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domingo, 10 de março de 2013

Morte do Ego: evitando o cultivo


Enfraqueça o ódio evitando tudo o que alimenta o ódio. Enfraqueça a cobiça evitando tudo o que alimenta a cobiça. Enfraqueça a gula evitando tudo o que alimenta a gula. Enfraqueça a luxúria evitando tudo o que alimenta a luxúria. Enfraqueça o medo evitando tudo o que alimenta o medo. Enfraqueça o apego evitando tudo o que alimenta o apego.

Mediante a Morte em Marcha, evite aquilo que alimenta o defeito que você almeja eliminar de sua natureza. Muitas situações exteriores alimentam inevitavelmente defeitos específicos. Evite-as mediante a morte dos impulsos (nos cinco centros) que te impelem para elas. Retire de sua vida TUDO o que conduz ao problema psicológico. Retire de si todas as recordações, não mediante o conflito da oposição força-a-força, mas mediante a descoberta seguida da aplicação da Morte em Marcha e do esquecimento. Se não houver esquecimento, o defeito será reavivado. Se o esquecimento não for possível, por mais esforço que se faça, é porque está sendo reativado por algum canal subconsciente.

Desejo e aversão (temor) são as duas formas básicas assumidas pela natureza animal inferior. Todos os egos se enquadram em uma das duas categorias. A luxúria, o apego, a gula e a inveja são formas de desejo. O medo, a valentia e o ódio são formas de aversão. A preguiça é o desejo de não fazer nada. A cobiça é o desejo de posses. O ódio é a aversão pelo inimigo. Todos os defeitos são formas mentais que reforçamos continuamente, através de atos, palavras e, principalmente, de pensamentos e recordações.

Caímos em situações exteriores que reforçam os defeitos porque somos levados por impulsos internos. Dissolvendo os impulsos nos cinco centros, deixamos de ser arrastados para elas e os defeitos começam a enfraquecer. Querer livrar-se de um defeito sem abandonar as situações exteriores que o alimentam é um contra-senso absurdo.

Entenda-se que "evitar" ou "abandonar" situações é algo realizado após as mesmas terem sido descobertas e compreendidas como prejudiciais e reforçadoras dos defeitos. Não se trata de uma simples supressão de fatos da vida sem compreensão alguma e sem a oração pela Morte em Marcha. A renúncia é posterior a descoberta e constatação dos prejuízos.

Ampliação em 12/12/2013

Quando deixamos de usar uma função psicológica, ela sofre uma atrofia. O Ego é um conjunto de funções ou funcionamentos psicológicos mantidos vivos pelo uso constante, formas de pensar, sentir e entender continuamente exercitadas. Sinapses, sanskaras e circuitos cerebrais que se tornaram poderosos começam a se enfraquecer e a atrofiar ao deixarem de serem usados. E isso o que queremos com a Morte do Ego.