quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Morte do Ego: indo às causas

Na Morte do Ego é comum que cometamos muitos erros. Este blog foi aberto com a intenção de permitir a reflexão, e não a mera teorização ao ar, sobre os erros que nos deixam estancados. Por um erro não detectado, uma pessoa pode ter o seu passo espiritual travado por muitos anos.

Os erros que as pessoas cometem nem sempre são os mesmos, podem variar de uma pessoa para outra. Neste blog apontamos alguns, na esperança de alcançar as pessoas que precisam ser alcançadas. Pode ser que os erros que você cometa não estejam apontados em meus textos. 

De todas as maneiras, a Morte é algo que se aprende aos poucos e se aperfeiçoa com a prática. Se você tem recaídas aqui e ali, cometendo atos que não gostaria de cometer, não deve se preocupar muito com isso. As falhas de caráter, ainda que graves, não devem ser motivo para não continuarmos trabalhando. Por mais degenerado ou pecador que você se considere, não deve desistir. Se você não consegue deixar de ser "mau" por um lado, trabalhe outros lados de si mesmo, outros aspectos, mas não deixe de se aperfeiçoar. Suas piores fraquezas irão ceder cedo ou tarde, nesta ou em outra vida.

Os erros que cometemos na Morte são, entre outras coisas, artimanhas do Ego para sobreviver. Para permanecer vivo, o Ego nos engana. 

Lamentar-se e prender a atenção aos prejuízos ocasionados por um determinado defeito é um exemplo de erro. A lamentação não resolverá o problema, mas nos distrairá e desviará eficientemente a atenção de suas causas. Enquanto eu fico prestando atenção e pensando nos prejuízos de um ato de fornicação, por exemplo, não estou pondo cuidado em suas causas, nos fatos que o ocasionaram. Como consequência, serei incapaz de remover o problema da minha vida.

O que seria a "causa" da manifestação de um defeito? Seria aquilo que antecede e provoca a manifestação (1). Por definição, a causa é aquilo que antecede um efeito. Seria ilógico supor que a causa sucedesse ao efeito, ou seja, que o efeito antecedesse à causa. É óbvio que antes do efeito vem a causa e, no caso da manifestação de um ego, alguns fatos psicológicos ocorrem antes que o defeito venha à manifestação. Na linha do tempo, a causa vem antes e o efeito vem depois.

Sutis e leves alterações nos centros são o princípio de  manifestações violentas e as antecedem. Se as removemos, as manifestações violentas não ocorrem. Somos sacudidos por manifestações violentas porque não nos mantemos atentos às manifestações sutis, que são as leves alterações nos centros. Qualquer alteração sutil em algum centro da máquina deve ser resolvida ali mesmo onde estivermos, de imediato, sem postergação, de modo a desviar o rumo de nossas vidas, evitando as manifestações violentas posteriores. É claro que, uma vez removido o pequeno detalhe, também precisamos desviar os Indryas da situação exterior que provocou sua aparição, pois a mesma já não é mais necessária e pode fazê-lo ressurgir. Se você eliminou alguma emoção indesejável que sentia ao ver alguém, melhor é não ver mais essa pessoa dali em diante (ou pelos menos por um bom tempo, até que os novos samskaras se fixem) pois, se o fizer, poderá alimentar a emoção negativa novamente.

Portanto, as causas das manifestações do Ego apresentam dupla face, dois aspectos: um aspecto físico, exterior, correspondente às situações da vida que as evoca, e um aspecto psicológico, interior, correspondente às leves alterações nos centros, às manifestações sutis do Ego. A Morte só é possível quando, por meio da auto-observação, descobrimos as causas e as removemos. 

Quais são os fatos que antecedem a manifestação de um ego, provocando-a? São as sutis formas de pensar, sentir, falar e agir. Qualquer pensamento levemente pecaminoso, qualquer mínima atitude, por mais inocente que pareça, podem colher energia e ganhar força, tornando-se perigosos inimigos. Quando uma manifestação mínima ganha força, transforma-se em uma obsessão violenta e incontrolável. As manifestações mínimas são as causas que deveriam ser trabalhadas para que seus efeitos posteriores desastrosos fossem evitados. Ocupar o tempo com lamentações é, portanto, um erro muito comum que atrapalha a Morte do Ego. Poderíamos, porém, ir um pouco além na busca das causas e chegaríamos às situações exteriores (acontecimentos do ginásio) que provocaram tais manifestações psicológicas sutis. Se quiséssemos ir ainda mais além, teríamos que ir às dimensões superiores e ao abismo, mas não é disto que estou tratando agora. No momento, estou me referindo às causas "horizontais" de tais manifestações e as encontramos nas situações da vida às quais reagimos constantemente, na maior parte das vezes sem sequer nos darmos conta.

Um erro frequente que costumamos cometer é nos debatermos contra um desejo e reforçá-lo simultaneamente. Se me mantenho metido em situações que dão força aos desejos, não poderei me libertar dos mesmos. Não é possível enfraquecer o inimigo se o estamos reforçando ao mesmo tempo. Não poderei eliminar o que sinto por determinado objeto ou pessoa se me mantenho em constante contato com aquilo. Portanto, se quero morrer para determinado objeto ou situação, tenho que remover aquilo de minha vida. Não poderei dissolver o ódio que sinto por um inimigo se estiver constantemente me ocupando, pensando no mesmo ou vendo-o. Se realmente quero morrer psicologicamente para determinada situação, tenho que remover da minha vida o objeto que ocasiona a emoção negativa correspondente, pois é para isso que tal objeto existe! Esta é a função do ginásio psicológico: chamar nossa atenção para o que deve ser retirado de nossa vida, mostrar os elementos dos quais devemos nos desligar. Cada situação provocadora de reações negativas deve ser descoberta e removida. Manter tais situações em nossa vida, sob a desculpa de nos exercitarmos psicologicamente, equivale a manter uma relação equivocada com o ginásio psicológico. 

Muitas pessoas acreditam que devem se manter presas às adversidades da vida para que possam se desenvolver. Particularmente, considero que estão equivocadas completamente. As adversidades existem para que possamos superá-las, transcendê-las. Transcender uma adversidade é deixá-la para trás, desligar-se. Se fico prestando atenção, pensando e me ocupando com aquilo que me altera ou me perturba, estou identificado e jamais poderei me libertar. Se discuto com quem me irrita, jamais eliminarei a ira correspondente; se fico contemplando ou dialogando com a mulher que desejo, jamais eliminarei a luxúria correspondente; se fico abrindo e lendo cartas malcriadas que me escrevem, jamais dissolverei o mal estar que provocam; se fico olhando para a ameaça que me atemoriza, jamais dissolverei o temor. O motivo é simples: somos incapazes de ter contato com o objeto provocante sem nos identificarmos e sem sermos afetados.

Por outro lado, se as adversidades, os objetos provocantes, não existissem, não tomaríamos consciência da necessidade de removê-los. Portanto, as adversidades cumprem uma função em nosso trabalho espiritual, a qual consiste em serem descobertas e removidas. Obviamente, o que não existe não pode ser descoberto e nem tampouco removido. 

Vivemos e nos movemos em um universo composto por aquilo em que pensamos e no que prestamos atenção. Se nos ocuparmos e pensarmos nas adversidades, viveremos em um universo composto por adversidades. Importa, pois, deixar as adversidades para trás.

Quero enfatizar esse ponto pois me parece que são muitos os gnósticos que acreditam que irão eliminar a luxúria se continuarem olhando para as mulheres que desejam e esperam eliminar a ira ao continuarem se ocupando com os seus inimigos. Eles chegam mesmo a crer que se trata de uma necessidade para a Morte. Vejo-os como uns pobres infelizes que estão completamente equivocados. Como poderia alguém eliminar o ódio e auto-importância se ficasse remexendo as fofocas que dizem a seu respeito? Como poderia eliminar a fobia do sobrenatural alguém que fica assistindo a filmes de terror? Temos que aprender a selecionar os fatos com os quais ocupamos nossa consciência. Se você ficar contemplando garotas dançando "funk" nunca deixará de desejá-las. Temos que aprender a escolher e a selecionar criteriosamente aquilo que entra em nossa percepção. Isso, na ioga, se chama "controle dos Indryas" (sentidos). Se você abre as portas de sua percepção ao lixo, sua mente e seu psiquismo se encherão de lixo. Quem quer deixar de nutrir o Ego, tem que evitar as situações que lhe dão alimento, isto é, tem que aprender a controlar os sentidos, não abrindo suas portas ao que causa estrago. E mais: não ocupar-se com aquilo nem mesmo em pensamento. Nossos pensamentos e percepções devem ser elevados.

Porém, vocês poderiam me contestar, dizendo que existem situações negativas das quais não podemos escapar, tais como a doença, a morte, a velhice e os problemas econômicos da vida. Eu lhes responderia o seguinte: quando avançamos muito na Morte, somos capazes de desviar os pensamentos e os sentidos até mesmo de tais dificuldades. Um adepto desenvolvido seria capaz de enfrentar tais situações sem levar o pensamento ou os sentidos às mesmas. Como isso seria possível? Ocupando-os com outros elementos, mais elevados, que os anulassem. Porém, isso é para pessoas mais desenvolvidas e não para nós, meros principiantes.

Por hoje é só e espero que tenham compreendido.

(1) Não se confunda a causa aqui referida com as origens do Ego no mundo causal, ou seja, as causas que se encontram na sexta dimensão natural. Neste artigo, estou me referindo às causas detectáveis enquanto estamos neste mundo físico tridimensional. As origens causais da sexta dimensão não podem ser acessadas por pessoas comuns, enquanto que as causas aqui referidas podem ser detectadas por qualquer pessoa que preste um pouco de atenção em si mesma e em sua própria vida.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A concentração no cotidiano.

No dia a dia, quando você estiver trabalhando, caminhando, lendo, escrevendo, conversando ou fazendo qualquer outra coisa que não seja meditar, procure, na medida do possível, não pensar em nada, nem mesmo em outras coisas relacionadas ao que estiver fazendo. Ao invés de pensar em qualquer outra coisa, preste atenção no presente e perceba o que você está fazendo.

Concentre a atenção em sua tarefa no presente, se possível até o ponto de perder a noção de tudo o que não tenha nada a ver com aquilo. Procure o esquecimento total do que não esteja relacionado à realidade presente que você vivencia. Procedendo assim, você terá mais facilidade para, depois, prestar atenção no pensamento único quando se sentar ou deitar para meditar. Bastará então manter a atenção no ato de pensar no lakshya, tratando-o como mais uma tarefa real e presente.

Quando nos concentramos no que fazemos, vivenciamos o presente de forma realista e intensa, diminuindo os riscos de acidentes, por exemplo. Os acidentes estão, na maior parte das vezes, relacionados a distrações. Quem se concentra no instante presente, não está distraído.

O ato de estar presente ao que se faz inclui a percepção natural do ambiente envolvido. Partindo daí, sua consciência poderá se ampliar cada vez mais e você verá, escutará e sentirá o que ocorre à sua volta, pois não estará vivendo em um hipotético amanhã ou no que ocorreu ontem. 

Se queremos despertar consciência à nossa essência, temos que aprender a exercitá-la no cotidiano.  Então, transferimos esta prática de estar conscientes para o ato de meditar. 

Ao contrário do que todo mundo imagina, quem medita não está distraído, está plenamente lúcido e consciente em outro plano. Pode não estar com a consciência direcionada ao mundo físico exterior, mas onde quer que sua alma esteja, estará plenamente lúcida e consciente. É claro que o meditador, de olhos fechados, estará desligado do corpo físico e das percepções sensoriais externas, mas isso não significa que ele esteja distraído, que tenha perdido sua consciência e não saiba o que está fazendo. O meditador não está em eikásia, está em dharana e dhyana. Quando o meditador retorna do mundo espiritual e se levanta, está mais lúcido do que nunca, pois trouxe a lucidez consigo e a manterá.

As tarefas do cotidiano são ótimas para exercitar a consciência e a lucidez. Focando a percepção nas mesmas, vamos tornando a mente cada vez mais passiva.

sábado, 10 de novembro de 2012

The Three Principal Aspects of the Path


A CONDENSED LAMRIM BY JE TSONGKHAPA
Homage to the venerable Spiritual Guide

I shall explain to the best of my ability
The essential meaning of all the Conqueror’s teachings,
The path praised by the holy Bodhisattvas,
And the gateway for fortunate ones seeking liberation.

You who are not attached to the joys of samsara,
But strive to make your freedom and endowment meaningful,
O Fortunate Ones who apply your minds to the path that pleases the Conquerors,
Please listen with a clear mind.

Without pure renunciation there is no way to pacify
Attachment to the pleasures of samsara;
And since living beings are tightly bound by desire for samsara,
Begin by seeking renunciation.

Freedom and endowment are difficult to find, and there is no time to waste.
By acquainting your mind with this, overcome attachment to this life;
And by repeatedly contemplating actions and effects and the sufferings of samsara,
Overcome attachment to future lives.

When, through contemplating in this way, the desire for the pleasures of samsara
Does not arise, even for a moment,
But a mind longing for liberation arises throughout the day and the night,
At that time, renunciation is generated.

However, if this renunciation is not maintained
By completely pure bodhichitta,
It will not be a cause of the perfect happiness of unsurpassed enlightenment;
Therefore, the wise generate a supreme bodhichitta.

Swept along by the currents of the four powerful rivers,
Tightly bound by the chains of karma, so hard to release,
Ensnared within the iron net of self-grasping,
Completely enveloped by the pitch-black darkness of ignorance,

Taking rebirth after rebirth in boundless samsara,
And unceasingly tormented by the three sufferings
Through contemplating the state of your mothers in conditions such as these,
Generate a supreme mind [of bodhichitta].

But, even though you may be acquainted with renunciation and bodhichitta,
If you do not possess the wisdom realizing the way things are,
You will not be able to cut the root of samsara;
Therefore strive in the means for realizing dependent relationship.

Whoever negates the conceived object of self-grasping
Yet sees the infallibility of cause and effect
Of all phenomena in samsara and nirvana,
Has entered the path that pleases the Buddhas.

Dependent-related appearance is infallible
And emptiness is inexpressible;
For as long as the meaning of these two appear to be separate,
You have not yet realized Buddha’s intention.

When they arise as one, not alternating but simultaneous,
From merely seeing infallible dependent relationship,
Comes certain knowledge that destroys all grasping at objects.
At that time the analysis of view is complete.

Moreover, when the extreme of existence is dispelled by appearance,
And the extreme of non-existence is dispelled by emptiness,
And you know how emptiness is perceived as cause and effect,
You will not be captivated by extreme views.

When, in this way, you have correctly realized the essential points
Of the three principal aspects of the path,
Dear One, withdraw into solitude, generate strong effort,
And quickly accomplish the final goal.

Como identificar os causadores do estresse


Como funciona o estressepor Betty Burrows, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/como-funciona-o-stress2.htm

Todos nós nos sentimos estressados por diferentes motivos. Uma situação que faz uma pessoa querer se jogar no precipício pode ser um pequeno obstáculo ou até mesmo um grande desafio para outra. O primeiro passo na superação de seus estressores pessoais, ou indutores do estresse, é identificá-los.

Os estressores geralmente estão nas categorias relacionadas a seguir.

Os estressores emocionais, que também podem ser chamados de estressores internos, incluem medos e ansiedades (como preocupações sobre se você será demitido ou se causará uma boa impressão no primeiro encontro), assim como certas características de personalidade (como perfeccionismo, pessimismo, desconfiança ou sensação de impotência ou falta de controle sobre a vida de alguém) que podem distorcer suas idéias ou percepções em relação aos outros. Esses estressores são bastantes pessoais.

Os estressores familiares podem incluir mudanças no relacionamento com seu parceiro, problemas financeiros, adolescente rebelde ou síndrome do ninho vazio. 

Os estressores sociais surgem em nossas interações dentro de nossa comunidade pessoal. Eles podem incluir encontros, festas e discursos em público. Assim como acontece com os estressores emocionais, os estressores sociais são bastante individualizados (você pode adorar falar em público, enquanto seu colega treme só de pensar).

Os estressores de mudança são sentimentos de estresse relacionados a qualquer mudança importante em nossas vidas. Eles incluem mudar-se, arranjar um novo emprego ou outro companheiro ou ter um bebê.

Os estressores químicos são quaisquer drogas que uma pessoa usa em excesso, como álcool, nicotina, cafeína ou tranqüilizantes.

Os estressores do trabalho são causados pelas pressões de bom desempenho no local de trabalho. Eles podem incluir prazos apertados, um chefe imprevisível ou as necessidades intermináveis da família.

Os estressores de decisão envolvem o estresse causado pelas tomadas de decisões importantes, como a escolha de uma profissão ou de um companheiro.

Os estressores de fobia são aqueles causados por situações das quais você tem muito medo, como andar de avião ou estar em lugares fechados.

Os estressores físicos são situações que sobrecarregam o corpo, como trabalhar durante horas seguidas, privar-se de uma alimentação saudável ou ficar em pé o dia inteiro. Eles também podem incluir gravidez, tensão pré-menstrual ou excesso de exercícios.

Os estressores de doenças são os resultados de problemas de saúde de curto ou longo prazo. Eles podem causar o estresse (digamos, impedindo que você saia da cama), serem causados pelo estresse (como o aparecimento de herpes) ou serem agravados pelo estresse (como enxaquecas).

Os estressores de dor podem incluir dor aguda ou crônica. Assim como os estressores de doenças, os estressores de dor podem causar estresse ou serem agravados por ele.

Os estressores ambientais incluem barulho, poluição, falta de espaço ou calor ou frio excessivo.Usando a lista acima como referência, anote a categoria na qual estão os principais estressores da sua vida. Pode ser que você descubra que alguns de seus estressores estão em mais de uma categoria.

Entretanto, provavelmente existem itens na sua lista de estressores que você pode deixar de lado. Se limpar a casa inteira no seu dia de folga, toda semana, está fazendo com que você não tenha nenhum momento de lazer, talvez você possa incluir em seu orçamento uma faxineira. Se passar roupa está fazendo com que você fique até tarde acordado, mande-a para a lavanderia. Se você acha que não pode se dar ao luxo de tudo isso, tente rever seu orçamento. Lembre-se de que seu tempo também é valioso.

Diminuir a intensidade de seus estressores geralmente é mais viável do que eliminá-los por completo. Por exemplo, se você não está conseguindo se concentrar no trabalho devido ao barulho no escritório, pense na possibilidade de comprar tampões de ouvido. Se seu percurso até o trabalho faz você dirigir duas horas diariamente em trânsito intenso, tente outra opção, como transporte público ou compartilhamento de veículos, e carregue com você um jornal, um bom livro ou um CD player ou MP3 player com suas músicas favoritas.

Não há dúvida de que enfrentar os estressores é a única opção para a maioria dos itens de sua lista. Entretanto, isso não deve ser tão impossível quanto possa parecer. Existem várias técnicas para aprender a ficar calmo e lúcido sob pressão. À medida que você as domina, até mesmo os seus maiores estressores serão cada vez menos uma ameaça.

Reveja sua lista de estressores e marque E para cada item que você pode eliminar, R para cada estressor que você pode diminuir e C para cada item que você pode aprender a enfrentar. Para os itens marcados com E ou R, anote qualquer idéia que você tenha sobre como chegar a essas metas (por exemplo, mandar as roupas para a lavanderia ou comprar tampões de ouvido).

Agora que você identificou e organizou seus estressores, é hora de começar a aprender a lidar com eles. Na próxima seção, mostraremos como diminuir o estresse em sua vida.

Como diminuir o estresse


Fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/como-funciona-o-stress3.htm

Você precisará da lista de estressores que fez na página anterior para tirar proveito dos conselhos dessa página. Nessa seção, mostraremos o que fazer com os causadores que você categorizou.

A lista E 

Uma vez que tenha classificado sua lista de estressores em Es, Rs e Cs, você já está pronto para ficar ocupado. Comece separando sua lista E - a lista de estressores que você decidiu eliminar de sua vida. Olhe bem essa nova lista. Respire fundo pelo nariz e solte o ar lentamente pela boca. Se você for como a maioria das pessoas, já deve estar se sentindo melhor.

Se sua lista E for pequena, considere as seguintes formas de adicionar itens:você não consegue enfrentar seu ambiente de trabalho (ou seu chefe)? Se possível, faça uma observação para preparar seu currículo e procurar outro emprego;

a cafeína está deixando-o nervoso? Comprometa-se a diminuir gradualmente e, depois, eliminar a ingestão de chá cafeinado, café e refrigerante;


�2006 Publications International, Ltd.Se sua xícara de café da manhã lhe dá energia,pense na possibilidade de cortá-la de sua dietavocê está perdendo o sono por causa do barulho de um aeroporto recentemente inaugurado no bairro? Se já tentou usar tampões de ouvido, mas não sentiu nenhum alívio, pense em procurar um outro lugar para morar.O objetivo desse exercício é ser o mais criativo possível sem exagerar. Não há nenhum mal em demorar um pouco mais em questões que tenham um grande efeito na sua sanidade mental. O truque é calcular o impacto de seus estressores e pesar os custos para eliminá-los contra a força que eles exercem na sua saúde e no seu bem estar.

A lista R 

Como a lista E, a lista R refere-se ao controle das forças externas que freqüentemente tiram o melhor de você. Embora a lista E ofereça uma gratificação instantânea pela eliminação, literalmente, de suas preocupações, a lista R requer um pouco mais de criatividade. É uma questão de reorganização e nova priorização. É fazer com que alguns estressores inevitáveis pareçam mais suportáveis.

Aqui vão algumas técnicas da lista R testadas e comprovadas.

Invista em uma agenda de compromissos. Quando você tem muita coisa para fazer e pouquíssimo tempo, é comum se sentir sobrecarregado. Embora não acabe com seus compromissos, um diário de compromissos, uma agenda eletrônica ou um caderninho de bolso simples pode ajudar a diminuir o estresse de ter que lembrar o que você deveria fazer nos próximos 15 minutos. Para algumas pessoas, ser capaz de olhar rapidamente as prioridades do dia pode restabelecer a confiança e dar um sentido de direção e controle.

Descubra a arte menosprezada de fazer listas. Além de manter um cronograma diário, semanal e mensal, a lista pode ajudar a limpar uma mente completamente cheia. Embora algumas pessoas achem as listas um tanto constrangedoras, outras acham que elas ajudam a aliviar o esforço de tentar se lembrar de tudo ou o estresse por ter esquecido algo. 

�2006 Publications International, Ltd.Fazer listas e organizar-se podem ajudar a diminuir seu nível de estresseA idéia é tirar as preocupações de sua cabeça e colocá-las em uma lista. Não há motivo para se preocupar se vai esquecer alguma coisa quando você sabe que ela está anotada em algum lugar.

Quando tiver criado sua lista, priorize as tarefas. Se alguma tarefa parecer muito pesada ou consumir muito tempo até ser concluída, tente dividi-la em estágios ou passos "factíveis", discretos e menores que você possa realizar nos períodos de tempo disponíveis.

Se você acha útil fazer listas diárias ou semanais, experimente fazer o que os especialistas em listas fazem: mantenha duas listas - uma lista para tarefas de curto prazo, que você precisa fazer hoje ou essa semana, e outra lista de metas de longo prazo que você precisa concluir dentro do mês ou do ano. Chame a última de lista "em tempo". Ela pode incluir necessidades de manutenção da casa ou do carro, compras que precisa fazer ou tarefas que precisa concluir (como limpar a garagem). Não importa o que você anotou, desde que você acredite que, se está na lista, de algum modo você cuidará daquilo.

Procure compromissos leves. Muitas situações estressantes - mesmo aquelas que não podem ser totalmente eliminadas - podem ser amenizadas por meio de negociações. Por exemplo, se você está sofrendo porque seu chefe está fazendo com que fique no trabalho até tarde, tente elaborar um plano que atenda às necessidades de vocês dois. Sugira que você terá prazer em trabalhar até tarde uma ou duas noites por semana, desde que nos outros dias você possa ir para casa no horário. Se o rádio do vizinho o acorda todo dia às 6h da manhã, estabeleça com ele o horário do silêncio e o horário do barulho. Você não está se livrando desses estressores, mas sim reduzindo sua força.

Reorganize sua vida. Assim que começar a fazer uma programação e uma lista, consulte-as antes de iniciar seu dia. Tente imaginar onde você pode combinar tarefas para reduzir a quantidade de energia necessária para concluí-las. Veja se consegue adiar alguns itens até o final de semana, quando terá mais tempo disponível para se encarregar dos serviços. Coordene as tarefas, de modo que possa realizar mais coisas ao mesmo tempo (como deixar a roupa na lavanderia no caminho para o trabalho e pagar as contas enquanto a panela está no fogo). 

Pense em cada hora que você se organiza como uma hora que você terá para relaxar. Se você se organizar o suficiente, talvez pare de se sentir como se estivesse sendo esmagado por suas muitas responsabilidades.

Mude suas prioridades. Sempre que achar que está ficando realmente sobrecarregado, tire cinco minutos e classifique os itens da lista por ordem de importância. Então, continue de cima para baixo. Mesmo que você não consiga concluir todas, pelo menos poderá ficar despreocupado por ter lidado com as mais importantes. 

Se sua lista de tarefas diárias está passando para a página seguinte, faça o exercício de classificação descrito acima e desenhe uma linha de separação. Passe tudo que está abaixo da linha para o dia seguinte. E não entre em pânico: seu mundo não acabará só porque alguma tarefa ficou para o outro dia. 

Solte as rédeas. Tentar ser perfeito pode contribuir muito para seu nível de estresse. Se você acha que tudo que fizer terá que ser perfeito, saiba que sofrerá muita pressão. Essas dicas podem ajudá-lo a diminuir seu perfeccionismo:

Experimente a técnica "que importância tem isso?". Quando você estiver estressado porque a casa está desarrumada ou porque está atrasado para um compromisso, pergunte-se que importância terá se você adiar a limpeza ou chegar 10 minutos atrasado. Elimine de sua cabeça os piores cenários possíveis (sua sogra aparecendo de surpresa e achando que você é uma péssima dona de casa ou sua companhia do almoço deixando o restaurante antes de você chegar). 

Às vezes, realmente, pode ser importante que você faça as coisas com perfeição. No entanto, muitas vezes, conseguirá se convencer de que o mundo compreenderá que você é um ser humano. A última atitude mais bondosa pode ajudar a diminuir significativamente seu nível de estresse.

Delegue tarefas. Muitas pessoas vivem seguindo o lema "se quer bem feito, faça você mesmo". Essa atitude pode sobrecarregá-lo com um volume excessivo de trabalho.

2006 Publications International, Ltd.Aprender a esquecer as responsabilidades pode fazê-lo relaxarUsando a técnica "que importância tem isso", pergunte-se como seria a pior situação possível se você delegasse uma tarefa a alguém que a fizesse muito mal, ou, na pior das hipóteses, não a fizesse. Então, tente imaginar um cenário mais realista em que, talvez, a pessoa tenha concluído a tarefa, mesmo que não tenha sido com a mesma perfeição que se fosse você quem tivesse feito. 

Ao delegar tarefas, determine passos para reduzir possíveis erros, determinando claramente suas expectativas e encontrando maneiras de ajudá-lo a confiar para seguir suas instruções. 

Pratique a imperfeição. Não estamos sugerindo que você, intencionalmente, cometa erros em projetos importantes, mas que simplesmente você relaxe uma vez. Por exemplo, quando estiver cansado, deixe os pratos para o dia seguinte e vá para a cama. Quando estiver realmente sobrecarregado, remarque um compromisso ou tente estabelecer outro prazo. A redução de seu nível de estresse o torna ainda mais produtivo quando você tem a chance de cuidar do que adiou.

Reserve um tempo para "você". O estresse é um forte sinal do seu subconsciente de que alguma coisa está errada na sua vida. Por alguma razão, suas necessidades não estão sendo atendidas. Certamente, você está dedicando mais tempo ao trabalho, satisfazendo mais as necessidades de outras pessoas ou lidando com uma situação problemática (como a perda do emprego ou uma separação), do que cuidando de você mesmo. Mesmo que você tenha que se sobrecarregar por um certo período, é importante reservar um espaço na sua agenda ocupada para você.

Aqui vão algumas dicas para ter tempo suficiente para "você":

Faça uma pausa para o almoço. Mesmo que você tenha um trabalho muito exigente, esforce-se para fazer uma pausa ao meio-dia, mesmo que seja por apenas 20 minutos. Use o tempo para caminhar, recompor-se, respirar fundo e relaxar. Você ficará surpreso ao perceber como uma pausa faz bem.

Não comprometa todo seu dia. Reserve uma hora não programada todo dia da semana e duas (ou mais) horas nos finais de semana. Faça disso uma regra e viva por ela. Todo mundo precisa de um pouco de descanso.

Durante a sua hora, não pague contas, lave pratos, nem separe as correspondências. Tire o telefone do gancho. Use seu tempo para fazer atividades relaxantes: tome um banho, deite-se, medite, leia um livro ou assista a TV. Se seu corpo precisar, use esse tempo para uma atividade saudável, como uma caminhada rápida ou jardinagem.

Vá para a cama cedo. Se no final do dia você achar que ainda há muito para fazer, finja que seu dia terminou e vá se deitar. Quando estiver sozinho, leia um bom livro ou ouça a músicas relaxantes com fones de ouvido. E não se sinta culpado. Esse comportamento é perfeitamente saudável.

Coloque seus sentimentos no papel. Ter um diário de seus sentimentos pode ser uma maneira saudável de desabafar. Também pode servir como um "barômetro" de estresse eficaz, permitindo que você calcule a pressão sob a qual está e que efeito isso está tendo em você. Aqui vão algumas orientações para manter um diário de estresse:pegue folhas em branco. Não compre aquelas com data na parte superior de cada página. Ao contrário, compre um caderno em branco. Dessa forma, se você deixar de escrever alguns dias, não se sentirá culpado. Seu caderno não precisa ser caro. Serve até um caderno espiral de escola;

respire fundo antes de mergulhar no papel. Antes de começar a escrever, feche os olhos por alguns minutos, tentando ficar em contato com todas as sensações que você tem naquele momento. Você está irritado? Cansado? Sobrecarregado? Relaxado? Triste? Feliz? Abra os olhos e escreva todos os sentimentos que vieram à mente;

descreva os acontecimentos do dia. Escreva sobre o que está levando você a ter os sentimentos que está tendo agora. Isso pode ajudá-lo a compreender algumas das razões que o deixam estressado;

liste quaisquer preocupações que tiver na parte de trás da sua mente. Nem sempre temos consciência do que está nos incomodando. Colocar no papel pode fazê-lo entender mais claramente;

tente escrever uma mensagem de encorajamento a você mesmo. Escrever para você como se estivesse escrevendo a um amigo que precisa de ânimo pode ser uma maneira eficaz de dar a si mesmo o apoio e o cuidado de que está precisando;

faça desenhos. Às vezes, as palavras podem não ser adequadas para expressar o que está sentindo. Nessas horas, ilustrar seus sentimentos pode ser mais fácil e útil;

deixe fluir. Quando se sentir mentalmente bloqueado, experimente um exercício usado em psicologia: simplesmente escreva o que vier à mente, mesmo que não pareça ter origem ou que faça pouco sentido. Omita totalmente a pontuação, se isso melhorar o fluxo de seus pensamentos. Não pare para se corrigir. Apenas deixe que um pensamento flua livremente do outro. Quando não tiver mais força, volte e leia o que escreveu. Você pode ficar surpreso ao descobrir previamente dicas escondidas de seu estado emocional;

reescreva a realidade. Se uma situação o deixou frustrado ou irritado durante o dia, escreva como ela aconteceu. Então, tente reescrevê-la com um novo final, a forma como você gostaria que tivesse acontecido;

não permita que escrever no diário se torne uma outra tarefa. Se começar a achar que escrever no diário é só mais uma tarefa que você precisa fazer antes de dormir, tente outro caminho. Procure enxergar seu diário como uma forma positiva de relaxar do estresse do dia.Aprenda a relaxar. Uma maneira de diminuir os efeitos prejudiciais do estresse é aprender a relaxar, seja imaginando uma cena calma, se entretendo com o passatempo favorito ou fazendo um exercício de relaxamento. Quando aprender uma técnica que funcione em você, poderá usá-la antes de um acontecimento estressante. Entretanto, para ter mais benefícios, reserve pelo menos alguns minutos por dia para que sua mente e seu corpo se soltem.

�2006 Publications International, Ltd.Imaginar uma paisagem bonita ou calma pode ajudá-lo a relaxar quando estiver em uma situação estressanteOs exercícios de relaxamento que liberam a tensão muscular podem ajudar bastante a enfrentar o estresse. Para fazê-los, você precisa sentar ou deitar em um lugar calmo e confortável, onde não será incomodado. Afrouxe qualquer roupa apertada e tire as jóias que estiverem desconfortáveis.

Seu objetivo é contrair e relaxar os grupos de músculos em seqüência, da cabeça aos dedos dos pés. A contração dos músculos aumenta sua consciência de como é a tensão armazenada. O relaxamento dos músculos, na verdade, faz com que você sinta diferença entre estar tenso e estar solto.

Comece com os músculos de sua testa. Tensione-os enrugando a testa; permaneça dessa maneira por cinco segundos; solte a tensão. Imagine uma onda de banho relaxante pelos músculos. Respire fundo, solte o ar, permitindo que os músculos relaxem ainda mais.

Continue o processo com os músculos dos olhos, fechando-os firmemente. Trabalhe todos os grupos de músculos do corpo, incluindo os dos dedos dos pés. Após terminar, deite por um minuto ou dois para aproveitar essa sensação de relaxamento.

Embora todo mundo tenha que lidar com um certo grau de estresse, o estresse prolongado pode ter efeitos negativos na saúde. Entretanto, se você seguir nossos passos simples, será capaz de tornar sua vida mais tranqüila.

Publications International, Ltd.

Ph.D. Betty Burrows: A dra. Betty Burrows recebeu seu douturado em psicologia clínica pela DePaul University in Chicago, onde coordena o programa de aconselhamento. Ela também mantém um atendimento privado especializado em controle do estresse e questões relacionadas.

Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Nem os editores de Consumer Guide (R), Publications International, Ltd., nem o autor e nem a editora se responsabilizam por quaisquer conseqüências possíveis oriundas de qualquer tratamento, procedimento, exercício, modificação alimentar, ação ou aplicação de medicação resultante da leitura ou aplicação das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui prática de medicina, e elas não substituem a orientação de seu médico ou de outros profissionais da área médica. Antes de se submeter a qualquer tratamento, o leitor deve procurar atendimento médico ou de outro profissional da área da saúde.

Concentração - por Sri Swami Sivananda

Fonte: http://www.be8.com/profiles/blogs/concentration-part1-by-1

Parte-1 concentração por Sri.Swami Sivananda


Queridos todos,

Se você concentrar os raios do sol através de uma lente, poderá queimar um algodão ou um pedaço de papel, mas os raios espalhados não podem realizar este ato. Se você quer falar com um homem à distância, você faz um funil com a mão e fala. As ondas sonoras são coletadas em um ponto e depois direcionados para o homem. Ele pode ouvir o seu discurso de forma muito clara. A água é convertida em vapor e o vapor é concentrado em um ponto. A locomotiva se move. Todos estes são exemplos de ondas concentradas. Da mesma maneira, se você coletar os raios dissipados da mente e concentrá-los em um ponto, você terá concentração maravilhosa. A mente concentrada servirá como um holofote potente para descobrir os tesouros da alma e alcançar a riqueza suprema do Atman (o Ser), a felicidade eterna, a imortalidade e alegria perene.

O Raja Yoga real começa a partir de concentração. Concentração se funde na meditação. Concentração é uma parte de meditação.

A meditação segue a concentração. O Samadhi (erstado super consciente) segue a meditação. O estado Jivanmukti (ser liberto) segue a realização do Nirvikalpa Samadhi, o qual é livre de todos os pensamentos da dualidade.  Jivanmukti leva à emancipação da roda de nascimento e morte. Portanto, a concentração é a primeira e mais importante de todas as coisas que um aspirante espiritual deve adquirir no caminho espiritual.

Você nasceu para concentrar a mente em Deus, após coletar os raios mentais dispersos em vários objetos. Esse é o seu importante dever. Você esquece o dever em razão da paixão (Moha) pela família, filhos, dinheiro, poder, posição, respeito, nome e fama.

A concentração da mente em Deus, depois da purificação, pode lhe dar felicidade e conhecimento verdadeiros. Você nasceu apenas para esse fim. Você é levado aos objetos externos através do apego e do amor apaixonado.


                                        O QUE É A CONCENTRAÇÃO?

Uma vez um erudito em sânscrito aproximou-se de Kabir e lhe perguntou: "Ó Kabir, o que você está fazendo agora?". Kabir respondeu: "Ó Pundit, estou destacando a mente dos objetos mundanos e anexando-a aos pés de lótus do Senhor". Esta é a concentração.

Concentração ou Dharana é centrar a mente em um pensamento único.  Os vedantinos tentar fixar a mente no Atman. Esta é a sua concentração (Dharana). Hatha yogues e Raja yogues concentram sua mente nos seis Chakras (centros de energia). Devotos (Bhaktas) concentram-se em sua divindade tutelar. A concentração é uma grande necessidade para todos os aspirantes.

Durante a concentração, os vários raios da mente são coletados e focalizados sobre o objeto de concentração. Não haverá jogo da mente. Uma idéia ocupa a mente. Toda a energia da mente está concentrada naquela idéia única. Os sentidos se tornam quietos. Eles não funcionam. Quando há concentração profunda, não há consciência do corpo e dos arredores.

Quando você estuda um livro com profundo interesse, você não ouve se um homem grita e te chama pelo seu nome. Você não vê uma pessoa quando ela está na sua frente. Você não sente o cheiro da doce fragrância das flores que colocadas sobre a mesa ao seu lado. Esta é a concentração ou unidirecionalidade da mente. A mente está fixa firmemente em uma coisa. Você deve ter uma concentração profunda assim, quando pensar em Deus ou no Atman.

Todo mundo possui alguma habilidade para se concentrar. Todo mundo se concentra em certa medida, quando lê um livro, quando escreve uma carta, quando joga tênis e, de fato, quando faz qualquer tipo de trabalho. Mas, para fins espirituais, a concentração deve ser desenvolvida a um grau infinito.

Há grande concentração quando você joga cartas ou xadrez, mas a mente não está preenchida com pensamentos puros e divinos. Os conteúdos mentais são de natureza indesejável. Você dificilmente poderá experimentar a emoção divina, o êxtase e a elevação quando a mente estiver cheia de pensamentos impuros. Cada objeto tem suas próprias associações mentais. Você terá que encher a mente com pensamentos sublimes, espirituais. Só então a mente será expurgada de todos os pensamentos mundanos.

A imagem do Senhor Jesus, Buda ou do Senhor Krishna está associada com idéias sublimes, ativadores da alma; xadrez e cartas estão associados às idéias de jogos de azar, enganações e assim por diante.

! Continuará!


Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare

sábado, 3 de novembro de 2012

O Mantra dos Invencíveis


(Conferência proferida pelo V.M. Samael Aun Weor)


"O mantra que vou lhes dar é muito simples:

Gate, gate, paragate, parassamgate, bodhi suaha.

Este mantra pronuncia-se assim:

Gaaateee... Gaaateee... Paaaraaagaaateee...

Parassssamgaaateee... Booodhiii-suaaahaaa...

Em nossos corações tem de ficar gravado. Este mantra é pronunciado suavemente, profundamente, e no coração. Pode também ser usado como verbo silencioso, porque há dois tipos de verbo, o verbo articulado e o verbo silencioso.

O verbo silencioso é poderoso. 

Este mantra abre o Olho de Dagma. Este mantra, profundo, um dia os levará a experimentar o Vazio Iluminador, na ausência do Ego. 

Então saberão o que é o Sunyata, então vocês entenderão o que é o Prajñaparamita.

Perseverança é o que se necessita, com este mantra vocês poderão chegar muito longe. Convém experimentar a Grande Realidade alguma vez, isso nos enche de ânimo para lutar contra nós mesmos.

Esta é a vantagem do Sunyata, esta é a maior vantagem que existe com relação à experiência do Real.

E para aproveitar a meditação e o mantra devidamente, vamos entrar por um momento em meditação com o mantra. Portanto, rogo a todos os irmãos entrar em meditação. Relaxamos o corpo completamente e depois nos entregamos totalmente a nosso Deus Interior Profundo, sem pensar em nada, unicamente recitando o mantra completo, com a mente e o coração. A meditação deve ser profunda, muito profunda, os olhos fechados, o corpo relaxado, completamente entregues a nosso Deus interior. Não se deve admitir nenhum pensamento nestes instantes, a entrega a nosso Deus deve ser total, somente o mantra deve ressoar em nossos corações. Apaguem as luzes, relaxem o corpo. Relaxamento completo e entrega total a nosso Deus Interior Profundo. Não pensem em nada, por nada, por nada...

Recitarei o mantra, eu o repetirei muitas vezes para que não se esqueçam:

Gaaateee... Gaaateee... Paaaraaagaaateee...

Parassamgaaateee... Booodhiii-suaaahaaa...

Continuem repetindo em seus corações, não pensem em nada...

Entreguemo-nos a nosso Deus...

Sintam-se como um cadáver, como um defunto...

Observem como as pessoas que se dizem intelectuais são cheias de estranhas manias, alguns deixam o cabelo desalinhado, se coçam espantosamente, fazem mil palhaçadas; claro, é produto de uma mente mais ou menos deteriorada, destruída pelo batalhar das antíteses.

Se a todo conceito colocamos uma objeção, nossa mente termina brigando sozinha. Como conseqüência, vêm as enfermidades ao cérebro, as anomalias psicológicas, os estados depressivos da mente, o nervosismo, que destroem órgãos muito delicados como o fígado, o pâncreas, o baço etc. Mas se nós aprendemos a não ficar fazendo objeções, e deixar que cada qual pense como quiser, que diga o que quiser, terminarão as lutas dentro do intelecto e em seu lugar virá uma Paz verdadeira.

A mente das pobres pessoas briga o tempo todo. Briga consigo mesma espantosamente, e isso nos conduz por um caminho muito perigoso, que leva a enfermidades do cérebro e de todos os órgãos, destruição da mente, porque muitas células são queimadas inutilmente.

Há que viver em santa paz, sem fazer objeções, que cada qual diga o que quiser e pense o que quiser. Nós não devemos fazer objeções, assim andaremos como deve ser, conscientemente.

Temos de aprender a viver. Infelizmente, não sabemos viver, estamos metidos dentro da Lei do Pêndulo. Mas reconheço aqui, conversando com vocês, que não é coisa fácil não colocar objeções.

Saímos daqui, pegamos nosso carrinho e logo adiante alguém vem e nos dá uma fechada. Se não dizemos nada, pelo menos tocamos a buzina em sinal de protesto. Ainda que seja buzinando, protestamos.

Se alguém nos diz algo, em um momento que abandonamos a guarda, é certo que protestamos, fazendo objeções. É muito difícil, espantosamente difícil, não fazer objeções. No mundo oriental já se refletiu muito sobre este assunto, e também no mundo ocidental. Eu creio que há vezes em que é necessário apelar a um poder superior a nós mesmos, se é que queremos liberar-nos desta questão das objeções.

Em certa ocasião, lá pelas terras do mundo oriental, um monge budista ia caminhando, em um inverso espantoso, cheio de gelo e de neve, de animais selvagens. Claro que isto proporcionava sofrimentos ao pobre monge, que, naturalmente, protestava e colocava objeções.

Mas o pobre teve sorte. Quando estava quase desmaiando, lhe apareceu em meditação Amitaba (Amitaba em verdade é o Deus Interno de Gautama, o Buda Sakyamuni) e lhe entregou um mantra para que pudesse manter-se forte e não fazer objeções, uma ajuda para que ele não ficasse protestando toda hora, contra si mesmo, contra a neve, contra o mundo.

Esse mantra é utilíssimo, vou vocalizar bem para que vocês o guardem na memória e para que fique também gravado nas fitas que vocês trazem em seus gravadores:

Gaaatteee... Gaaatteee... Gaaatteee...

É melhor soletrar: G - A - T - E. Entendo que este mantra permitiu àquele monge budista abrir o Olho de Dagma, e isso é interessante, se relaciona com a iluminação interior profunda e com o Vazio Iluminador...

Houve necessidade dessa ajuda, porque não é tão fácil deixar de colocar objeções. Um momento em que a pessoa se descuida da guarda, já está colocando objeções a tudo, à vida, ao dinheiro, à inflação, ao frio, ao calor etc. Muitos protestam porque está fazendo frio, ou porque está fazendo calor, protestam porque não têm dinheiro, protestam porque um mosquito lhes picou, protestam por tudo.

Em realidade e de verdade, quando alguém vive fazendo objeções, se prejudica horrivelmente, porque o que ganha por um lado dissolvendo o Ego, está perdendo por outro lado, com as objeções. Se alguém está lutando por não sentir ira, mas está fazendo objeções, pois o demônio da ira volta a tomar força. Se está lutando terrivelmente para eliminar o demônio do orgulho, se coloca objeções à má situação, a isto ou aquilo, volta a fortalecer esse demônio. Se está fazendo um esforço para acabar com a abominável luxúria, mas se em um dado instante coloca objeções, "porque a mulher não quer Ter relações sexuais com ele", ou a mulher, "porque o homem não a procura", e cinqüenta mil objeções deste tipo, pois está fortalecendo o demônio da luxúria.

Assim, se de um lado estamos lutando por eliminar os agregados psíquicos e por outro os estamos fortalecendo, simplesmente estancamos. Portanto, se vocês querem, em realidade e de verdade, eliminar os agregados psíquicos, têm de acabar com essa questão das Objeções. Se não procedem assim, se estancam inevitavelmente, não vão progredir de maneira alguma. Quero que compreendam isto de uma vez."

Concentração: contentar-se com a simplicidade


Quando você (ou eu ou qualquer um de nós, mas vamos usar o "você" agora) estiver tentando se concentrar, não busque nada além de simplesmente perceber e pensar no objeto. Não busque manifestações extraordinárias, experiências espantosas. Não force nada em nenhum sentido, simplesmente se contente em estar ali. O simples fato de estar percebendo o lakshya já é uma concentração. 

Não se pergunte: "Será que 'ainda' ou 'já' estou concentrado?" Tal pergunta conduz a mente a analisar e a pensar fora do lakshya. Essa é uma má dúvida (existem as dúvidas boas e as más). Não tema o desvio da mente e não fique checando se você já se desviou ou não. Entregue-se ao seu Deus e confie. Não tema o fracasso na prática, tal temor leva a mente a pensar fora do tema. Deixe que as coisas aconteçam.

Durante a prática, a mente tende a criar problemas e obstáculos. Checar é um obstáculo, ficar esperando acontecimentos espantosos é outro, criar idéias falsas e tentar encaixar a concentração nas mesmas é outro.

Para a correta prática, é necessário saber apenas isso: concentrar-se em algo é pensar e perceber aquilo, nada mais.

Não faça esforços inúteis para "aprofundar" ou "concentrar-se mais". Saiba que o aprofundamento ocorrerá por si mesmo com o simples ato de ocupar a mente e a atenção com o lakshya. Descomplique e simplifique a prática ao máximo.

Se você pensa ou percebe conscientemente algo por apenas alguns segundos, esses poucos segundos são o princípio de sua concentração. A breve concentração foi verdadeira, embora curta. Só o que você precisa é prolongá-la. Para prolongá-la, você precisa somente compreender bem a qualidade deste estado e mantê-lo. O prolongamento promoverá naturalmente o aprofundamento. 

Se algo estiver sequestrando teimosamente sua atenção e seus pensamentos¹ não perca tempo lutando com eles e nem fique tentando imaginar mil formas de se livrar. Simplesmente se ocupe conscientemente com o lakshya escolhido. Caso sua consciência "se apague" e você o perca por alguns instantes, não desanime, retome e continue. Faça isso quantas vezes forem necessárias. Se você se distrair mil vezes, retorne ao objeto mil vezes, caso se distraia dez mil, retorne dez mil vezes. 

Mantenha o frescor dos instantes iniciais durante toda a prática. Não fique tenso, preocupado em ter sucesso. Abra mão até mesmo do sucesso. O sucesso na prática é também uma forma de desviar a mente do lakshya.

Nota:

1.  Sintomas de doenças ou problemas graves, por exemplo, podem fazer isso. O sequestro ocorre devido a uma supervalorização involuntária do fato. O fato passa a exercer um poder despótico e violento sobre a pessoa, que se mantém presa ao mesmo, não conseguindo deixar de pensar ou de prestar atenção naquilo. Por mais que queira, a consciência não consegue direcionar a atenção para outras coisas. Esse é um problema para concentração porque aquilo em que pensamos e com o que nos ocupamos tende a se ampliar em nosso campo de consciência e a ser percebido de forma cada vez mais intensa. O sequestro da consciência é um processo hipnótico e pode ser revertido mediante o emprego crescente da atenção em um objeto distinto e também por meio do trabalho de morte dos eus que supervalorizam o fato hipnótico.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mentiras sobre a Gnosis e os Veneráveis Mestres Samael e Rabolú


Atenção

Movi este texto para cá mas deixei em aberto o antigo post para esclarecimento de perguntas. Se você tem alguma dúvida, pode postá-la aqui:

http://dwere.blogspot.com.br/2011/04/mentiras-sobre-gnosis-samael-e-rabolu.html?showComment=1351087842953#c5541548789053862587


Obrigado.

Peço aos leitores para que traduzam este post para outras línguas e o publiquem onde quiserem.

"Samael foi adúltero, pois praticou magia sexual simultaneamente com sua esposa e com a mulher chamada Anjo Filadelfia"

Mentira. Quando Samael trocou de mulher, já fazia oito anos que não tinha contato sexual com sua esposa. Para uma relação ser qualificada como adultério, o período de abstinência sexual necessita ser de, no máximo, um ano. Se o período for maior, não se qualifica como adultério e sim como uma nova relação. E Samael já estava sem realizar a prática sexual há oito anos.
É óbvio que, após toda uma vida conjugal com Dona Arnolda, o V.M. Samael lhe devia muita consideração e tinha para com ela obrigações morais, motivo pelo qual não poderia simplesmente abandoná-la e ir embora. Isso estaria contra tudo o que ele pregou. O V.M. Samael continuou dando-lhe assistência e apoio familiar, somente isso.
Os falsos discípulos que saíram acusando-o de adúltero depois deste incidente não passam de fanáticos que não entendem de leis esotéricas. Esses fanáticos deram inúmeros depoimentos públicos com a intenção de denegrir a imagem do Mestre e se alinharam com os detratores.

"Depoimentos desfavoráveis de ex-discípulos do Movimento Gnóstico são uma fonte confiável para se saber o que é a Gnosis"

Mentira. Depoimentos desfavoráveis de pessoas que pertenceram a uma instituição normalmente são motivados por rixas pessoais e nada significam, a menos que o acusador apresente provas incontestáveis. O mero depoimento de um ex-discípulo ou ex-integrante não é prova incontestável de nada.

"Samael Aun Weor vivia se auto-elogiando em suas obras"

Mentira! O que acontece é que seu bodhisattwa louvava o Ser Interior. O Íntimo de todo ser humano é um mestre e merece louvor, pois é Deus dentro do homem. Não há nada demais em louvar a Deus, que é onipresente e está dentro do homem, dos animais, das plantas e em toda a criação.
Qualquer alma que se desprenda da mediocridade por alguns momentos e se fusione com seu Íntimo experimentará o estado divino e se converterá no Esplendor dos Esplendores, em um Dragão de Sabedoria, podendo dar testemunho disto quando retornar. E não haverá presunção alguma em tal testemunho pois reconhecer e atestar a Grandeza de Deus é prova de humildade e não de arrogância, orgulho ou petulância. Louvar a Grandeza de Deus dentro de você não é convencimento, pois você não estará louvando a si mesmo e nem a seu Ego, mas sim ao Espírito Divino do qual você faz parte e é tão somente uma fagulha.
Quando o bodhisattwa Victor enaltece Samael, não está se auto-elogiando, como supõem os ignorantes que desconhecem a constituição interna do Homem, está louvando, venerando e enaltecendo o Poder Maior que o considerou digno de ser Seu instrumento de expressão. Entenderam, difamadores?

"Cristo é o demiurgo criador do mundo físico que os gnósticos dos primeiros séculos combatiam"

Mentira! Se isso é assim, então porque Ele mesmo é enaltecido nos evangelhos gnósticos de Tomé, Felipe, Maria Madalena, Pistis Sophia e muitos outros? Estudem antes de blasfemar, seus ignorantes.

"A gnosis samaeliana adora o demiurgo que os antigos gnósticos dos primeiros séculos combatiam"

Mentira! O demiurgo que os gnósticos antigos combatiam é um símbolo dos poderes fascinantes deste mundo, o qual Pistis Sophia deve vencer para alcançar seu regresso para a Luz, através dos diversos Eons. Esse demiurgo não é nenhuma entidade pessoal e sim a própria matéria física, por isso é que os apócrifos gnósticos dizem que ele é o criador deste mundo (o mundo físico ou material). Ele não tem nada a ver com o Absoluto, que é o Demiurgo Maior e criador de todos os Eons (que Samael chama de "Grande Arquiteto do Universo").
Saibam, ó ignorantes, que a palavra Demiurgo significa "produtor ou criador", aquele que faz alguma coisa acontecer. É uma palavra genérica e ampla que não possui em si mesma o significado intrínseco de "criador disto ou daquilo".

"O termo demiurgo provém do latim demiurgus, e este por sua vez do grego δημιουργός (dēmiourgós), literalmente "o que produz para o povo", e foi originalmente um termo comum que designava qualquer trabalhador cujo ofício se faz de uso público: artistas, artesãos, médicos, mensageiros, advinhos etc, e no século V a.C. passou a designar certos magistrados ou funcionários eleitos.Platão o utilizou em seu diálogo Timeu, uma exposição sobre cosmologia escrita por volta de 360 a.C., onde o Demiurgo figura como o agente que, embora não seja o criador da realidade, organiza e modela a matéria caótica preexistente de acordo com modelos perfeitos e eternos." (Wikipédia, fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Demiurgo).

Qualquer criador de qualquer coisa pode ser chamado de demiurgo e não somente um criador de mundos. Os ignorantes difamadores da Gnosis não sabem disso, desconhecem o significado desta palavra e, ao verem o V.M.S. usá-la, imediatamente concluíram que ele estava se referindo ao criador deste Eon e não ao criador maior de todos os Eons. Em nenhum momento o Mestre Samael diz que devemos ficar rendendo culto aos poderes fascinatórios deste mundo físico, muito pelo contrário: a morte do Ego é a libertação da alma das correntes deste mundo.
Nem na gnosis samaeliana e nem na gnosis dos livros apócrifos dos primeiros séculos a palavra "demiurgo" é usada em sentido antropomórfico, como imaginam os desconhecedores.
É claro que o Verdadeiro Deus Inefável, que envia o Christos para salvar Pistis Sophia, é também um criador e, portanto, um demiurgo divino.

"Todos os livros dos antigos hebreus e gnósticos mencionam Samael como um demônio"

Mentira! Se, por um lado há textos que afirmam isso, por outro lado há também textos da antiguidade que afirmam o contrário e dizem que Samael é um anjo exaltado, habitante do sétimo céu, líder do quinto céu, o "quinto anjo dos sete", guardião de Esaú etc.
Portanto, na literatura antiga, Samael aparece ora como uma hierarquia celeste elevada e ora como um demônio.
O motivo dessa aparente contradição são os processos de ascensão, queda e descida pelos quais esse Ser Divino passou. Quando um mestre cria seus veículos solares e cai, recria o Ego e adquire um duplo centro de gravidade, o que é horrível e doloroso. O V.M. Samael levantou-se e caiu três vezes em passados remotos, por isso as mitologias dos antigos o retratam de forma contraditória.

Aqui vai um artigo sobre o Samael mitológico, bem esclarecedor:


Não se deixem enganar pelos mentirosos e difamadores.

"Samael é homofóbico"

Mentira! Se ele fosse homofóbico, não criticaria também a degeneração heterossexual e nem desejaria que os homossexuais praticassem a magia sexual com pessoas do sexo oposto, como ele explica em "A Doutrina do Super-Homem".
Samael critica todas as práticas sexuais que assinalem degeneração, sejam práticas homossexuais ou heterossexuais. Há nos seus livros extensas críticas aos Don Juans, adúlteros, masturbadores e celibatários. Na visão samaeliana, toda pessoa que não pratique magia sexual branca é sexualmente degenerada, excetuando-se as crianças, que ainda não possuem sexualidade desenvolvida. Não há, portanto, críticas exclusivas aos homossexuais.
Acrescente-se ainda que, para o V.M. Samael, as crianças hermafroditas que nascem de vez em quando são o protótipo da raça futura e não deveriam de modo algum serem submetidas a cirurgias para "correção" de sexo. 

"Samael copiou os rituais de Aleister Crowley, pois Crowley veio antes dele"

Mentira! O fato de existirem alguns pontos de semelhança entre dois rituais não significa que um tenha sido copiado do outro, assim como o fato de duas pessoas terem pensamentos parecidos não significa que outras mil pessoas não tenham os mesmos pensamentos e nem que uma tenha roubado o pensamento da outra.
Os rituais da Igreja Gnóstica são praticados desde tempos imemoriais nos mundos superiores e não foram inventados por ninguém, são ritos da natureza, que refletem a inteligência solar. Se Crowley aprendeu tais ritos e depois os aplicou, com significados invertidos, em suas práticas imundas de magia negra, a culpa é toda dele e não dos verdadeiros mestres da Loja Branca. Nem Samael e nem Huiracocha podem ser responsabilizados pela demência de um mago negro, seja Crowley ou Papus, que se meta em estudos esotéricos para aprender ritos e depois os profane e os inverta, como faziam certos padres diabólicos da Idade Média com os ritos da Igreja Católica.

"Samael ensina a repressão sexual"

Mentira! Ele ensina justamente o contrário: como desenvolver a sexualidade de forma positiva e superior. A morte do ego conduz a uma visão completamente realista e natural do sexo, ao contrário da visão do luxurioso e do recalcado, que são completamente artificiais. O luxurioso é desesperado por sexo e o considera o objeto central de sua vida, o recalcado tem horror ao sexo e o considera um pecado terrível. Comumente, as pessoas costumam oscilar entre as duas visões nefastas de sexualidade.

"Samael é nazista, pois escreveu um livro intitulado 'A Doutrina do Super Homem' "

Mentira! Deixem de ser ignorantes: a idéia do super homem é muito anterior a Hitler, existe nas culturas antigas. Todo mito do herói é o mito do super homem.

"Samael era vigarista, pois há pessoas que usam seu nome para ganhar dinheiro"

Mentira! Se uma pessoa é culpada porque outra usa seu nome para enganar os outros, então VOCÊ, que pensa de tal maneira, deveria ir para a cadeia caso alguém usasse o seu nome para cometer crimes, enganar os outros etc, sem que você soubesse disso.
Um mestre não tem culpa se alguns idiotas se dizem seus discípulos e exploram a humanidade. Os culpados são os exploradores.
Nenhum discípulo autêntico do V.M.S. é vigarista. Os vigaristas são ex-discípulos, desviados, ou então pessoas que nunca pertenceram ao discipulado autêntico mas que se intrometeram nos círculos gnósticos. A doutrina samaeliana é "anti-vigarice", basta ler seus livros.

"Os gnósticos não permitem questionamentos"

Mentira! Os estudos gnósticos priorizam os questionamentos, tanto que o estudo é feito sob a forma de conferências com perguntas ao final, aproximando-se o estudo do método socrático. O que não se permite nos grupos é o caos dialógico, tão apreciado pelos sofistas, pois buscamos o esclarecimento e não a confusão. Se você não gosta de diálogos organizados e nem de inquirição metódica, vá procurar um círculo em que as pessoas gostem de discutir de forma desorganizada. Não somos bêbados e nem fofoqueiras de esquina, que tagarelam sem objetivo e sobre futilidades. Nossos estudos não são conversa de boteco.
A gnosis não é afeita a debates, discussões e polêmicas, pois nossa meta não é a confusão.

"Samael plagiou Gurdieff, Blavatsky e outros autores ocultistas"

Mentira! O que existem são erros técnicos nos seus livros (paráfrases e frases de outros autores citadas sem recurso a normas técnicas), que seriam facilmente corrigidas simplesmente acrescentando-se aspas. Tais erros técnicos não foram corrigidos pelos revisores e editores e, para piorar, seguidores fanáticos do Mestre não permitem que se corrija até hoje (o que prova que o fanatismo é uma praga). O acréscimo de simples aspas com notas de rodapé corrigiria imediatamente o problema.
Leve-se em conta que muitos livros são transcrições literais de conferências, sendo comum que alguém, ao dar uma conferência, mencione certas frases de autores, muitas vezes conhecidos dos presentes, e se esqueça de ficar decorando e recitando as respectivas fontes. Além do mais, publicar livros em países subdesenvolvidos como a Colômbia e o México nas décadas de 50 e 60, sendo o autor pobre e sem recursos, é um grande feito ao qual nem sempre se pode exigir perfeitas correções e revisões gráficas e técnicas.

"Samael e Rabolú são charlatães, pois se contradizem algumas vezes"

Mentira! Não há problema algum em contradizer ou ser contradito por alguém, isso é simplesmente algo natural quando se trabalha honestamente com a construção contínua de conhecimento. Quando um mestre corrige ou contradiz outro, não o faz por inveja, ódio ou intenção de denegrir, como imaginam os detratores da Gnosis. Para os mestres, ser contradito não é uma desgraça, como costuma ser para vocês, ó detratores anti-gnósticos! Eles não se incomodam com isso nem um pouco e até agradecem quando são corrigidos.