sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Efeitos indesejáveis dos pensamentos


O turbilhão das emoções, sentimentos e desejos humanos é um inferno que desconcerta filosófos, cientistas, médicos, psicólogos, psiquiatras, educadores e sacerdotes. Ninguém sabe, absolutamente, o que fazer com os impulsos. Todos dizem para sermos corretos e não fazermos coisas erradas, mas ninguém tem uma fórmula que realmente faça com que não desejemos aquilo que não é conveniente. Sem pretender ter a solução final, vamos tentar encontrar uma contribuição para a solucionar esse problema.

Analise a manifestação de qualquer desejo ou emoção intensos e você descobrirá os pensamentos como pano de fundo. Pensar em algo desejável equivale a dar o ponta-pé inicial para desencadear uma avalanche. Uma vez desencadeada a avalanche, não adianta correr atrás dos prejuízos, tentando reverter os resultados. 

Em questão de Morte do Ego, o trabalho sobre a mente (os pensamentos) é prioritário. Quem não prioriza o trabalho sobre a mente jamais avançará. A mente é o principal meio de alimentação dos defeitos e das emoções negativas. Não é possível livrar-se de uma emoção ou desejo inconvenientes se houver identificação com os pensamentos correspondentes. Todos os fracassos espirituais são devidos à mente. Obviamente, há outros centros através dos quais o Ego se manifesta e que não devem ser negligenciados, mas a mente possui prioridade. Quando me refiro à mente, estou me referindo a todas as funções do centro intelectual: pensamentos, raciocínios, análises, lembranças, imaginações.

Temos que aprender a lidar com a mente. Há duas formas de lidarmos com a mente, as quais devem ser conjugadas em nossa vida: a meditação e a Morte do Ego. Não podemos negligenciar nenhuma das duas.

Temos que meditar várias vezes por dia, o mais que pudermos, para que a mente fique domada. Ao mesmo tempo, fora das sessões de meditação, temos que eliminar os funcionamentos mentais viciosos (sanskaras) pela Morte em Marcha. Na meditação, escapamos dos sanskaras temporariamente e nos fixamos na Essência. Na Morte em Marcha, os dissolvemos. 
Um simples pensamento é suficiente para desencadear toda uma avalanche de desejos e emoções dos quais não seremos capazes de nos livrar. Melhor é não dar o primeiro passo, evitando entrar na "masmorra da identificação". 

Quem medita muito e pratica a Morte em Marcha, mantém sua mente ocupada e não dá espaço para pensamentos invasivos. Em momentos de desespero e intensa tentação, busquemos o vazio mental e o silêncio interior.