universos paralelos e dimensões<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b>A velocidade da luz não é a maior existente e em a maior possível</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A despeito do que os físicos alcançaram calcular, existem velocidades acima da velocidade da luz. A velocidade da luz é a maior conhecida, mas não é a maior velocidade existente e nem a maior velocidade possível. Acima da velocidade da luz se dão os fenômenos que escapam à percepção humana comum e, portanto, dos cinco sentidos, que são o fundamento de toda lógica sobre a qual se baseiam os cálculos dos cientistas materialistas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Obviamente, os cálculos matemáticos se baseiam na lógica. E a lógica que os baseia é extraída dos sentidos, principalmente da visão. É, portanto, a partir da percepção comum que os físicos concluíram que a velocidade da luz não pode ser superada. Entretanto, acima da velocidade da luz abre-se, para a visão espiritual, um abismo infinito de universos paralelos ou Eons (Aeons). A descrição que realizarei a seguir parte do pressuposto de que a escala de velocidades possíveis é infinita, tanto para cima como para baixo (alta e baixa velocidade) e não termina na velocidade da luz, como todo mundo gosta de afirmar, indo muito além deste limite até se perder na infinitude além.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Relatividade do tempo-espaço e os multiversos</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A relatividade do tempo-espaço indica a multiplicidade das formas de se perceber distâncias, velocidades e períodos. Em outras palavras, sob certas perspectivas, o distante, o lento e o grande podem se tornar o perto, o veloz e pequeno. Longas distâncias se transformam em curtos trajetos quando enfocadas sob determinados pontos de vista. E os pontos de vista são estados de consciência. As câmeras em alta velocidade provam isso de forma irrefutável, para desespero dos resistentes. Se o tempo e o espaço fossem constantes e absolutos, os movimentos das asas de um beija-flor não seriam captados com riqueza de detalhes por câmeras de alta precisão e velocidade.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">As várias escalas de espaço-tempo coexistem e se interpenetram, formando múltiplos universos paralelos. O macro e o micro se interpenetram mutuamente sem se confundirem.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Os multiversos dos físicos são os mesmos universos paralelos dos espiritualistas e os "outros mundos" das culturas religiosas e xamânicas. Contudo, os primeiros não os conhecem muito e conjeturam fantasiosamente sobre seus conteúdos por falta de experiência e de contato diretos, enquanto os segundos muitas vezes são capazes de neles penetrar conscientemente.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>A não-localidade do elétron e as dimensões extra-físicas</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A possibilidade das micro-partículas estarem simultaneamente em vários pontos indica a existência de uma dimensão em que o tempo-espaço conhecido não existe, sendo substituído por outra escala espaço-temporal. Somente a existência de outra(s) dimensão(ões) poderia explicar como algo passa daqui para ali sem passar pelos espaços intermediários ou está aqui e ali simultaneamente, sem que partes suas estejam no meio dos dois pontos em que o objeto inteiro pode ser encontrado, tal como se verifica em experimentos controlados em laboratório. Se partículas elementares apresentam superposições de múltiplos estados simultâneos, por que os objetos macroscópicos, que não deixam de ser constituídos por essas mesmas partículas, não poderiam apresentá-los igualmente? </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
"No mundo quântico, uma partícula elementar, ou um conjunto delas, pode existir em uma superposição de dois ou mais estados possíveis. Um elétron, por exemplo, pode estar em uma superposição de diferentes posições, velocidades e orientações de spin. Ainda que não se possa medir quaisquer dessas propriedades com precisão, em qualquer instante, é possível obter um resultado bem definido - somente um dos elementos da superposição e não uma combinação deles. Nunca vemos objetos macroscópicos em superposições. O problema da medição se resume em uma única questão: como e por que o mundo único da nossa experiência emerge da multiplicidade de alternativas possíveis no mundo quântico superposto?" (Byrne, s/d.)<br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O mundo da nossa experiência não é necessariamente a única realidade possível</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Stephen Hawking</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">As teorias de Stephen Hawking sobre</span><span style="font-size: large;"> o surgimento do universo </span><span style="font-size: large;">não são mais lógicas, mais realistas ou menos fantasiosas que quaisquer explicações mitológicas e esotéricas. A diferença é que estas são analógicas e simbólicas, enquanto aquela não. Não sei porque todo mundo aclama os produtos da imaginação deste cientista e depreciam as descrições dos Mestres do Esoterismo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Avanços científicos e espiritualidade</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Quanto mais a ciência da matéria por excelência (a física) avança no conhecimento do mundo material, tanto mais se aproxima da concepção espiritualista de realidade. Quando a física chegar aos confins da matéria, estará no limiar do mundo físico, adentrando aos domínios do mundo espiritual. O mundo espiritual começa no nível subatômico.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Os materialistas estão em um beco sem saída, já que constataram que a matéria, tal como sempre a entenderam, não existe.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Os universos paralelos dos fenômenos ultra-velozes</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Qualquer um sabe que acontecimentos muito velozes não podem ser percebidos a olho nu, assim como acontecimentos de amplitude espacial muitíssimo pequena.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Fenômenos muito velozes escapam completamente à percepção comum. Quando as câmeras atingirem a capacidade de capturar fenômenos a velocidades próximas à da luz ou acima dela, no futuro, um mundo novo e cheio de vida começará a se descortinar.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Existe um universo ultra-rápido, invisível e infinito, que escapa completamente à consciência comum. A gama de acontecimentos ultra-velozes preenche distâncias e períodos curtos e longos, formando múltiplos universos paralelos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Se uma bala ultrapassasse a velocidade da luz, ela passaria através do nosso corpo sem nos ferir. Suas partículas pertenceriam a uma escala espaço-temporal distinta ou, em termos mais simples, a outro mundo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: large;"><b>O universo paralelo dos acontecimentos muito lentos</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Se um corpo excessivamente rápido não existe para mim, sendo imperceptível em relação à minha pessoa, então minha pessoa, em relação ao mencionado corpo, também lhe será invisível, caso este corpo seja um ser dotado de algum tipo de consciência.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Imaginemos a bala de revólver. Ela me é invisível por ser muito veloz, mas eu também serei invisível em relação a um hipotético ser que esteja montado sobre esta bala, uma vez que ele passará por mim muito rapidamente. Se eu estiver caminhando ao lado de uma ferrovia e um trem me ultrapassar na velocidade da luz, serei invisível para os passageiros por ser muito mais lento que eles. Minha baixíssima velocidade me tornará invisível e me colocará em outro mundo paralelo, em outra escala espaço-temporal. Isso significa que a lentidão, e não somente a rapidez, pode ser um fator que promove a invisibilidade e até a inexistência de um objeto em um determinado lugar e momento.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Não existe imobilidade absoluta, como costumamos acreditar. O zero absoluto no campo da velocidade é algo inexistente. Por mais imóvel que nos pareça um corpo, ainda assim estará em movimento em relação a algo muito mais lento que não estejamos vendo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Ora, se algo é muito rápido em relação a mim, então é lógico que serei muito lento em relação a este corpo veloz. Do mesmo modo, nós, que nos acreditamos fixos ou lentos, estamos nos movendo muito velozmente em relação a universos cuja velocidade para nós é inconcebivelmente lenta.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O erro de muitas pessoas consiste em imaginar que objetos que lhes parecem em repouso tenham velocidade nula e que nada pode se mover mais lentamente que aquilo que consideram "em repouso". Em relação a seres de um universo ultralento (infra-dimensões), nos movemos a velocidades altíssimas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Assim como porções infinitamente gigantescas de espaço não podem ser percebidas pela consciência humana comum, os fatos que se dão em velocidades ultra-lentas também não o podem.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A percepção comum do ser humano não pode abarcar fenômenos imensos, pois os mesmos lhe escapam por sua amplitude. É por isso que a Terra nos parece plana e fixa em relação ao Sol e à Lua. Ora, como o infinitamente lento corresponde, comumente, à escala espaço-temporal do infinitamente gigantesco, resulta então que acontecimentos que se dão em tal escala nos são imperceptíveis.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Ainda que certos objetos nos pareçam parados (ex. um prato fixo sobre uma mesa), eles na verdade estão se movendo em relação a algo, como, por exemplo, a outros corpos celestes, em relação aos quais talvez também estejamos nos movendo. Além disso, suas micro-partículas se movem no interior dos seus átomos. É tudo isso que os torna visíveis e palpáveis ao nosso tato. Caso suas partículas ou todo o objeto se movessem a velocidades muito mais lentas ou rápidas que aquelas que correspondem à nossa escala de percepção, os mesmos nos seriam invisíveis e, o mais interessante, impalpáveis.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Não deve ser muito difícil entender que, se um objeto se move velozmente em relação a mim, isso significa que me movimento lentamente em relação a ele. Similarmente, se eu me movimento velozmente em relação a outro objeto, o mesmo estará se movendo lentamente em relação a mim, talvez tão lentamente que não sejamos visíveis um ao outro. Se a diferença de velocidade entre dois seres é exageradamente grande, eles não são mutuamente perceptíveis. Portanto, a lentidão, e não somente a rapidez, é um fator que oculta a existência de seres e mundos. A velocidade dos corpos e das partículas define a escala espaço-temporal em que atua nossa consciência.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Podemos dizer que os mundos altamente velozes estão "acima" do mundo tridimensional e que os mundos infinitamente lentos estão "abaixo". Por isso os chamamos "infra-dimensões" e "supra-dimensões", respectivamente.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A impalpabilidade dos corpos dos univeros paralelos se deve às suas altíssimas ou baixíssimas velocidades. Acontecimentos em velocidades muito abaixo daquela que corresponde ao mundo em que nos movemos, simplesmente não existem para nós, mas existem por si mesmos e, no caso de serem criaturas viventes de um outro mundo, para si mesmos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">No caso dos acontecimentos pertencentes ao âmbito do infinitamente lento, entendo que correspondem às infra-dimensões, sendo as partículas correspondentes muito mais pesadas que as partículas do mundo que comumente percebemos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Velocidades e dimensões</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A existência de distintas e infinitas escalas de velocidade torna possível a existência de outras dimensões além das três conhecidas. Isso vale tanto para as partículas componentes dos corpos como para os corpos inteiros, os quais compõem corpos maiores.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Acontecimentos velozes que abarcam amplas porções de espaço</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O mais interessante, a meu ver, são os acontecimentos hiper-rápidos que cobrem grandes distâncias. Ali, precisamente, suponho que se revelarão os grandiosos acontecimentos que os videntes religiosos descreveram. Não me refiro somente a corpos que se movem rapidamente em relação a outros corpos, mas também, e principalmente, a corpos que vibram muito rapidamente no nível de suas partículas, ainda que não se desloquem rapidamente em relação a nós.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">São esses os corpos e seres acessados nas visões da ayahuasca, na meditação e nos estados místicos verdadeiros, não alucinatórios.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>O mundo das partículas sutis</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Partículas infinitamente pequenas, muitas das quais ainda desconhecidas para os cientistas atuais, arranjam-se de modo a constituir formas pertencentes aos universos paralelos ao físico. Podemos dizer que tais partículas são, em relação a este universo em que vivemos, sutis e o compenetram perfeitamente sem que suas formas se confundam com as dele. Um objeto constituído por tais partículas será espiritual (extra-físico) e poderá penetrar um objeto físico sem afetá-lo ou ser por ele afetado. A conhecida impermeabilidade entre objetos de matéria tridimensional torna-se permeabilidade quando um objeto pertence a este universo e o outro pertence a um universo distinto, porém paralelo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Aquilo que convencionalmente chamamos de "átomo" (não divisível) na verdade não existe, pois não há partícula que seja indivisível. O que se convencionou chamar de átomo, na verdade, é um amplo espaço composto por partículas infinitamente menores, as quais, por sua vez, são compostas por partículas ainda menores, em um abismo incomensurável rumo ao infinitamente pequeno e, obviamente, ao infinitamente veloz.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A palpabilidade ou impermeabilidade dos corpos é dada pela proximidade das escalas de espaço-tempo de suas partículas componentes. Se, entre ambas as escalas, a diferença for muito alta, ambos serão intocáveis, impalpáveis um para o outro. Um objeto somente existirá para o outro se ambos existirem em escalas próximas, isto é, dentro de um mesmo universo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">No abismo subatômico, as velocidades são inconcebivelmente altíssimas e escapam ao alcance dos cálculos de qualquer cientista que se norteie pelos parâmetros que regem os fenômenos no mundo sensível. Tais partículas ínfimas não apenas permeiam e atravessam livremente, por suas dimensões infinitamente menores, aquilo que se convencionou chamar de "átomos", como também, por suas altíssimas velocidades, inexistem nas dimensões que lhes correspondem.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">No interior do átomo há espaço de sobra para as micro-partículas dos corpos espirituais. Além disso, essas partículas espirituais ou sutis vibram ou se movem tão velozmente que simplesmente "não existem" para aqueles átomos, apenas influenciando-os "à distância", ou seja, de um universo para outro que lhe é paralelo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>A relatividade do espaço</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A distância é uma ilusão da mente e não existe no mundo real. Dois objetos que nos parecem separados por um espaço, em um nível profundo de realidade, estão unidos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Se a distância entre dois objetos existisse objetivamente, não poderia ser encurtada com o aumento da velocidade e seria sempre a mesma. A distância entre dois pontos poderá ser maior ou menor, consoante a escala espaço-temporal em que se vive ou à velocidade com que se desloca de um a outro.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Uma pessoa poderá transformar dois pontos distantes em pontos muito próximos, caso se desloque a grandes velocidades. Caso dê um salto e passe a viver na escala do seu Espírito, os pontos distantes lhes serão vizinhos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Consideramos que São Paulo e Tóquio estão distantes porque estamos quase divorciados do nosso Ser.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O Ser tem o poder de transitar por diversas escalas de espaço e de tempo, de acordo com sua vontade. No mundo do Espírito, o passado pode ainda estar acontecendo e o futuro já ter chegado, ambos irmanados em um agora contínuo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Nossa pobre consciência sofre, aprisionada em uma pequeníssima fração da Grande Realidade. Vivemos e nos movemos em uma parcela relativa do Todo. As distâncias que consideramos longas somente possuem sentido dentro da relatividade em que estamos aprisionados. Se nos libertássemos, poderíamos vivenciar o distante no aqui e o futuro no agora.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">O mundo das relatividades não é o mundo verdadeiro, é o mundo das ilusões, dos pontos de vista.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Se o espaço e o tempo fossem absolutos, não poderiam ser alterados pela velocidade. Mas a verdade é que podem ser alterados pela velocidade. Quando estamos atrasados, pedimos ao motorista para que aumente a velocidade. Um lugar será ou não distante de outro em dependência da velocidade de deslocamento de que dispusermos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><b>Referência:</b></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">BYRNE, Peter. <u>Multiverso: Os Vários Mundos do Atormentado Hugg Everett</u>. pp. 14-21. In: Scientific American Brasil, Fronteiras da Física 3 (edição especial). São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda, s/d. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-6371929853778350742013-08-09T06:50:00.000-07:002013-08-09T06:50:16.340-07:00Concentração: utilizando o centro emocional<div style="text-align: justify;">
Por que é tão fácil ficarmos tomados por um mal pensamento e tão difícil fazer o mesmo com um pensamento sublime? Porque os pensamentos maus são carregados de conteúdo emocional. Se levado às últimas consequências, o cultivo de um pensamento mau afeta todos os centros e até o metabolismo do corpo físico se torna direcionado àquele objetivo. Isso significa que, se quisermos inverter o processo psicológico para cima, temos que procurar sentir as emoções superiores correspondentes ao pensamento sublime que estamos tentando cultivar por meio da concentração. Não basta somente empenhar-nos em manter certas imagens na cabeça: temos que permitir que as emoções superiores correspondentes nos invadam e que o pensamento sublime nos arrebate e atinja todos os centros da máquina. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você escolheu como tema de sua concentração a Mãe Divina, o Ìntimo, o Cristo ou um mantram, por exemplo, não basta somente tentar imaginá-los, é necessário ir muito além e buscar sentir as emoções superiores correspondentes. É assim que vamos nos abrindo para as influências superiores e cooperando com o Alto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O processo de concentrar a mente em algo superior é análogo ao processo em que ela é arrebatada pelas coisas inferiores mundanas e negativas, com a diferença de que é um processo consciente e ocorre no sentido inverso. É o direcionamento intencional da mente para cima, para o que é espiritual, com o intuito de posteriormente descartar até mesmo a mente (como um barco que serve para atravessar um grande lago mas não pode ser mantido às costas depois da travessia). A mente é como uma arma e pode ser direcionada para o bem ou para o mal. Quando pensamos em coisas mundanas, materiais, a condicionamos a pensar assim cada vez mais. Os maus pensamentos formam sanskaras, sinapses específicas, que vão sendo reforçadas a cada repetição e direcionam os demais centros para objetivos malignos, fazendo com que as pessoas se "desenvolvam" no mal, ao longo das várias existências, até se transformarem em asuras (demônios). Em outras palavras: elas cultivam o Ego (seus defeitos e desejos) por meio do pensamento até níveis imensuráveis. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, se aprendermos a mudar o curso da mente, cultivando pensamentos elevados durante as práticas de concentração/meditação, podemos inverter o nosso destino espiritual, por pior que seja o nosso estado atual. Portanto, não faz sentido algum ficarmos nos lamentando por nossos pecados e erros, pois isso os atrai, melhor é esquecê-los e praticar o amor a Deus por meio da concentração e da meditação, até que todos os nossos centros fiquem direcionados para o Espírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos somos asuras, se não desenvolvidos, pelo menos em estado embrionário. Por outro lado, somos também devas e suras (deuses) em estado igualmente germinal, em semente. O que iremos cultivar dentro de nós?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para que o pensamento sublime atinja a emoção e desenvolva as emoções superiores, temos que prestar atenção no que sentimos diante de uma imagem superior. Qual é a emoção que o mantram "Om" ou qualquer mantram sagrado provoca em nosso coração quando o estamos recitando? Que emoção sentimos quando nos concentramos e contemplamos uma imagem da Mãe Divina? São essas emoções que temos que cultivar, desenvolver, para que elas nos arrastem, nos arrebatem para cima. </div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-22118714761034417402013-08-04T21:29:00.001-07:002013-08-08T04:01:26.088-07:00Etapas didáticas da meditação<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Uma prática completa de meditação possui várias fases, desde a postura até a meditação propriamente dita. Após a meditação, ainda temos outros estágios mais profundos que não podem ser descritos por meio de palavras das línguas ocidentais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Antes de mais nada, você deve escolher o tema (lakshya) em que irá meditar e uma postura ideal (asana) para fazê-lo. É claro que o ideal são temas sátwicos (sagrados e espirituais), mas podemos começar com temas mais concretos para compreender melhor como se realiza uma concentração. Um tema que nos faça bem e no qual pensemos com certa facilidade poderá servir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A postura ideal deve, em primeiro lugar, permitir que você respire sem problemas, mesmo nos estágios mais avançados, quando você estiver bem longe do corpo e dos sentidos. Uma postura que não permite que o corpo respire com facilidade em sono profundo irá atrapalhar e estancar a prática, pois o praticante terá que interromper e retornar ao estado comum para ajustar a posição da cabeça, do pescoço ou algo assim. Em segundo lugar, a postura não deve permitir incômodos, tais como dores ou circulação sanguínea obstruída. Um braço, uma perna ou o pescoço mal posicionados poderão apresentar dor ou dormência, o que irá atrapalhar. Podemos meditar sentados ou deitados, o que importa é termos uma boa posição que não incomode quando o relaxamento atingir níveis bem profundos. Meditar não é muito diferente de dormir, embora seja algo consciente. Particularmente, acho muito estranha essa idéia de dissociar meditação de sono e de concebê-los como coisas contrárias e incompatíveis. Quem realmente sabe meditar, dorme e descansa enquanto medita sem problema algum, na verdade dorme mais profundamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Uma vez escolhida a postura ideal, devemos iniciar o trabalho de relaxar os músculos. Para tanto, temos que tomar consciência das tensões musculares que possuímos e descartá-las. Começando pelos pés, vamos descobrindo e afrouxando tensões de todo o corpo, abandonando-as. Como começamos a prestar atenção específica, podemos também sentir algumas dores que antes não estavam sendo percebidas e isso é normal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nesta fase, muitos sentem comichões, coceiras e vontade de se mexer. O motivo é que a pessoa está pondo a atenção nesses processos ao invés de direcioná-la às tensões musculares. Quando a pessoa se volta completamente para o relaxamento, os pruridos desaparecem.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Na etapa do relaxamento utilizamos nosso poder de concentrar a atenção, porém não entramos ainda na etapa da concentração propriamente dita. O que se passa é que direcionamos nossa atenção ao corpo, aos músculos, e vamos nos tornando conscientes de nossas tensões. Não podemos negligenciar esta etapa, pois a mesma, quando concluída, irá nos liberar da identificação com o corpo físico. O que importa é chegarmos a um relaxamento profundo, a uma libertação das tensões. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Se ocorrerem algumas percepções alteradas durante o relaxamento, não se assuste, pois isso é normal. Sensações de formigamento e impossibilidade de mover-se são comuns, sendo na verdade manifestações do sono biológico. Caso ocorram, não se importe e aprofunde ainda mais o relaxamento. É possível que você comece a sentir um princípio de ananda (felicidade espiritual) </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Uma vez que tenhamos conseguido um relaxamento razoável, passamos agora à etapa de nos desligarmos dos pensamentos. Como a mente está em ebulição, convém tomarmos consciência dos pensamentos que vão desfilando em nossa mente, "rotulando-os" à medida que passam. Não devemos nos identificar com os pensamentos e isso significa que temos que ser neutros, nem contra e nem a favor dos mesmos, simplesmente observá-los de fora, sem compromisso algum. </span><span style="font-size: large;">Tanto aquele que se detém com os maus pensamentos, lutando com eles para silenciá-los, como aquele que gosta e "curte" os maus pensamentos, se divertindo em saboreá-los, está preso eles e não pode abandoná-los.</span><span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;">O trabalho de observar os pensamentos vai retirando a consciência dos cinco sentidos e concentrando-a nos processos internos. Aqui principia o que se chama "pratyahara", que é o desligamento dos indryas (sentidos externos) e o direcionamento da consciência para dentro, para o mundo interior, que na verdade é o outro mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando o pratyahara está bem estabelecido, o praticante já desligou seus cinco sentidos externos comuns: ele não ouve, não vê e não sente mais o mundo físico e, às vezes, nem mesmo o corpo físico. É aqui que algumas vezes somos assaltados pela paralisia do sono e podemos começar a ter percepções alteradas e incomuns. Normalmente, o praticante sente muito medo, crê que está morrendo e não vai além desta etapa. São percepções alteradas comuns nesta fase: estar paralisado e não conseguir mover-se, ver com os olhos fechados, ouvir sons estranhos, ter a sensação de que o corpo está em outra posição, achar que se está em outro lugar, ter flashes de cenas da infância, recordar-se de traumas e perdas, lembrar-se de algo que atemorizante, sentir-se flutuando etc. Se você quiser ir além de uma prática superficial, terá que manter-se neutro e indiferente em relação a todas essas percepções, como fez o Buddha Gautama embaixo da Árvore, e deixá-las todas para trás. Você deve ir atrás de sua meta e não perseguir mais nada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O próximo passo é começar a pensar e prestar atenção (com os olhos fechados) no alvo ou objeto de concentração (lakshya). Embora o poder de concentrar a atenção já fosse empregado desde a etapa do relaxamento, é agora que a concentração mais plena, tanto da atenção e da percepção como do pensamento, se faz mais necessária. O lakshya adequado é aquele que nos eleva, no qual pensamos com certa facilidade e profundidade. Um tema negativo e carregado, embora seja um alvo fácil para concentração, certamente nos levará para baixo ao invés de nos deixar sátwicos e provocará experiências ruins, sonhos maus e pesadelos oriundos de pensamentos malignos. Temos que apartar a mente de todo o mal, não levar a mente ao que prejudica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ao pensarmos no lakshya, não necessitamos articular os pensamentos através de palavras mentais, podemos simplesmente utilizar a imaginação para visualizar processos, sem o recurso da conversa interior. Se você emitir um mantram mentalmente, esse "som" pronunciado internamente será o seu pensamento único e você poderá ouvi-lo com a clariaudiência incipiente que todo ser humano possui. Se você imaginar uma cachoeira, as imagens e sons internos da cachoeiras são mais que suficientes e você não precisará conceituar e nem conversar consigo mesmo, mentalmente, sobre a cachoeira. O que importa é que a imaginação flua. Com o fluir da imaginação, vem a reflexão serena e silenciosa sobre o tema.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Muitas interferências mentais podem ocorrer para tentar nos desviar nessa etapa. Imagens de lindas mulheres, de problemas familiares, de compromissos, de perigos, de ameaças, de doenças etc. tentam absorver nossa atenção e nos desviar da meta. Se continuamos focados no que nos interessa, atravessaremos essa fase e cada vez mais a concentração se aprofundará. Então só restarão imaginações referentes ao tema em que estamos meditando e nada mais. Teremos nos libertado de todos os demais pensamentos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando a mente fica completamente tomada pelo pensamento em algo, termina experienciando diretamente aquilo em que pensa. Quando isso ocorre, há uma perda temporária de identidade (pois estamos começando a sair da mente e do Ego) e isso nos assusta, principalmente no começo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando a concentração está perfeita, tendo todos os demais pensamentos sido deixados para trás, estamos na fase denominada Dharana. Em uma perfeita Dharana, não há percepção do mundo físico, do corpo e nem de nada mais que não seja o objeto de concentração, mas ainda não saímos da mente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Sabemos que nosso propósito, ao meditar, é sairmos da mente. Sair da mente é deixar os pensamentos para trás, esquecê-los, nos desligarmos deles. Em Dharana, ainda resta um pensamento único, que apresenta vários sub-pensamentos, todos dentro do mesmo tema. A mente ainda está nos prendendo, como uma corda amarrada ao pé de um pássaro. Se quisermos ir além e descobrir o que há além daquele pensamento, temos que abandoná-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O pensamento restante, por mais concentrado que esteja, ainda não é a realidade. Esse pensamento único pode realizar prodígios, produzir insights, revelações, soluções, pode afetar até o funcionamento do corpo físico, mas ainda não é a realidade sobre o tema. A realidade está além de qualquer pensamento. Todo pensamento é parcial, polarizado e possui seu contrário. Para abandonar o pensamento restante, temos que encontrar seu pólo oposto e confrontar ambos, transcendendo a dualidade e compreendendo que ambos são um. Ao compreendermos o caráter ilusório do pensamento que havia sobrado, nos libertamos da mente e caímos em Dhyana, que é a meditação propriamente dita. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em Dhyana, compreendemos a realidade sobre o objeto da meditação, a qual está além da mente, de conceitos, de idéias, de opiniões, de pontos de vista, de raciocínios etc. porém esta mesma realidade possui níveis e níveis infinitamente mais profundos, os quais são acessados somente em estágios posteriores ao da meditação. Em Dhyana há reflexão pura, sem conceitos, o que nos permite experimentar os primeiros aspectos da Realidade. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-61686754051676211602013-08-02T11:13:00.000-07:002014-01-12T04:10:22.628-08:00Aforismos sobre o desenvolvimento espiritual<div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"></span></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"></span></div>
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<div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Ao invés de fazer esforços para aprofundar a concentração, empenhe-se em prolongá-la. A natureza fará o resto.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Explicada de outro modo, a Morte do Ego pode ser definida como uma atrofia, </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">pelo desuso,</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"> dos estados mentais e emocionais negativos.</span></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">Se você estiver meditando em uma floresta e de repente experimentar a visão de um jaguar (onça) ou de uma serpente, essas visões fazem parte do seu lakshya. Se você estiver meditando no mar e experimentar a visão de um navio, você também <b><u>não</u></b> terá se desviado do seu lakshya. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">Aprenda a desviar o caminho muito antes que o desejo cresça e se torne incontrolável.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large; text-align: start;">A meditação será uma aliada da Morte em Marcha se a utilizamos para analisar um defeito com o intuito de compreendermos por onde o alimentamos. O indicado é refletir a respeito dos caminhos pelos quais o defeito adquire força.</span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando você estiver sonolento e quiser concentrar-se em uma imagem com os olhos fechados, visualize a imagem e procure enxergá-la com o terceiro olho como se este fosse um olho físico. Não entendeu? Explico melhor: procure literalmente VER com os olhos da imaginação. Mantendo os olhos fechados, VEJA o objeto que você está imaginando. Sua percepção clarividente se tornará assim cada vez mais clara.</span></span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Há uma diferença entre desviar intencionalmente os sentidos (indryas) e a vida das tentações que nos perseguem e isolar-se geograficamente das tentações. No primeiro caso, elas estão por perto, mas nos isolamos delas voluntariamente e não somos afetados. No segundo caso, elas estão distantes e inacessíveis, motivo pelo qual estamos involuntariamente isolados das mesmas e não somos afetados. O primeiro caso é o da Morte do Ego. O segundo caso corresponde mais à meditação. Precisamos equilibrar as duas formas de isolamento.</span></span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></span><br />
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span>
<span style="text-align: start;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Seja seu próprio instrutor, esteja sempre aprendendo algo novo, estabeleça metas. Ao refletir sobre suas próprias práticas em busca da correção de erros e problemas, você está ensinando a si mesmo. Ao ensinar a si mesmo, você está, na verdade, dando oportunidades às Partes Superiores do Ser para que te instruam, te guiem, te levem e te orientem. Seu poder de refletir sinceramente e compreender, assim como as conclusões e aspirações que daí advém, provém do Alto. </span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Saibam vocês, que estão lendo estas linhas, que o mundo físico em que vivem não é o único e nem o mais real mundo existente. Os mundos espirituais apresentam impacto realístico mais intenso que este mundo fenomênico de relatividades. Os mundos internos, apenas postulados pelos físicos como multiversos, são universos materiais muito reais, que coexistem paralelamente a este.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />Pequenas alterações, leves, sutis, quase imperceptíveis, ocorrem a todo momento e não são notadas, a menos que as estejamos observando intencionalmente: são os detalhes do Ego.<br /><br />*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />Não espere as catástrofes emocionais começarem para correr atrás delas. Aprenda a trabalhar com o mínimo e com o que antecede. Aborte o furacão antes que se instale.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />A luxúria aumenta seu poder quando contemplamos imagens e cenas luxuriosoas em nossa mente (imaginação) ou com os nossos olhos (sentido da visão).</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />Ore várias vezes ao dia e não somente nos seus horários habituais.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />O problema está nas pequenas concessões que fazemos ao desejo a cada instante.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />*****</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Nem sempre os resultados da meditação se fazem sentir no momento exato da prática. A meditação pode apresentar resultados indiretos, posteriores e nem sempre perceptíveis. Pode dar-se o caso de alguém praticar muito a concentração, não ver resultados imediatos mas, posteriormente, tornar-se consciente durante os sonhos, ter sonhos com conteúdos elevados ou experimentar um alívio emocional. </span><br />
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O ideal é a neutralidade em relação às coisas. Pequenos desgostos ou, ao contrário, pequenas atrações ou paixões, são sutis manifestações de defeitos. Uma pequena e inofensiva reação de desagrado a algo sem importância é um detalhe que pode resultar em uma grande catástrofe no futuro. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Um mínimo pensamento é suficiente para iniciar um intenso processo luxurioso do qual não possamos nos livrar. Vigie os pensamentos e não permita os mínimos pensamentos luxuriosos. </span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Após uma cairmos em tentação, o melhor a fazer é refletirmos a respeito do caminho percorrido até aquele resultado. Temos que nos perguntar: quais foram as pequenas concessões que fizemos ao vício ou defeito, até ficarmos tomados e satisfazê-lo? Onde estão as causas horizontais?</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Durante a meditação, a impaciência dos músculos por movimentos pode estar indicando a necessidade de relaxá-los mais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O melhor a fazer, durante a paralisia do sono, é aprofundar o relaxamento e a concentração. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quem se deixa guiar pelo Ser faz rápidos progressos. Aprenda a não sabotar e a não ignorar as orientações do seu Íntimo. Se você prestar atenção, Ele te mostrará exatamente onde está errando. Após cada fracasso, medite e pergunte-se: "qual foi o erro que cometi desta vez?" Revise sua conduta, procure pela resposta e a resposta virá. Assim, os degraus da escada do ascenso vão sendo construídos. Sua inteligência, discernimento e poder de intuição são virtudes do seu Íntimo. Ele te guiará através da tua própria inteligência e discernimento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por mais afundados e perdidos que estejamos, há momentos em que a mente repousa e desfrutamos de uma pureza temporária. Se soubermos como não voltar para a masmorra da identificação, podemos prolongar esses momentos indefinidamente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Não entre no mundo da identificação com os prazeres e dores mundanos, mantenha-se longe. Se você está dentro, não retorne depois que conseguir sair. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O progresso na meditação requer acumulação de virtudes sáttwicas. A acumulação das virtudes sáttwicas requer que se medite várias vezes por dia. Aqueles que, após uma sessão de meditação, correm para se identificar com os problemas e atrativos do mundo, estão dissipando as poucas virtudes que acumularam.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pense com leveza no objeto da concentração. Busque sempre a leveza nas práticas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Os mínimos sinais corporais que se sente durante o relaxamento devem ser tomados como indícios favoráveis de avanço na meditação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quem cai sexualmente, após ter se mantido casto por alguns meses, semanas ou mesmo dias, tende a cair nos dias seguintes. Quem cai após alguns anos de castidade ininterrupta, tem lutar muito para recuperar o perdido, pois tende a ficar escorregando a cada vez que tentar levantar-se. Por tais razões, é melhor lutar para não se deixar cair do que apoiar-se na possibilidade de cair e se levantar. É mais fácil manter-se em pé e não cair do que levantar-se após cair. Por outro lado, as caídas, por mais numerosas que sejam, devem ser tomadas como meros acidentes naturais do percurso. Aprender a manter-se em pé, caminhando, leva muito tempo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A imaginação determina o que sentimos diante das coisas. Se imagino que uma formiga é perigosa, tremerei diante dela, ainda que faça todos os esforços para não temer. Se imagino que meditar é impossível, tal imaginação atuará como um freio que sabotará a minha prática. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Temos muitas imaginações inconscientes, das quais não suspeitamos nem de longe que existam. Temos que corrigi-las ou não avançamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Se imagino que sou incapaz de vencer a luxúria, a gula, o medo ou a ira, me debaterei inutilmente contra tais tentações, por toda a vida, e não experimentarei sucesso algum. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Temos que descobrir as imaginações inconscientes equivocadas e corrigi-las.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Quando um sacerdote fica dizendo constantemente para os fiéis que as tentações são impossíveis ou muito difíceis de vencer, está condicionando a imaginação de seus adeptos ao fracasso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Uma chave indispensável, durante a prática do arcano, é manter a mente sem imagens de mulheres e de atos sexuais de quaisquer tipos ou naturezas. A mínima imagem erótica é suficiente para desencadear um processo de excitação descontrolado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Mantenha a mente, a fala e a conduta constantemente limpos de quaisquer traços sutis do defeito que almeja eliminar. E descubra novos traços sutis constantemente utilizando o ginásio como espelho para você se enxergar e se descobrir durante a auto-observação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando sentimos um impulso violento, vindo desde dentro, para satisfazer um desejo, o que se passa é que o Ego correspondente está pressionando para se alimentar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aquilo que experimento diretamente faz parte da realidade em que vivo e constitui meu mundo. O que vivencio de forma direta e crua no mundo físico, no mundo astral ou em outro mundo, é um conhecimento que não me pode ser arrancado por nenhuma teoria. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Ao tentarmos discernir se estamos no mundo físico ou no mundo astral, podemos incorrer no erro de tentar fazê-lo artificialmente, buscando uma espécie de natureza extraordinária e espantosa neste último. Como tal natureza não existe no mundo astral e nem no mundo físico, pois ambos são simplesmente mundos materiais (cada um à sua maneira) e nada mais, essa preocupação atrapalha ao invés de ajudar. Procure discernir sem artificialismos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Seu Ìntimo te dá lições diariamente, sob a forma de inspirações, insights e ganhos de compreensão. Esteja atento, seja obediente e as siga. Seu Ìntimo te orienta no trabalho interior.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando estiver concentrado em algo (um mantram, um koan, uma oração ou uma tarefa cotidiana), sinta-se o mais lúcido e consciente que puder.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A morte de um defeito é uma cura espiritual realizada pela Mãe Divina. Do mesmo modo o são a cura de quaisquer enfermidades emocionais e mentais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">As curas, físicas ou psíquicas, são realizadas pelas Partes Superiores do Ser.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">As curas efetuadas pelo Ser sempre são realizadas de acordo com a lei do karma e jamais a violam. Portanto, não basta somente pedir, é necessário realizar boas obras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Peça, aguarde e observe os resultados continuamente. Então você verá o defeito enfraquecendo com o passar dos dias, meses e anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A morte de um defeito é gradativa: a cada dia retiramos um pouco mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Fusione o sono com o profundo relaxamento consciente e entrará facilmente do outro lado sem perder a lucidez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Muitas vezes, ao estar profundamente relaxado, você pode já estar do outro lado e não se dar conta disso, pois continua deitado na cama.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nas práticas de concentração/meditação, o esquecimento deve ser absoluto: esquecer-se do ego, da meditação, das teorias, dos livros e de tudo, concentrando-se unicamente no objeto da prática. Deve-se esquecer inclusive das coisas boas e sublimes. A prática é um desligamento total, absoluto, somente existe o objeto, o alvo.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Se presto atenção em mim mesmo, descobrirei coisas sobre mim mesmo. Se presto atenção no mundo que me rodeia, descobrirei coisas sobre o mundo que me rodeia. Para discernir se estou no mundo astral ou no mundo físico, tenho que prestar atenção na realidade circundante, pois se prestar atenção somente em mim mesmo, estarei estudando meu ego, ainda que dentro do mundo astral, e compreenderei coisas sobre este ego, mas não necessariamente discernirei que estou em astral. Convém não confundir ambas observações.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Posso me contemplar enquanto me movimento, enquanto sinto e enquanto penso. E posso continuar me contemplando enquanto observo o mundo ao meu redor para discernir se o mesmo é físico ou astral. Assim como sou capaz de observar meus movimentos, posso também observar meu discernimento, ver a mim mesmo procurando discernir sobre o mundo em que estou.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><span class="Apple-style-span">A capacidade de compreender objetivamente os fatos exteriores a nós esbarra no condicionamento sensório-cognitivo imposto pelo ego. O ego é um elemento subjetivante das percepções, um agente distorcedor que nos impede de enxergar a realidade. Por mais que queiramos objetivar nossa percepção de algo (ex. uma bela mulher nua ou um insultador irritante), esbarraremos nos limites da subjetividade da percepção egóica. Por tal motivo, não adianta somente tentarmos refletir sobre as situações tentadoras, como todo mundo quer.</span> Temos que refletir sobre os elementos que impedem a compreensão das situações tentadoras, os quais são as causas secretas (psicológicas) do caráter tentador dos fatos externos.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Os fatos externos não são tentadores por si mesmos: adquirem este caráter porque sobre eles projetamos significados de tentação. É sobre tais significados que temos que trabalhar, conscientizando-nos ao máximo dos seus inúmeros detalhes e nexos causais.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Eliminar os desejos e paixões não é algo assim tão fácil e controlá-los, como todo mundo tenta, é impossível.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando sentimos conscientemente uma emoção, a estamos percebendo. Ao percebê-la, a estamos observando. Ao observá-la, rompemos com a identificação pois não é possível observar uma emoção com a qual se esteja identificado. Quem se identifica com uma emoção, fusiona-se a ela, tornando-se indistinto e se indiferenciando. É assim que a pessoa passa a sentir a emoção como se fosse parte de si mesmo. Identificada, a pessoa "goza" da emoção e não se recorda de ela e a emoção são distintos. A perda da noção de distinção é a marca característica da identificação e o fator que impede que a observação verdadeira ocorra.</span></div>
</div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A Mãe Divina é a arma do estudante na Morte do Ego. É a Mãe Divina que mata os nossos inimigos interiores. Peça e Ela os matará.</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
<div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Eliminar a luxúria é normalizar o instinto e não infligir moralismo sobre si mesmo. A luxúria é o instinto sexual desviado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aqueles que dizem ser a morte do Ego impossível nem sequer sabem do que estão falando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Observe todos os seus atos inocentes e verifique se os mesmos não alimentam algum defeito sem que você perceba.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Observe-se sob a orientação do Íntimo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Encare a auto-observação como uma prática de concentração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Reaja à aproximação do desejo com a morte em marcha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Polarize-se do lado da castidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Use as doenças e o sofrimento como ginásio psicológico. Acalme a mente perante ameaças de desencarnação. Em outras palavras: as dores existem para serem esquecidas, deixadas de lado, e não para ficarmos nos ocupando com elas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Cultive sentimentos superiores intensos e confira à frieza seu papel correto.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Há uma boa e uma má fé. Cultive a primeira e dissolva a segunda. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: large;">A má fé é uma fé ruim, é a crença absoluta na onipotência do mal, na soberania da sentença desfavorável de um médico, na nossa incapacidade de nos disciplinarmos, na impossibilidade de nos concentrarmos, na onipotência da matéria, na inexistência do Espírito etc. Ex. crença de que um remédio irá falhar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O homem resiste em aceitar a realidade por medo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A morte do eu é a correção das incompreensões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A compreensão conduz à total rejeição consciente da característica indesejável compreendida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A parcela incompreendida da realidade insiste até a ignorância ser reconhecida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pressupostos, critérios e parâmetros equivocados mantém inacessíveis aspectos incompreendidos do real. Ex. materialismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">*****</span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Desordem na dialética, mescla de múltiplos problemas e o não-isolamento de partes para análise são formas de defender teorias inconsistentes e absurdas como se fossem algo sensato e bem fundamentado.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-86836293626611191762013-07-30T03:39:00.000-07:002013-07-30T04:46:37.601-07:00Concentração: aprendendo a pensar sem palavras<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><i>"Palavras e dizeres também são enganadores; calmo, descanso minha mente no estado sem esforço."</i> (Milarepa, A Canção dos Doze Enganos)</span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Em uma fase inicial do aprendizado da concentração, o praticante pensa por meio do recurso de sua linguagem nativa, usa mentalmente seu próprio idioma (português, inglês, guarani, karib, mandarim, cantonês, árabe, persa etc.) para pensar. Sua mente aprendeu a pensar idiomaticamente e não é capaz de fluir sem recorrer à linguagem interna.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Ao exercitar a imaginação consciente, a mente vai se desprendendo da necessidade de recorrer ao idioma e passa a pensar de maneira mais imaginativa. A pessoa, durante suas práticas, deixa de conversar consigo mesma e visualiza (internamente) os processos nos quais se concentra de forma cada vez mais clara. Também poderá ouvir sons relacionados àquilo em que está se concentrando. Caso tente analisar as visões e sons que começam a se desenvolver em sua imaginação, deterá o seu fluxo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">A imaginação fluente em torno do lakshya é aquilo que as pessoas chamam de pensamento único ou mente concentrada. É uma imaginação objetiva, que não muda de tema a todo instante como ocorre com a imaginação comum. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Se o praticante estiver se concentrando em uma cachoeira, não precisará dizer para si mesmo "esta água é cristalina, cai sobre as rochas e se esvai ao longo do curso do rio". Simplesmente visualizará o processo, escutará os sons da água, mas sem dizer nada para si mesmo, em silêncio interior. Esse esvaziamento do falatório interior assinala o princípio da aquietação da mente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Não é muito fácil atravessar esta primeira etapa, pois a mente foi acostumada durante toda a vida a tagarelar e quer insistir em seus velhos hábitos. Nossa função imaginativa está atrofiada, pois não a utilizamos senão da mesma forma mecânica, subjetiva e superficial de sempre. A imaginação comum, mecânica, é superficial porque não se aprofunda em nada, mariposeia aqui e ali, mudando constantemente de objetivo. É uma imaginação subjetiva, pois não se detém em nada por mais de alguns segundos. O poder imaginativo está atrofiado devido ao desuso, entretanto, pode ser perfeitamente desenvolvido se o exercitarmos diariamente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Podemos pensar silenciosamente de forma concreta ou de forma abstrata. A visualização das partes e dos detalhes anatômicos de uma planta é um exemplo de pensamento concreto. A reflexão sobre as virtudes espirituais, como a compaixão, é algo mais abstrato. É muito mais fácil pensar silenciosamente de forma concreta do que de forma abstrata. Um principiante não conseguirá pensar de forma abstrata sem recorrer às palavras, será impelido a conversar consigo mesmo. No entanto, dizem os mestres que o adepto, à medida que se desenvolve na meditação, vai aprendendo a pensar de forma cada vez mais abstrata e silenciosa, pois vai desenvolvendo seus sentidos internos e adquirindo progressiva experiência. Em outras palavras, aquilo que para nós é exageradamente abstrato, para o adepto desenvolvido é algo concreto e palpável, que ele vivencia de forma direta por meio de seus sentidos internos, assim como nós vivenciamos o mundo físico de forma sensorial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">A aprendizagem do pensar sem palavras requer, então, que exercitemos inicialmente a capacidade de pensar (imaginar) silenciosamente sobre algo concreto. Detalhes anatômicos, funcionamentos, funções, estrutura interna e constituição físico-química de objetos sensíveis (plantas, rochas, nuvens, rios etc.) servem como ponto de partida para a prática da imaginação. Saberemos que a imaginação está mais ou menos desenvolvida quando formos capazes de visualizar o objeto com certa nitidez supra-sensorial. Quando, sentados em nosso quarto e imaginando uma cachoeira, começarmos a "ver" e a "ouvir" a cachoeira, com os olhos fechados, isso indicará que a imaginação está se desenvolvendo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Por mais sofisticada que seja a linguagem utilizada na conversa que alguém tenha consigo mesmo, será tão somente um indício de que a concentração não se aprofundou, ainda está em um nível superficial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Quando as imagens e sons internos começam a fluir, o praticante deve deixar que fluam livremente e tomem o seu curso, sem tentar controlá-las. Aqui reside uma dificuldade, pois o praticante tende a analisar constantemente se o seu curso imaginativo está se desviando do lakshya ou não. Tal análise racional interrompe o processo. O mais indicado é não preocupar-se com tal desvio, esquecê-lo completamente. Dúvidas e checagens a respeito de se estar ou não fazendo as coisas corretamente matam o curso da prática e a sabotam. Portanto, ao mesmo tempo em que buscamos desenvolver o pensamento sem desviá-lo, tampouco devemos nos preocupar em não desviá-lo. Neste nível, começamos a sair da lógica e do racional: queremos nos manter focados no lakshya sem nos preocuparmos em estar focados no lakshya. É normal que a mente considere isso uma contradição e fique confusa. A confusão assinala dúvidas. Se corrermos atrás das dúvidas, voltamos para trás e não avançamos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Não há necessidade alguma de entrarmos em conflito com a tagarelice interior, com o intuito de calá-la à força. O mais indicado é abandoná-la, esquecê-la, e nos focarmos completamente em nosso trabalho de imaginar o objeto de forma cada vez mais clara. Quaisquer preocupações que surjam irão atrapalhar, incluindo preocupações bem intencionadas de não nos desviarmos.</span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É muito fácil pensar aleatoriamente e um pouco difícil pensar de forma específica, ainda mais se o quisermos fazer imaginativamente e sem recorrermos à fala mental.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large;">Conforme exercitamos nossa capacidade de pensar sem palavras, vamos nos libertando do condicionamento racionalista idiomático. </span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><b>Pensando silenciosamente no abstrato</b></span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando queremos pensar sem palavras em algo concreto, que faz parte de nossa experiência sensorial, basta imaginarmos silenciosamente o objeto e tudo o que seja intrínseco ao mesmo. Porém, se queremos pensar em algo abstrato sem recorrer à linguagem, é normal nos sentirmos confusos, como se estivéssemos perdidos, pois faltam-nos imagens. É difícil prescindir das palavras quando queremos pensar em algo abstrato; é muito fácil fazê-lo ao pensarmos em algo concreto.</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se tentarmos descartar as palavras ao pensarmos em um bambu, podemos fazê-lo com certa facilidade, bastando para isso imaginar o bambu, sua cor, textura, forma etc. mas não podemos fazer o mesmo se quisermos concentrar o pensamento no Atman. O motivo é que o bambu faz parte de nossa experiência sensorial enquanto o Atman não faz, pois, devido ao nosso adormecimento, não temos cotidianamente experiências diretas, conscientes e objetivas com o Atman. Se quisermos nos concentrar e refletir silenciosamente na frase "Sou o Atman", teremos que apelar para o sentir, pois não há formas físicas que correspondam ao sentido de tal frase e sirvam para refletir silenciosamente na mesma. O sentir é uma espécie de faculdade cognitiva silenciosa, distinta do intelecto e dos raciocínios, que permite diferenciação, discriminação e discernimento. Podemos sentir, por exemplo, a diferença entre os sabores da laranja e da mação, ainda que não consigamos conceituá-los com exatidão; podemos sentir o sabor da água pura, que escapa totalmente às definições, o sabor do vento e do calor, entre outros. </span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando percebemos algo no mundo físico, uma pessoa ou um cavalo por exemplo, sentimos um "algo" específico em relação àquilo. Esse "algo" possui um teor qualitativo indefinível e corresponde a uma forma interna de sensorialidade. É exatamente este "sentir" específico que pode ser usado para nos concentrarmos em algo abstrato sem nos valermos do recurso da palavra, da linguagem e dos conceitos.</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Obviamente, imaginações conscientes espontâneas podem acompanhar o processo. Quem trata de adormecer concentrando totalmente sua atenção na sensação interior provocada pela frase "Sou o Atman", experimentará visualizações, "closed eyes visions" e experiências semelhantes a sonhos relacionadas ao tema em que se concentrou. Neste caso, o lakshya é a sensação interior de que se é o Ìntimo.</span></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Em si mesmo, o Atman não é abstrato, mas nossa experiência atual com o Atman, por ser subjetiva, é abstrata. </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-78225274230957831182013-06-27T08:21:00.001-07:002013-06-27T08:21:17.573-07:00Os problemas são criações artificiais da mente<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No fundo, o sofrimento não existe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No Mundo Real, fora da mente, não há significados. Os significados são atribuídos pela mente. Quando escapamos da mente, transcendemos os significados e, então, vida e morte, dor e prazer, alegria e tristeza perdem sua distinção. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A própria dor física é, no fundo, psicológica e um significado atribuído. Prova disso é que muitas vezes nos ferimos e somente passamos a sentir dor após nos darmos conta do ferimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No mundo real, além da mente, não existem problemas. Problemas são significados que atribuímos a certos fatos, ou seja, uma forma de entendê-los. Nenhum fato, por cruel que seja, é um problema em/por si mesmo, nenhum fato é problema sozinho, sem a presença humana. Os fatos se tornam problemas apenas quando existe alguém para sofrer por causa deles.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não adianta tentar forçar essa compreensão, não é possível obtê-la pela força bruta. Somente a meditação profunda pode nos conduzir a ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Existem formas condicionadas, sólidas e cristalizadas de entender as coisas. São formas de entendimento mais rígidas que o aço e que não cedem ao mero esforço. Somente a reflexão constante e profunda a respeito das mesmas e dos fatos exteriores que elas distorcem pode removê-las aos poucos. As formas do entendimento,em última instância, sempre distorcem a realidade, são equivocadas. Precisamos transcendê-las, o que é possível por meio da reflexão e observação constantes e absolutamente sinceras. Quanto mais meditamos em algo, mais profundamente o compreendemos. Quanto mais profundamente o compreendemos, mais nos distanciamos do entendimento equivocado inicial. O que importa é ser cada vez mais objetivo, realista. Se nos aprofundamos demais, nos tornamos tão realistas que já não podemos dizer que "entendemos" e sim que experimentamos de forma direta, além da lógica (ou daquilo que as pessoas costumam de chamar de lógica). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nem sempre é bom meditar em um problema, isso depende do caso. Se a tentativa de meditar em um problema faz com que ele se torne maior e cada vez mais significativo, é melhor ocupar-se com outra coisa. Porém, em certos casos, meditar em um problema nos liberta. Em nossas práticas de meditação, devemos nos ocupar com aquilo que nos faz bem e não com o que nos provoca mal estar. Se nos ocuparmos com aquilo que nos faz mal estar, fracassaremos e não realizaremos meditação alguma. Esta é a minha opinião.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem destrói o Ego e se liberta da mente, vive no plano da realidade objetiva (o Absoluto), além de todo sofrimento e problema.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-64109117744665716132013-05-27T21:45:00.000-07:002014-05-20T21:58:24.070-07:00Morte do Ego: corrigindo impressões equivocadas<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Você está andando na rua e de repente alguém ri da sua cara. Você então fica bravo. O que isso indica? Entre outras coisas, que você não enxergou a realidade do riso. Sua visão está "enviesada" pelo eu da ira. A ira está "colorindo" e subjetivando sua percepção do fato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em si mesmo, como coisa em si, nenhum riso é irritante. No entanto, nós atribuímos ao riso significados variados, conforme os contextos em que ele se dá. Se possuíssemos uma percepção absolutamente objetiva, não consideraríamos o riso como uma provocação, mas apenas como um som, pois é isso o que ele é. Nossa mente, então, não reagiria. Teríamos o estado mental dos budas, os quais são impenetráveis ao escárnio e não necessitam "resistir" à ira, pois não a possuem, a desarmaram dentro de si mesmos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Portanto, nossa percepção do riso como escárnio é equivocada, é uma percepção falsa, pois o riso, em si mesmo, é apenas um som. Por mais escarnecedora que seja a intenção de quem ri, seu riso será somente um som, ainda que com intenções de provocar. No entanto, as tentativas de provocação se tornam vazias quando não temos a ira, pois é a ira que faz a provocação ressoar em nosso interior como ofensa. Em outras palavras, a provocação não existe para aquele que eliminou a ira de si mesmo pois sua visão do mundo, da realidade, é distinta da visão que seria proporcionada pela ira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ao andar na rua e perceber o riso, você se enfureceu porque não transformou a impressão, permitiu que a impressão entrasse em seu psiquismo sem ser transformada. A visão errônea do riso teve livre curso e se cristalizou em sua psique sob a forma de ira, raiva ou algo assim. Por mais estranho que pareça, você não percebeu o riso de forma objetiva e exata, mas de forma equivocada e tendenciosa. Você não percebeu o riso em si mesmo, mas sim uma imagem do riso, moldada por suas imaginações e crenças. Sua mente atribuiu ao riso o significado de uma provocação ou desafio, o rotulou como tal, por ter sido condicionada a isso no passado. O riso causou uma impressão de ira por não ter sido compreendido tal como é. Ao permitir que a impressão ocorresse sem participação da consciência, houve um impacto inconsciente do riso em seu psiquismo. Se houvesse um impacto ou choque consciente, o riso teria deixado uma impressão distinta. Se você pensasse a respeito e imaginasse o riso de outra maneira, uma impressão ou marca distinta teria sido deixada em seu interior, mas você o recebeu como provocação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Para modificar a impressão que os acontecimentos deixam em nós, temos que refletir sobre os mesmos até o ponto em que a reflexão modifique a forma como os encaramos. Tentando olhá-los de forma cada vez mais objetiva, exata e profunda, vamos corrigindo os equívocos e recebendo as impressões de outro modo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Transformar as impressões que os acontecimentos nos causam é algo muito bom e útil, mas requer sinceridade absoluta. Transformar as impressões é corrigir as impressões equivocadas que entram e causam desastres e prejuízos em nosso interior a todo momento. Não é demais dizer que tudo isso precisa ser feito em sintonia com a Morte em Marcha sobre cada detalhe ou faceta dos defeitos. Os detalhes ou facetas não são outra coisa senão impressões equivocadas que estão vibrando e necessitam ser desarmados pela compreensão. A compreensão corrige as impressões equivocadas, restabelecendo uma melhor conexão com a realidade.</span><br />
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: large;"><b>Ampliação em 21/05/2014</b></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;">Cada objeto que percebemos nos impressiona de uma forma específica, ou seja, fere o nosso psiquismo e deixa uma impressão. A impressão corresponde ao viés pelo qual tomamos o fato.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Transformamos a impressão quando refletimos sobre o objeto que nos impressiona. Ao fazê-lo, mudamos nossa forma de pensar a respeito e, consequentemente, nossa forma de percebê-lo e senti-lo. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Portanto, no trabalho de Transformação das Impressões, refletimos sobre o objeto e, no trabalho de Morte do Ego, refletimos sobre o sujeito. O objeto é aquilo que percebemos (o fato que nos impressiona, qualquer que seja) e o sujeito somos nós mesmos.</span><br />
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-27210436864212176292013-05-06T02:09:00.002-07:002013-05-06T02:09:26.409-07:00Super-esforço e negligência<br />
Temos que diferenciar o esforço intenso do esforço correto. Um esforço intenso, se for incorreto, não dará resultados bons. Um esforço correto, se não for intenso, também não dará resultados bons. Um super-esforço e correto, se for realizado sem tensões e nem desesperos, nos conduzirá a resultados bons.<br />
<br />
Um esforço sem tensão é um esforço sereno e, ao mesmo tempo, desprovido de negligências. É o esforço sem qualquer abertura para sermos relapsos, um esforço com tolerância zero à negligência. Esse é o super-esforço do qual falam os mestres.<br />
<br />
Temos que estudar e meditar em nossas próprias experiências constantemente, para que nosso esforço seja cada vez mais acertado.<br />
<br />
O super-esforço está relacionado com a persistência e a dedicação plenas. O esforço comum não apresenta persistência e nem dedicação contínua. No esforço comum, há uma dedicação temporária. Por isso o esforço comum não serve para o espiritual.<br />
<br />
Quando, em certas postagens, critico o esforço, não estou de modo algum louvando a negligência. O esforço que critico é o desespero da tensão, o qual intensifica o nosso estresse e trava o desenvolvimento. Não nos ocupemos com o desespero e sim com a seriedade, a dedicação e a disciplina.<br />
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-1767062161913131342013-04-27T18:34:00.004-07:002013-04-27T18:36:44.163-07:00Concentrar-se é também aprender<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Concentrar a mente em algo é, entre outras coisas, aprender a
respeito daquilo. Aprender algo pela concentração da mente inclui extrair
informações do inconsciente, trazendo-as à consciência. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quando queremos muito resolver um problema importante,
pensamos nele constantemente. Isso é uma forma de concentração da mente, a qual
se ocupa com a questão problemática, procurando saída. Embora nem sempre seja
algo saudável, pois a mente, em tais casos pode ficar obsessionada pelo
problema e provoca um sem número de reações emocionais e corporais negativas,
além de nos distrair no cotidiano, tal ocupação mental contínua serve como
exemplo para entendermos melhor o que é a concentração do pensamento.
Concentrar a mente é pensar continuamente em algo, sem interrupção, pelo que
tempo que dispormos para nos dedicarmos exclusivamente a essa tarefa, sem nos
desviarmos e nem nos distrairmos com outras coisas. </span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Podemos dizer, portanto, que existe uma forma de concentração
boa e outra má ou prejudicial. Quando você está obsecado por algo, está
concentrado naquilo, embora tal concentração possa ser prejudicial. O ideal
proposto pelo ensinamento espiritual é que nos concentremos em temas
edificantes, que nos façam bem, estimulem emoções superiores e nos deixem
absolutamente em paz. Usei, portanto, o exemplo da má concentração da mente
apenas como um exemplo para melhor entendimento do que é uma boa concentração
da mente, pois ambos os tipos de concentração, embora sejam contrários, são
também similares.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quando nos concentramos em um koan, é recomendável que
tentemos compreender profundamente aquela frase propositalmente sem sentido,
até que possamos “atravessá-la” e cair do outro lado, no reino onde a lógica
que conhecemos não funciona. Se tivermos uma questão filosófica ou um problema
que nos importuna, podemos usá-lo como lakshya em nossas sessões de meditação,
desde que os mesmos não provoquem emoções negativas. Se uma pessoa se
concentrasse em cenas pornográficas ou de terror, por exemplo, é claro que
seria assaltado pelas emoções inferiores correspondentes, as quais seriam
qualitativamente muito diferentes das emoções estimuladas pela concentração nos
céus, nas nuvens, em uma cachoeira, em uma floresta, na Mãe Divina, no Cristo
ou no Senhor Buda.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">É de grande valia, durante o exercício da concentração
(dharana), pensarmos para aprender. Aprender é descobrir o que não sabíamos,
aprofundando-nos no tema. Sivananda chama esse tipo de prática de meditação
analítica.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em dharana, a mente, isto é, os pensamentos e a imaginação,
devem fluir com a mesma naturalidade com que fluem quando a mente está
dispersa, com a diferença de que seu fluxo ocorre dentro de um tema,
aprofundando-o, ao contrário do funcionamento comum da mente, em que seu fluxo
abrange muitos temas infinitamente, passando de um para outro, e não se
aprofundando em nenhum. Em dharana, a infinitude do funcionamento mental se dá
em profundidade, não em abrangência.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quando você estiver muito preocupado com um problema grave,
sua mente se concentrará com facilidade naquilo que está lhe causando
preocupação, mas você não deve fazê-lo, pois o seu sofrimento aumentará até
níveis insuportáveis. Ao invés disso, procure um tema contrário que lhe seja
muito atraente e lhe faça bem, proporcione emoções superiores, e concentre-se
profundamente nele. Deste modo, através da dualidade, o tema superior
suplantará os efeitos do tema inferior. Caso sua concentração seja profunda,
você se libertará completamente do sofrimento emocional ocasionado pelo
problema. O ideal é atingir um estado em que o problema não exista para você.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Se, no entanto, o problema não for algo que provoque emoções
inferiores e violentas, você pode usá-lo como objeto de sua concentração. Neste
caso, simplesmente pense e pense naquilo pelo tempo disponível para a sua
prática, mas não o faça fora das sessões de meditação, quando estiver
trabalhando, dirigindo ou andando na rua, pois nessas situações a sua atenção
deve estar naquilo que você está fazendo e não e um tema abstrato fora da
realidade presente.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Se você se concentrar em um problema, por exemplo, em uma
questão filosófica ou científica, muitas idéias e insights surgirão, e sua
compreensão sobre o assunto será cada vez mais profunda. Sua mente fluirá e
você construirá cada vez mais associações de idéias direcionadas dentro do tema
proposto. Uma questão estratégica relacionada a algum tipo de trabalho também
pode ter o mesmo resultado. Suponhamos que você tenha que consertar uma parte
difícil do telhado de sua casa e não saiba como. Você poderá dedicar alguns
minutos para pensar naquilo e aprender algo a respeito. Assim você poderá
aprender melhor o que é a concentração e como aplicá-la na resolução de
problemas do cotidiano.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A concentração analítica é especialmente útil na análise de nós
mesmos, de nossas emoções e problemas psicológicos, promovendo a melhor compreensão
dos nossos egos. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A prática da concentração em plantas, por outro lado, serve
mais para desenvolvermos a capacidade de penetrá-las com a imaginação, mas não
tanto para desenvolvermos a capacidade analítica, pois costuma haver um ponto
além do qual a imaginação se esgota e não conseguimos extrair mais informações
sobre a planta com que nos ocupamos. No entanto, quando plenamente
desenvolvida, também termina resultando em aprofundamento da compreensão pois,
em última instância, imaginação e cognição são interdependentes e não se
dissociam.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O aprender e o compreender se dão pela concentração da
atenção e do pensamento. Isso deveria ser levado em conta pelas ciências da
educação.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-9342365482014198232013-04-07T00:38:00.001-07:002014-05-20T21:49:24.603-07:00Morte do Ego: transformando as impressões por meio da Dualidade.<span style="text-align: justify;">Aprendemos, em passadas reflexões, que devemos controlar os sentidos (Indryas), evitando as percepções daquilo que reforça os egos. Aprendemos também que devemos nos antecipar aos defeitos, removendo suas causas. No entanto, algumas vezes somos inevitavelmente atirados em certas situações das quais não podemos escapar. Quando isso ocorre, somos impactados emocionalmente pelos eventos de forma brusca e repentina, sem chance de nos anteciparmos aos mesmos para evitá-los ou desviarmos as percepções, fechando as portas às impressões destrutivas e negativas. Em tais situações, a prática da transformação das impressões é uma adicional ferramenta de trabalho que nos ajuda a modificar a maneira de recebermos e percebermos os eventos da vida que nos atingem emocionalmente. Vamos analisá-la mais de perto.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Por que Kaspar Hauser era insensível a ofensas e ameaças? Porque sua mente não processava as ofensas como ofensas e nem as ameaças como ameaças, não havia aprendido a entendê-las como tal. Certa vez um estudioso golpeou violentamente a parede logo acima de sua cabeça e Kaspar Hauser não moveu sequer um músculo e nem esboçou a menor reação. O estudioso então exclamou: "Totalmente insensível!". </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por ter crescido isolado do contato social, a mente de Kaspar Hauser não aprendeu a reagir aos fatos externos. Sua mente era, num certo sentido, semelhante à mente que gostaríamos de ter. No entanto, Kaspar Houser não possuía consciência disso, ou seja, seu caso não se tratava de um processo consciente e voluntariamente adquirido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As reações da mente aos fatos são, em grande medida, resultado de aprendizagem. Aprendemos a reagir a cada fato de determinada maneira e a maneira como reagimos corresponde à forma como os entendemos, como os processamos por meio da mente. Reagimos às ameaças com medo porque as processamos mentalmente como perigos, reagimos aos insultos e provocações com ira porque os processamos mentalmente como agressões contra nossos pontos fracos. Quando alguém nos ofende em um idioma que não entendemos, nossa mente não processa o ataque como tal e nada sentimos. Nossas reações correspondem à forma como entendemos as coisas e, se as entendemos de uma maneira distinta, as reações também mudam. Nesse sentido, as emoções guardam estreita relação com a mente: sentimos em consonância à maneira como entendemos. Se entendo um fato como ofensa, reagirei com ira, mas se entendo o mesmo fato como um elogio, reagirei com vaidade ou ficarei orgulhoso. Esse é o motivo pelo qual não adianta tentar corrigir as emoções sem corrigir o entendimento e é também a razão pela qual os mestres instruem os discípulos a começarem o trabalho interior pela mente. A mente é a guarida do desejo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nossa forma de entender os fatos é equivocada, o que nos leva a reagir com emoções negativas àquilo que percebemos. Aquilo que chamamos de "fatos desagradáveis" não são mais que formas tendenciosas de compreender o mundo. O caráter desagradável não está no fato exterior em si, mas em nossa forma de entendê-lo, de recebê-lo e processá-lo mentalmente. Um mesmo fato pode ser desagradável para uma pessoa e agradável para outra, o que prova o caráter subjetivo de tais percepções. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde crianças, ao longo de nossa vida (das muitas existências), aprendemos a processar interiormente os acontecimentos de determinadas maneiras. O resultado atual é que estamos condicionados mentalmente a entender o mundo de muitas maneiras equivocadas. O trabalho de compreensão dos defeitos abrange a correção desses pontos de vista equivocados que nos fazem sofrer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejamos o exemplo do dinheiro. Desejamos loucamente mais e mais dinheiro simplesmente porque o entendemos como o melhor bem de todos. Achamos que o dinheiro irá comprar felicidade e tal entendimento equivocado nos leva a desejá-lo intensamente. O mesmo se dá com todos os demais desejos, os quais são originados por formas de entender. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há, assim, uma estreita relação entre os desejos e emoções sentidos e as formas de entender o mundo, a qual é processada pela mente e aprendida. Temos, portanto, que "desaprender" o que foi erroneamente aprendido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A forma pela qual a mente processa as percepções exteriores guarda estreita relação com a imaginação. Se nos apontam uma arma de brinquedo e acreditamos que a mesma seja real, sentiremos as emoções correspondentes. O motivo é que nos imaginamos em perigo. Entre imaginar e entender há grande interdependência. O que acontece quando uma pessoa, ao ser insultada, não entende direito o que está se passando e imagina que o insultador está brincando, fingindo insultá-la? Ela não reage com ira, pelo menos não antes de entender o insulto como tal. O motivo está na imaginação: a pessoa se imagina em uma situação diferente do insulto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Insultar ou ameaçar alguém é uma forma de ferir sua imaginação. A pessoa que grita e ofende quer ferir a imaginação do outro. Quando a imaginação da vítima é atingida, ela passa a pensar constantemente naquilo, sua mente é invadida por maus pensamentos relacionados ao problema e assim permanece por um tempo relativamente longo, de acordo com a intensidade da identificação da pessoa com o fato. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando alguém tenta refrear suas emoções negativas sem corrigir o entendimento equivocado que lhes corresponde, cria um conflito entre a imaginação e a vontade, ou seja, entre a mente e as emoções, originando uma neurose. O resultado é a intensificação do sofrimento. Se constantemente penso e ocupo minha imaginação com um problema, não poderei deixar de sentir as emoções correspondentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, temos que corrigir os entendimentos equivocados, mas como fazê-lo? Antes de mais nada, corrigindo a imaginação. Se, no momento em que somos impactados por um fato, o imaginamos da maneira oposta, desarmamos o ego naquele instante. Isso se chama "transformar a impressão". Há que se entender claramente isto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo entendimento dos fatos possui um entendimento contrário que o anula. Quando encontramos a antípoda de um entendimento tendencioso e colocamos na mente, o anulamos e chegamos a uma síntese, isto é, à neutralidade. Em última instância, os fatos não são, em si mesmos, bons e nem maus, simplesmente existem, são processos naturais. Por pior e mais traumático que seja um fato, o será somente do ponto de vista subjetivo, isto é, do ponto de vista de quem o percebe assim. O Ego faz com que sempre vejamos as coisas como boas ou más, desejáveis ou detestáveis. Passamos a vida entre tais opostos, os quais são subjetivos, e não enxergamos a realidade objetiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diz o V.M.R. que podemos transformar a impressão que os fatos ocasionam aplicando a Dualidade. Isso significa, no meu entender (pobre adormecido que sou!) que temos que encontrar um modo de imaginar o fato que seja oposto ao modo como o estamos imaginando naquele momento: se estou diante de uma mulher linda que me perturba, devo imaginar algo que se encaixe perfeitamente naquela situação e anule a fascinação por sua beleza. Não é qualquer coisa que serve e isso varia de uma pessoa para outra. Para alguns, pode dar resultado imaginar que aquela pessoa é um simples ser humano, um mero animal racional como todos somos, um mamífero bípede. Para outros, imaginar o corpo da mulher envelhecendo e se desintegrando na sepultura pode dar o mesmo resultado (não se trata de desejar que ela morra e sim de enxergar o outro lado da questão). Isso varia. O que importa é ir além dos opostos e chegar à sintese, que é a neutralidade, passando além do desejo e da aversão. Estamos em um pólo do entendimento e, para ir além dos pólos, temos que encontrar o entendimento oposto, para confrontar ambos. Após o confronto, nos liberamos (temporariamente) daquele tormento mental e das emoções correspondentes. Essa é a forma como entendo a prática da transformação das impressões. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Transformar as impressões é, de certa maneira, algo assim como enganar a mente, a qual, por sua vez, já nos mantinha previamente no engano. Não se trata de enganarmos a nós mesmos (nossa consciência), pois isso já o fazemos a todo momento, mas sim de enganarmos a mente, para convencê-la a entender os fatos de outro modo. Enganamos a mente para reverter o engano ou erro no qual ela incorreu, que é o de tomar os fatos de uma forma que nos prejudica e ocasiona emoções negativas e destrutivas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante de um insultador, podemos imaginar (silenciosamente) que o mesmo não está nos insultando, somente encenando uma representação teatral. Essa imaginação seria o pólo oposto da imaginação comum (mecânica), à qual já estamos previamente condicionados, estejamos conscientes disso ou não. Mediante a imaginação oposta, corrigimos o erro, obtemos uma compensação e, ao atingirmos o equilíbrio entre as duas imaginações, por meio do incremento da imaginação que estava descompensada, escapamos da polaridade.<br />
<br />
Quando uma pessoa nos ridiculariza ou tenta nos trapacear, podemos anular o efeito emocional provocado se procurarmos entendê-la (ou imaginarmos, se você preferir assim) como alguém que se encontra em um estado lamentável, muito pior que aquele em que estamos. Essa imaginação fornecerá o pólo contrário necessário para a correção da percepção tendenciosa equivocada. Então, se estivermos práticos, a ira poderá se transformar em piedade e não sofreremos. A irritação diante do escárnio provém da idéia, ainda que inconsciente, de que o escarnecedor está em condições superiores às nossas (e, portanto, em condições de nos ridicularizar), o que é um equívoco, pois o escárnio, em si mesmo, não é bom e nem mau, simplesmente é um fato que existe, mas que a ira não nos permite perceber objetivamente. Tampouco o escárnio, de um ponto de vista objetivo, coloca o escarnecido em uma posição inferior ao escarnecedor, somente o faz desde um ponto de vista subjetivo, pois, objetivamente, a vítima, em si mesma, não perde e nem ganha nada ao ser escarnecida (prova disso é que, quando o escárnio não é compreendido como tal, não atinge a pretendida vítima). Portanto, o ponto de vista da ira de quem é vítima do escárnio é subjetivo, tendencioso e equivocado, necessitando ser corrigido. Uma pessoa como o Buda é completamente imune ao escárnio e não necessita fazer força alguma para tanto, porque simplesmente vê o mundo de forma objetiva, sem os equívocos tendenciosos da dualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando a alma escapa da mente, durante a meditação, se liberta também da dualidade e já não vê o mundo como uma soma de coisas boas e más, desejáveis e detestáveis. Vida e morte, doença e saúde, velhice e juventude, pobreza e riqueza perdem seu sentido. Escapar da mente é perder a noção daquilo que entendemos ordinariamente como lógica, coerência e sentido, para adquirirmos uma superconsciência onde tudo é resignificado. Porém, na meditação, tal estado é temporário e nós queremos algo mais: almejamos cristalizar definitivamente tal estado em nós, o que somente é possível mediante a Morte do Ego.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A prática de imaginar os fatos como sendo o contrário do que normalmente imaginamos que sejam não provoca a morte dos defeitos que estão por trás das imaginações mecânicas e emoções negativas, porém os desarma temporariamente, o que é de grande valia. Esta é a prática da Transformação das Impressões, que faz com que recebamos os acontecimentos de outra maneira e impede a criação de novos defeitos. Esta prática não substitui de modo algum a Morte em Marcha e nem tampouco lhe é incompatível. É uma arma ou chave adicional que os Veneráveis Mestres nos entregaram para a Morte. Obviamente, quem pratica a Morte em Marcha está corrigindo os entendimentos equivocados e imaginações tendenciosas, pois do contrário perderia todo o trabalho alcançado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante de um fato, o primeiro cuidado deve ser o da recordação de nós mesmos (Recordação de Si), para evitar que a fascinação nos "apague", mas isso não basta. O segundo cuidado deve ser a Auto-observação, para verificarmos se estamos sendo atingidos em algum centro da máquina ou não. Se estivermos sendo atingidos, o próximo passo é aplicar a Morte em Marcha e a Transformação das Impressões entra aí como um trabalho fusionado. O resultado dessas práticas é o aumento cada vez maior da compreensão.<br />
<br />
Transformamos as impressões compreendendo as situações. Ao compreendê-las, modificamos a forma de pensar e imaginar a respeito das mesmas. É claro que aprofundar a compreensão sobre algo equivale e a modificar os pensamentos e imaginações que tenhamos a respeito. Ninguém poderia aprofundar a compreensão e continuar com as mesmas idéias pois o compreender exige uma modificação no entendimento. Compreender é descobrir o novo e descobrir o novo é deixar a velha concepção. Quanto mais compreendo algo, mais modifico minhas concepções a respeito daquilo e, por extensão, meus pensamentos e imaginações relacionados.<br />
<br />
A transformação das impressões não é uma análise dos defeitos, mas sim das situações que os evocam. A análise dos defeitos pertence a uma outra instância do trabalho interior. Transformamos as impressões no momento de entrada, no instante em que os acontecimentos exteriores nos impactam e chocam o nosso psiquismo. A impressão deve ser transformada imediatamente, por me, meio da compreensão. Transformar a impressão é "mudar a forma de ver", modificar o ponto de vista, alterar o significado do fato que nos impacta ou choca. Os acontecimentos sempre nos têm chocado sem que os percebamos conscientemente, mas agora temos que nos tornar conscientes desses choques. Quando começamos a perceber conscientemente o impacto dos eventos da vida, experimentamos o Primeiro Choque Consciente (pois até então os eventos nos chocavam inconscientemente, ou seja, tínhamos somente choques inconscientes). O choque consciente é o choque modificado pela compreensão.<br />
<br />
Quando compreendemos algo, modificamos a impressão que aquilo nos causa e passamos a vê-lo de outra maneira, mas para tanto é necessário refletir sobre a situação impressionante até o ponto de irmos além da forma como sempre a vimos. No entanto, há um obstrução para essa reflexão, para tal compreensão: os condicionamentos passados do Ego.<br />
<br />
A única forma de modificarmos as impressões no momento de sua entrada, antes que causem danos, é por meio da Morte em Marcha. A Morte em Marcha modifica a impressão que os fatos provocam. Quando transformamos uma impressão, os egos correspondentes não se alimentam e não surgem novos egos ou novas facetas egóicas em nosso psiquismo. Assim, podemos interromper o processo de decadência espiritual.<br />
<br />
Os defeitos existentes são impressões que não foram transformadas no passado e agora vibram intensamente em nosso psiquismo, originando formas equivocadas de ver, perceber, pensar e imaginar os fatos da vida.<br />
<br />
A visão que temos do mundo, da vida, dos problemas, dos prazeres etc. são falsas e mentirosas, mas acreditamos que sejam reais, pois estamos enganados pelas impressões equivocadas que fortificamos no presente e no passado. E Ego nos engana e nos faz ver o mundo de determinada maneira condicionada, a qual nos leva a temer a dor e desejar os prazeres, pois estamos presos na dualidade. E isso está diretamente ligado à imaginação pois imaginamos as coisas de acordo com a impressão que delas tenhamos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, quem quer modificar seus estados internos, necessita transformar as impressões que os fatos externos lhe causam. E quem quer transformar as impressões necessita compreender melhor e de forma mais objetiva tais fatos, receber de forma consciente o choque ou impacto que os mesmos ocasionam no psiquismo, não nutrir impressões equivocadas com respectivas imaginações equivocadas e também, é claro, aplicar a Morte em Marcha em cada pequena alteração que os acontecimentos provoquem em seus centros, pois tais alterações não são mais que impressões não transformadas. Uma impressão não transformada é uma impressão equivocada, errônea e falseante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a leitura deste post, sugiro a você que estude profundamente esta conferência, sob a perspectiva da Morte em Marcha e dos Detalhes:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.sintoniasaintgermain.com.br/dialetica/trans_impressao.htm">A Transformação das Impressões - Conferência de Samael Aun Weor</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao estudar a conferência, você descobrirá que o ensinamento sobre a Morte em Marcha e os Detalhes converge completamente com o ensinamento sobre a Transformação das Impressões.</div>
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-68898770664605117282013-03-15T06:15:00.001-07:002013-05-27T21:52:39.689-07:00Morte do Ego: como aprofundar a compreensão<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando concentramos analiticamente o pensamento em um tema, é comum que, após alguns minutos, as idéias se esgotem e, ainda assim, a mente não se aquiete e não experimentemos nada espiritualmente transcendente. O motivo para tanto é o condicionamento do parâmetro analítico: estamos analisando o objeto somente sob algumas perspectivas e outras perspectivas não nos ocorrem. O problema pode se verificar também no ato de observar: ao observamos o objeto, levamos em consideração somente alguns de seus aspectos e a observação estanca, não percebemos nada novo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando a concentração analítica é aplicada a um defeito com o intuito de compreendê-lo, durante a prática da meditação, pode ocorrer o mesmo problema do estancamento do processo. Então, sentimos que não conseguimos ir além e não conseguimos aprofundar a compreensão, por mais que tentemos. Lutamos para compreender mais, para descobrir o novo, mas não somos capazes. Sentimos perfeitamente que ainda não compreendemos o defeito, mas não somos capazes de obter mais informações além das que já temos. Rodamos dentro do círculo vicioso das informações conhecidas e não avançamos, o trabalho da compreensão fica estancado. Sentimos que existem informações ocultas, mas não somos capazes de acessá-las. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O aprofundamento da compreensão, em tais casos, somente é possível se adotarmos novos parâmetros analíticos e observacionais, o que se consegue quando se busca analisar e observar o defeito desde outros pontos de vista, ou seja, considerando-se aspectos ainda não levados em conta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um mesmo defeito pode ser analisado segundo múltiplos critérios. Podemos estudá-lo no que se refere aos danos que ocasiona, aos centros da máquina pelos quais se manifesta, às suas metas, aos seus padrões recorrentes de manifestação diária, aos conteúdos de suas fantasias no pensamento, aos fatores externos da vida horizontal que o evocam, às formas sutis como principia a se manifestar, às suas causas psicológicas ocultas, às justificativas inventadas pela mente para desculpá-lo etc. Não há um limite definido para as facetas de um defeito e, portanto, não há um limite definido para os critérios a serem levados em consideração. Ao analisar um defeito, podemos levar em consideração múltiplos critérios, o que significa, em outras palavras, que podemos analisá-lo, durante a concentração e a meditação, segundo múltiplos pontos de vista. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando adotamos um critério novo para analisar um defeito, descobrimos informações novas. Quanto mais informações tenhamos, maior será a compreensão. Quanto maior for a compreensão, mais a Mãe Divina poderá enfraquecê-lo. A compreensão aumenta com o aumento das informações que tenhamos. Temos que buscar descobrir o novo, novas facetas do defeito que almejamos enfraquecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Muitas pessoas tentam compreender melhor os fatos exteriores que as afetam, buscam olhá-los de forma diferente, mas não buscam compreender os defeitos que ocasionam a visão condicionada e distorcida desses fatos. Elas tentam mudar a forma de ver os acontecimentos, as dificuldades, mas não tentam ver seus egos de múltiplos pontos de vista. Como são os egos que condicionam nossa visão de mundo, tentar ver o mundo de outra maneira sem primeiramente compreendê-los resulta inútil. Nossos defeitos nos obrigam a ver as coisas de determinadas maneiras, ainda que não queiramos. Se queremos chegar ao verdadeiro estado de Apatheia (ausência de paixões), temos que compreender as causas da visão condicionada que temos do mundo, dos eventos e das coisas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Cada defeito tem uma forma particular de ver os fatos do ginásio psicológico, uma ótica pessoal. O defeito da luxúria vê o corpo feminino de determinada maneira, o defeito da gula vê os alimentos de outra, o defeito da ira vê os insultos e gracejos de outra maneira e assim por diante. Não poderemos ver os elementos exteriores de outra forma, ou seja, desde outro ponto de vista, se não eliminarmos os defeitos correspondentes. Quem quer ver e sentir as coisas de outro modo, tem que compreender e eliminar os defeitos que condicionam sua visão e percepção. E a compreensão se consegue por meio da concentração e da meditação sobre os defeitos. Aqui, concentrar e meditar significa refletir a respeito sem desviar-se e nem distrair-se com mais nada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O campo de nossa consciência é limitado e, além dele, se sucedem infinitos fenômenos físicos, psicológicos e espirituais (o psicológico é o início do espiritual). Além dos desejos que alcançamos enxergar, temos muitos outros que nem sequer suspeitamos. Isso significa que aquilo que alcançamos e compreendemos sobre um defeito não é tudo, é uma ínfima parte. Se quisermos ampliar e aprofundar a compreensão, temos que explorar e penetrar o defeito com a consciência, nos tornando conscientes de aspectos ainda insuspeitados. Por trás de determinado desejo ou temor sempre existem outros desejos e temores ocultos. Somente a reflexão absolutamente sincera permite penetrar nessas regiões obscuras de nós mesmos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Entre os vários critérios analíticos utilizáveis no trabalho de compreensão de um defeito, considero de grande importância a procura por suas causas psicológicas (os "porquês" das manifestações). Por trás de um desejo visível há outros desejos, ocultos e em relação sinérgica com o desejo visível, que atuam como suas causas psicológicas. Debater-se contra o desejo visível ao invés de buscar suas causas psicológicas ocultas limita a pessoa a esforços sem resultados. Quando descobrimos as causas psicológicas ocultas, normalmente o desejo fica desarmado. Caso não desarme, isso significa que ainda há outras causas </span><span style="font-size: large;">psicológicas</span><span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;">a serem descobertas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Os desejos podem formar grupos que apresentam relações sinérgicas entre si. Por relação sinérgica entenda-se uma relação não conflitante e de reforço mútuo. Quando vários desejos diferentes apontam exatamente na mesma direção, para o mesmo objetivo, estamos diante de uma relação sinérgica. Os grupos concordantes de impulsos são chamados pela psicologia de "complexos" ou "agregados psíquicos". Normalmente, um defeito não é constituído somente por um desejo, mas por vários desejos agregados, sendo a maior parte deles ocultos: sentimos os impulso para a satisfação, mas não sabemos exatamente o "porquê". O "porquê" está nos desejos ocultos, que atuam como causas psicológicas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">As causas psicológicas ocultas necessitam ser reveladas e esclarecidas, o que se consegue mediante a concentração e a meditação analíticas direcionadas às mesmas. Quem não sabe concentrar o pensamento e refletir analiticamente em profundidade, não poderá explorar o defeito para descobrir tais causas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Suponhamos que você esteja apaixonado(a) e sua libido esteja fixa em determinada pessoa. Você está sofrendo uma obsessão, quer se livrar e não consegue. Ao olhar para si mesmo, à primeira vista, verá somente um impulso cego e louco. No entanto, se você for prático na concentração/meditação e se perguntar a respeito dos motivos de tal impulso ("Por que a desejo tanto?"), descobrirá desejos, emoções, temores e valores escondidos. Concentre-se na pergunta e busque as respostas com a máxima sinceridade e coragem possível. Você verá que, além do desejo visível de ter aquela pessoa para si, há outros desejos que o reforçam. Pode ser que você a deseje tanto porque simplesmente ela se negou a você, originando o desejo de vencer sua resistência; pode ser que você a deseje porque deseja uma pessoa como aquela para exibir como um troféu para seus amigos e parentes; pode ser que você a deseje porque ela se pareça com alguma pessoa parecida do passado que você desejaria ter de volta; pode ser que você a deseje porque esteja curioso(a) por saber se ela irá lhe proporcionar prazeres inimagináveis etc. As causas psicológicas ocultas de um desejo variam de um caso para outro. </span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um homem pode gostar exageradamente de determinada prática sexual. Ao explorar seu vício, poderá descobrir que valoriza tal prática por outros desejos ocultos (os quais variam de uma pessoa para outra) ou até por temores. Explorando-se e interrogando-se, ele poderia descobrir muita informação útil sobre o defeito e compreendê-lo cada vez mais.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A despeito da crença freudiana na impossibilidade de realização de uma auto-análise solitária, o fato é que a descoberta das causas ocultas costuma trazer alívio e foi realizada por filósofos e ascetas espirituais desde a antiguidade.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Há, porém, outro aspecto nesse problema da compreensão: a necessidade de enxergar cada vez mais objetivamente os fatos exteriores que nos afetam. Se descobrirmos as várias facetas de um defeito, mas não nos preocuparmos em também trabalharmos a compreensão dos fatos exteriores que os criam e os reforçam, perdemos os resultados conquistados. De nada adianta descobrir facetas se continuamos a recriá-las e alimentá-las. Portanto, além de compreender os egos, temos também que modificar as impressões que os fatos deixam em nós. Falarei um pouco mais profundamente sobre isso em outros posts.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Que fique claro, porém, que, no trabalho da Morte dos Egos, a compreensão não é tudo. A compreensão é metade do caminho. A outra metade é completada pela devoção intensa à Mãe Divina, que é quem realmente decapita e mata os nossos defeitos. Sem a Mãe Divina, não haverá Morte. A psicoterapia, por exemplo, não alcança a Morte porque exclui a Mãe Divina. A Morte somente se concretiza quando oramos e suplicamos intensamente à Mãe Divina.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Que essas palavras cheguem exatamente àqueles que estiverem delas precisando. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-23030636492694337312013-03-14T16:24:00.002-07:002013-03-14T16:54:45.166-07:00A dissolução dos egos que almejam virtudes<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Que este
conhecimento chegue aos desesperados que estão perdidos na luta pela superação
de seus próprios defeitos e estejam necessitando das informações que seguem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Vamos falar
um pouco sobre os egos úteis e bons. Dizem os V.V.M.M que existem eus bons que,
ao serem eliminados, são substituídos por partes correspondentes do Ser que
desempenham as mesmas tarefas, porém de forma muito mais eficiente e sem os
efeitos colaterais destrutivos dos egos que anteriormente as realizavam. Se um
homem trabalha como vendedor, por exemplo, e dissolve seus egos vendedores, o
ato de realizar as vendas passará a ser realizado por alguma parte do Ser que
tem habilidade na área, porém o fará de forma superior. Um mesmo ato pode ser
realizado por um ego ou por alguma parte do Ser. O ato de compor e executar
músicas, por exemplo, pode ser um ato inferior e animalesco ou um ato superior
e sublime. Quando o ego o realiza, teremos um tipo de produto e, quando o Ser o
realiza, teremos outro. Se o ego que realiza um ato é eliminado, alguma parte
do Ser poderá, sempre que necessário, substituí-lo na realização do mesmo ato
que, a partir de então, será realizado de forma diferente. Até mesmo o ato
sexual pode ser realizado pelo Ser ou pelo Ego. São os resultados que irão nos
mostrar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Há, no
entanto, um tipo específico de ego bom que descreverei hoje: os egos que
almejam a santidade e cobiçam a liberação dos pecados. São egos que possuem intenções veneráveis e
irreprováveis mas apresentam efeitos colaterais danosos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Aqueles que desejam
intensamente libertar a alma dos pecados sofrem muito com a lentidão natural do
processo da Morte. A Morte dos Defeitos não é algo rápido, que ocorra do dia
para a noite. No entanto, os egos ascetas e espiritualistas podem ocasionar
grande sofrimento e graves danos emocionais aos irmãos de todas as religiões
que almejem ardorosamente o estado de santidade e pureza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Quando uma
pessoa não aceita a crua realidade dos seus próprios defeitos e não se conforma
com a situação em que se encontra (refiro-me a uma inaceitação e a um
inconformismo doentio) pode desenvolver neuroses. Certas neuroses são típicas
de religiosos e ascetas espiritualistas e se devem à atuação de poderosos egos
que anseiam pelo estado de pureza e entram em choque frontal
com os egos que amam os prazeres da vida mundana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por mais
estranho que pareça, existem egos que desejam, de forma inconsciente e
condicionada, a evolução espiritual e os mesmos necessitam ser eliminados como
quaisquer outros. Ao serem eliminados, partes correspondentes do Ser os
substituem e realizam com maior eficiência o trabalho de nos impulsionarem para
cima. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A
inaceitação e o inconformismo com o estado de adormecimento e pecado apresentam
duas facetas, dois aspectos: o inferior e o superior, sendo um egóico e o outro
átmico (originado pelo Ser). A inaceitação e o inconformismo egóico ocasionam
as neuroses religiosas. O intenso sofrimento emocional que advém após a
satisfação dos desejos mundanos, sejam eles a fornicação, a gula ou quaisquer
outros, é o princípio da neurose religiosa e se deve a tais egos “espiritualistas”,
os quais possuem propósitos nobres e resultados catastróficos. Assim, temos que
nos observar e nos descobrir também nesses aspectos relacionados com os desejos
de superação de nós mesmos, pois aí existirão defeitos escondidos e disfarçados
de virtudes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Se
explorarmos nossos próprios complexos espiritualistas, por meio da
auto-observação e também da meditação, poderemos descobrir o medo do castigo
divino, a preocupação com o próprio destino após a morte, a cobiça por poderes
psíquicos e por estados de felicidade espiritual, o conservadorismo arbitrário
e moralista que não possui lógica alguma, o fanatismo, a auto-depreciação, o
ódio a si mesmo e muitos outros defeitos, os quais podem estar por trás da vida
emocional atormentada de muitos religiosos. Não importa se os egos sejam bons
ou maus, no final, eles sempre ocasionam prejuízos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É importante
frisar que não estou pregando o conformismo e nem a negligência, estou somente
chamando a atenção para o fato de que os egos podem tomar o lugar do Ser (e
vice-versa) nos impulsos pela superação. Quando a Mãe Divina dissolve os egos
espiritualistas, as neuroses espirituais são substituídas por disciplinas
conscientes dirigidas pelo Ser. Nossa meta não é sofrer a vida inteira por
sermos pecadores, mas de fato deixarmos de ser pecadores para sermos felizes.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É natural que queiramos a libertação dos pecados e a verdadeira pureza do coração, mas a realização da alma não é algo assim tão simples, não é simples questão de querer. Não basta querer e tentar, é preciso adquirir muito conhecimento experiencial, o que é gradativo. A alma não se desenvolve por um passe de mágica, necessita trabalhar e adquirir conhecimento, experiencia e consciência ao longo da vida, o que é um processo muito lento. Se estamos presos em vícios e erros, é por falta de compreensão. E a compreensão é algo elástico, que se alonga conforme vamos aprofundando nossas observações e reflexões durante toda a vida. O estado de pureza dos budas e dos santos não resultou do simples querer, resultou de trabalhos sem fim ao longo de existências. </span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Normalmente, as pessoas não entendem corretamente a Morte do Ego. Imaginam que seja uma mera disciplina de esforços para "amarrar" emoções e desejos, como se isso os eliminasse. A Morte do Ego é uma verdadeira morte dos desejos e emoções inferiores e não o mero encarceramento dos mesmos. Encarcerar desejos e emoções negativas não nos liberta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Bem, este é apenas o meu ponto de vista pessoal sobre o problema. </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Espero ter me feito entender.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2337446291915876152.post-20206035327316090982013-03-10T21:29:00.000-07:002013-12-11T23:38:26.156-08:00Morte do Ego: evitando o cultivo<br />
<div style="text-align: justify;">
Enfraqueça o ódio evitando tudo o que alimenta o ódio. Enfraqueça a cobiça evitando tudo o que alimenta a cobiça. Enfraqueça a gula evitando tudo o que alimenta a gula. Enfraqueça a luxúria evitando tudo o que alimenta a luxúria. Enfraqueça o medo evitando tudo o que alimenta o medo. Enfraqueça o apego evitando tudo o que alimenta o apego.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mediante a Morte em Marcha, evite aquilo que alimenta o defeito que você almeja eliminar de sua natureza. Muitas situações exteriores alimentam inevitavelmente defeitos específicos. Evite-as mediante a morte dos impulsos (nos cinco centros) que te impelem para elas. Retire de sua vida TUDO o que conduz ao problema psicológico. Retire de si todas as recordações, não mediante o conflito da oposição força-a-força, mas mediante a descoberta seguida da aplicação da Morte em Marcha e do esquecimento. Se não houver esquecimento, o defeito será reavivado. Se o esquecimento não for possível, por mais esforço que se faça, é porque está sendo reativado por algum canal subconsciente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desejo e aversão (temor) são as duas formas básicas assumidas pela natureza animal inferior. Todos os egos se enquadram em uma das duas categorias. A luxúria, o apego, a gula e a inveja são formas de desejo. O medo, a valentia e o ódio são formas de aversão. A preguiça é o desejo de não fazer nada. A cobiça é o desejo de posses. O ódio é a aversão pelo inimigo. Todos os defeitos são formas mentais que reforçamos continuamente, através de atos, palavras e, principalmente, de pensamentos e recordações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Caímos em situações exteriores que reforçam os defeitos porque somos levados por impulsos internos. Dissolvendo os impulsos nos cinco centros, deixamos de ser arrastados para elas e os defeitos começam a enfraquecer. Querer livrar-se de um defeito sem abandonar as situações exteriores que o alimentam é um contra-senso absurdo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entenda-se que "evitar" ou "abandonar" situações é algo realizado após as mesmas terem sido descobertas e compreendidas como prejudiciais e reforçadoras dos defeitos. Não se trata de uma simples supressão de fatos da vida sem compreensão alguma e sem a oração pela Morte em Marcha. A renúncia é posterior a descoberta e constatação dos prejuízos.<br />
<br />
<b>Ampliação em 12/12/2013</b><br />
<br />
Quando deixamos de usar uma função psicológica, ela sofre uma atrofia. O Ego é um conjunto de funções ou funcionamentos psicológicos mantidos vivos pelo uso constante, formas de pensar, sentir e entender continuamente exercitadas. Sinapses, sanskaras e circuitos cerebrais que se tornaram poderosos começam a se enfraquecer e a atrofiar ao deixarem de serem usados. E isso o que queremos com a Morte do Ego.</div>
Unknownnoreply@blogger.com