Quem realmente elimina um desejo, não necessita fingir para si mesmo que não o tem.
Se o desejo morreu, não sinto nada. Se não sinto nada, o que bloquearei dentro de mim?
Se meu desejo está morto, contra o que devo resistir?
Se você satisfaz um desejo, ele se fortalece e te escraviza mais e mais. Se você o reprime, ele é represado e extravasa posteriormente à força, por qualquer caminho. No entanto, se você não se identifica, não o satisfaz e nem tampouco o reprime, pode observá-lo e detalhá-lo.
Quem reprime um eu está identificado com um eu oposto.
Deixamos de nos identificar com um defeito quando o separamos de nós, mediante a recordação de nós mesmos.
Observar um defeito é recebê-lo conscientemente.
Não se pode enxergar objetivamente um defeito se o depreciarmos ou o condenarmos antecipadamente.
Bloquear ou resistir a um defeito é evadir-se de estudá-lo e de observá-lo. Entregar-se à satisfação de um defeito é alimentá-lo e adormecer ainda mais a consciência.
A correta postura interior em relação aos desejos e baixos impulsos é aquela em que não os procuramos, não os satisfazemos e nem os consideramos como parte de nosso Ser, mas também não tentamos barrá-los, sufocá-los e nem fugimos deles quando aparecem.
Encarar um defeito de frente é deixar-se tocar conscientemente por ele sem temor algum. Fugir de um defeito é tentar segurá-lo à força e baní-lo de modo que nos seja impossível observá-lo e conhecê-lo.
Não podemos matar um inimigo se o afugentamos ou o expulsamos de nosso alcance.
O que nos leva a tentar banir um defeito de nossa presença, sem observá-lo e matá-lo, é o medo de sermos possuídos e perdermos o controle. O que nos faz temer a possessão e a perda do controle é o desconhecimento de que a consciência e o Ser enfraquecem o defeito.
A verdadeira fé não se cria com teorias, lógicas, pensamentos ou quaisquer trabalhos mentais. A fé se cria somente com a experiência. Pequenas experiências íntimas com o Ser Interno são acessíveis a qualquer um, a qualquer momento. Ex. peça para sua Mãe Divina te lembrar de algo realmente importante e ela o fará. Eis uma experiência interna pequena e acessível. Estreite a intimidade com Deus.
A verdadeira felicidade é a total ausência de sofrimento.
Não "force" as transformações, trabalhe corretamente e deixe que elas venham por si mesmas.
Transformações forçadas são transformações fingidas. Quem realmente se transforma não necessita forçar-se a nada e nem simular comportamentos ideais.
Não existem transformações forçadas. Transformações forçadas são transformações fingidas. Transformações fingidas são falsas transformações.
A transformação verdadeira dispensa o fingimento e os comportamentos forçados.
Na concentração, não force o silêncio mental, deixe que ele venha. Vivencie o relativo silêncio existente e deixe que ele se aprofunde. Não perca tempo tentando "forçar mais silêncio" para "ir além". Aprenda a esquecer.
O silêncio mental forçado não é verdadeiro. Lutar pelo falso silêncio é amarrar-se e estancar-se com as próprias amarras que se teceu.