A percepção sob o viés luxurioso é uma visão distorcida da realidade. O corpo feminino, o orgasmo e o sexo são percebidos, sob a ótica dos egos, de forma alterada, tendenciosa e muito distante do que realmente são. O fornicário é um ignorante: ignora o que a mulher, o sexo, o orgasmo e a ejaculação são de fato, pois sua percepção é subjetiva e está alterada.
A alteração da percepção tem como uma de suas origens as formas mentais. Formas enviesadas e mecânicas de pensar e imaginar originam o desespero passional pelo orgasmo. Como se trata de uma maneira peculiar de ignorância, combate-se a percepção equivocada com discernimento e compreensão. Mas, devido a um condicionamento existencial, jogar luz nas trevas para inverter o funcionamento psíquico não é tão fácil como parece. A mente se condicionou ao longo de várias existências a funcionar sempre da mesma forma e descondicioná-la exige tempo e trabalho. Leva-se tempo até dar-se conta da nulidade e do caráter ilusório da luxúria. A humanidade está presa nas teias da ilusão. O entendimento está embotelhado. A consciência está aprisionada.
À medida em que a consciência se aperfeiçoa e desperta, vai-se compreendendo que é uma perda de tempo viver correndo atrás de mulheres e de sexo. Compreende-se que o sexo é importante mas não é a meta existencial dos homens sensatos.
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