quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Essência e o Ser

A Essência do ser humano é sua própria alma.

Em estado original, a alma é pura e perfeita. Quando se identifica com a matéria, cria desejos e se corrompe.

A Essência é o que há de espiritual encarnado no homem. O Espírito Divino não está encarnado, senão parcialmente. Apenas uma fração ínfima do Espírito está encarnada nas pessoas comuns: a essa pequena parte do Espírito, encarnada no ser humano, chamamos de Essência.

O Espírito Divino é o Real Ser, o qual não pode encarnar totalmente devido ao obstáculo do Ego. Quando o Ego morre, o Ser toma posse do seu veículo.

Além da Essência, o Espírito possui outras partes autônomas, que atuam de forma independente em outros universos.

Cultivar a Essência é abrir caminho para o Espírito. O choque da recordação de si é a primeira forma de cultivar e alimentar a alma.

Embora encarnada, nem sempre a Essência está no corpo físico, muitas vezes ela viaja, adormecida, para outros mundos, enquanto muitos egos usam o seu veículo para cometer diabruras.

Recordação de si e observação são as primeiras formas de exercitá-la e desenvolvê-la.

A alma que não se recorda de si, se fascina e se confunde com os egos, gozando e sofrendo suas dores e euforias.

A alma que se recorda de si abre caminho ao Ser.

O Espírito está além da Essência, mas vela por ela e a auxilia desde os universos divinos mais distantes, acompanhando seu desenvolvimento. A alma é um membro do Espírito, uma fagulha ou emanação. Assim como o Espírito emana da Grande Realidade Única (o Deus Uno), a Essência ou alma emana do Espírito ou Real Ser.

O Real Ser possui várias emanações, sendo uma delas a nossa Essência, pura e primordial. Outras emanações são: a Mãe Divina, o Cristo Interior, o Íntimo e outras mais. O todo, a soma de todas as emanações constituem o Real Ser.

Quando cometemos algo errado, prejudicando alguém, estamos agredindo e ferindo a nós mesmos, ao nosso Ser. Quem pratica o mal está se auto-agredindo, auto-apunhalando e se auto-assassinando.

Nosso veículo físico deve ser entregue ao seu verdadeiro e legítimo dono: o Real Ser. Temos que buscar, amar e nos vincular ao que verdadeiramente somos e não ceder nosso veículo a elementos estranhos, invasores que unicamente roubam suas energias e o destroem. Os egos, sejam nossos ou de outras pessoas, são mercadores do templo que precisam ser expulsos com o chicote.

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