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terça-feira, 24 de maio de 2011

Prazer mental

Há uma diferença entre o ato sexual real e o ato sexual mental. Este último se dá pela contemplação de imagens eróticas, sejam elas imagens mentais, lembranças, fantasias eróticas ou então filmes, fotografias e películas pornográficas. O ato sexual real é concreto e vivo, enquanto suas diversas representações são abstratas. Viciar-se em imagens sexuais abstratas equivale a atrofiar o poder de praticar o sexo real. Quem gosta de se divertir com sexo virtual, mental ou em telas de computadores, termina com impotência psico-sexual, pois perde o poder de se excitar e se relacionar com mulheres reais. O poder sexual tem que ser mantido vivo através da prática com a mulher concreta.

As imagens pornográficas são tão prazeirosas porque refletem nossas fantasias e sonhos de perfeição. No entanto, nos afastam do mundo sexual real e roubam energia sexual (por isso é que dão prazer e são viciantes). Ao pensar em sexo, estamos usando a energia sexual de uma forma que não lhe corresponde, pois a função do pensamento é tecer análises e não curtir prazeres. Com a repetição de tal uso indevido e equivocado do intelecto, cria-se o vício de sentir prazer através do pensamento e não mais somente do órgão sexual. O ato de pensar e fantasiar sexo com mulheres maravilhosas torna-se cada vez mais prazeiroso. A sensação de prazer morboso que se experimenta ao pensar-se em sexo provém da energia sexual que está sendo roubada e desviada de sua função original. O centro sexual perde sua energia para o intelectual, o qual passa a trabalhar com energias sexuais e intelectuais mescladas. Então, ao ficar sem energia, esse centro tem que roubar energia de outros centros e o resultado é o desequilíbrio: centros que não desempenham suas funções como deveriam e que começam a atuar de forma desorganizada.

Os masturbadores apreciam o prazer de lembranças e fantasias eróticas, evocando-as constantemente para deleite, afastando-se, assim, do ato sexual real e vivo.

A ato de masturbar-se é um ato de desfrute de um prazer de tipo mental. O prazer masturbatório, tão elogiado hoje em dia, é mental, abstrato, teórico, fantasioso e imaginativo, resulta do desfrute de sensações vivenciadas mentalmente. O masturbador não se excitaria e nem teria prazer caso não evocasse mentalmente suas fantasias eróticas. Aquele que está se masturbando está gozando sensações mentais.

O sexo mental alimenta a luxúria e escraviza a pessoa. Quem o cultiva não se liberta da luxúria jamais. Deter-se contemplando prazeirosamente imagens eróticas na tela da mente ou em uma televisão é escravizar-se mais e mais à luxúria. O caminho para recuperar-se é parar de pensar em sexo e começar a praticar o sexo com uma mulher humana verdadeira, sem ejaculação. Aprendamos, então, a nos excitarmos sexualmente com a presença física da mulher real e não com meras imagens mentais, recordações ou vídeos. A excitação sexual mental acusa mescla de energias: o centro intelectual está vampirizando o centro sexual e trabalhando com a energia que não lhe é própria. O centro sexual é para análises e não para deleites eróticos.

A luxúria é algo totalmente mental. Quem quiser transmutar a luxúria em castidade necessita eliminar o hábito de desfrutar o prazer sexual abstrato, o prazer de pensar em sexo. O que se requer não é a eliminação do erotismo do corpo, mas da mente. O desejo não está no órgão sexual e sim na cabeça.

5 comentários:

  1. Tem como reverter esse quadro de excitação psico-sexual para sexual real?

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  2. Sim. Vc deve reaprender a se excitar com uma mulher humana de verdade, de carne e osso. Ainda que no inicio vc nada sinta, com o tempo irá começar a sentir excitação progressiva. Deve, porém, deixar de lado o vício de fantasiar pornografias.

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  3. A mulher real deverá colaborar. Deverá provocá-lo, aprender corretamente a arte erótica, os toques, os beijos, as posições e tudo o mais que excite o homem. Se a parceira não colaborar, de nada adiantarão os seus esforços.

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  4. Obrigado! vc me indica algum livro que fale sobre a morte dos egos e coisas afins?

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  5. Todos os livros dos Mestres Samael e Rabolú tratam intensamente da Morte do Ego, pois esse é o pilar fundamental do ensinamento que deixaram.
    Exemplos:

    A Águia Rebelde
    Tratado de Psicologia Revolucionária
    A Grande Rebelião
    Ciência Gnóstica
    Etc.

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