O ser humano normalmente tem dificuldade para amar a Deus, pois ama muito a matéria. Estamos enamorados por maya, o mundo da ilusão.
Em maya está a nossa fé: cremos cegamente que o mundo sensorial da matéria é a verdadeira realidade. Vemos os mundos espirituais como vagas possibilidades ou, quando muito, como mundos meio "vaporosos" ou "abstratos". Para a maior parte da humanidade, espiritual é sinônimo de não-concreto. Por não termos experiência direta com os outros mundos, duvidamos, no fundo, de que possam ser reais.
Quando estamos doentes, confiamos mais em uma intervenção física (cirurgia) ou química (remédios) do que em uma intervenção energética (orações e rituais). E como poderiam as orações dar resultado se a porta para o Espírito está bloqueada? A falta de resultados com as orações reforçam nossas crenças e afundamos mais ainda no materialismo.
A idéia de que a energia seja matéria em outro estado é professada por muitos intelectualmente, mas poucos a sentem profundamente no coração ao ponto de realizarem prodígios. No fundo, desconfiamos que a energia seja menos real e menos concreta que a matéria.
Portanto, amamos e temos mais fé na matéria do que no espírito. Essa é a trágica situação da humanidade. Para revertemos a situação, o caminho é a experiência direta e consciente com os mundos espirituais e com as forças que atuam na natureza e no universo. Orações, rituais, auto-conhecimento, meditação e viagens astrais romperão com o unilateral ceticismo materialista.
Não poderá amar a Deus quem está apaixonado pela matéria. Não deixará de estar apaixonado pela matéria quem a considerar a essência da realidade.
Amar a Deus é amar Àquilo que temos de melhor dentro, de mais elevado, de sublime, nosso próprio Espírito. Se o Espírito Divino do Homem emana de Deus, então é óbvio que possui Sua mesma Natureza Divina. Os impulsos elevados provém de Deus. Quem quer ser capaz de amar o Deus Universal e Cósmico, deve começar aprendendo a amar o seu próprio Íntimo, que é o próprio Deus Cósmico dentro do ser humano.
Se Deus é onipresente, então está em todos os lugares. Se está em todos os lugares, está em toda matéria. Isso significa que Deus jaz no homem, no animal, na planta, na pedra, nos ventos, nos rios, no raio, no trovão, nas estrelas, nos planetas e em tudo. O Deus Universal é o Deus da Criação. Como podem aqueles que se dizem seus servos não reconhecê-lo na natureza e até lhe lançarem anátemas?
Há, no ser humano, assim como no resto da criação, um aspecto superior que é o próprio Deus em manifestação. Temos que fazer uma opção: ou amamos o Ego e a matéria ou amamos o Espírito. Do Ego provém os impulsos de satisfação sensorial e o amor pela matéria. Do Espírito provém os impulsos de auto-superação, de elevação, de crescimento espiritual, de unir-se à criação, de conhecer e viver nos céus, de libertar a alma dos desejos, de libertar a humanidade do sofrimento. O Espírito impele para cima e para s união com o Todo. O Ego impele para baixo e para a separação do Todo. Acreditamos que somos diferentes dos demais seres por causa da ilusão de separatividade projetada pelo Ego.
As frequências de energia existentes no universo e em nosso corpo são infinitas e nem de longe os cientistas as conhecem. Muito acima dos raios ultravioleta e dos raios gama, existem as frequências energéticas que compõem os universos divinos. Os universos divinos são concretos e materiais, porém vibram em frequências altíssimas. Talvez um dia essa humanidade tenha algum vislumbre grosseiro desses mundos.